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Justiça de Todos é destaque no 90º ENCOGE

COOPERAÇÃO INTERINSTITUCIONAL

11/11/2022
Márcio Rodrigo

Durante o 90º Encontro Colégio Permanente de Corregedores Gerais da Justiça do Brasil (ENCOGE), realizado em Salvador (BA), de 9 e 10 de novembro, a Corregedoria Geral da Justiça do Maranhão (CGJ-MA) apresentou o projeto “Justiça de Todos” ao Judiciário de todo o país, experiência que amplia o acesso à Justiça para a população que reside em municípios que não possuem Fórum, garantindo, também, direito e cidadania aos vulneráveis digitais.

Em um stand, magistrados e servidores da Corregedoria do Maranhão apresentaram informações e exibiram vídeo informativo contendo os objetivos, dados e números já alcançados pela iniciativa em pouco mais de seis meses de trabalho. O Justiça de Todos já instalou 43 salas em todas as regiões do Estado, inclusive na Comarca de Balsas, que possui cerca de 10 mil quilômetros quadrados de área territorial, quase a metade do Estado de Sergipe.

Pelo Justiça de Todos, os usuários têm acesso a serviços como consulta processual; balcão virtual; videoconferência em audiências e sessões do Tribunal do Júri; atendimento da Defensoria Pública Estadual, Ministério Público, Conselho Tutelar, dentre outros. As mulheres em situação de violência doméstica, que por algum motivo não se sentem à vontade para ir a uma Delegacia de Polícia, podem solicitar uma Medida Protetiva de Urgência – MPU utilizando o ponto digital do Judiciário maranhense.

Além das informações repassadas no stand, a CGJ-MA entregou um kit Justiça de Todos para os corregedores e corregedoras presentes ao evento, com toda a documentação necessária para iniciar o projeto nos estados (modelo de termo de cooperação, provimento, informações gerais da parceria, etc), e a íntegra do vídeo exibido durante o 90º ENCOGE. “Acreditamos e a nossa intenção é que todo o Brasil inicie esse trabalho de ampliação do acesso à Justiça, por isso a nossa parcela de contribuição trazendo a nossa experiência e compartilhando as informações necessárias para que as corregedorias alavanquem esse trabalho”, pontuou o corregedor-geral da Justiça do Maranhão, desembargador Froz Sobrinho.

Segundo a juíza Tereza Nina, coordenadora de Planejamento Estratégico da CGJ e idealizadora do projeto, no último mês de setembro a Corregedoria do Maranhão compartilhou informações com a Corregedoria das Comarcas do Interior da Bahia, que abraçou a ideia e já iniciou a implantação das salas em 15 municípios termos judiciários que não são sede de comarcas. A CGJ do Interior da Bahia batizou o projeto de “Justiça Para Todos”, e no último dia 7 de novembro firmou cooperação com os municípios baianos de Água Fria; Aporá; Cardeal da Silva; Dom Macedo Costa; Heliópolis; Itaguaçu da Bahia; Itaju do Colônia; Lagoa Real; Maetinga; Nova Itarana; Potiraguá; Presidente Dutra; Rio do Antônio; Serra Preta; e Wanderley.

“Esperamos que essa integração com a Bahia seja apenas a primeira de muitas que virão a partir dessa ampla divulgação no 90º Encoge. O Brasil possui dimensões continentais, de forma que precisamos avançar com os pontos digitais para encurtar distâncias e garantir que todas as pessoas tenham o irrestrito direito de acessar os serviços do Poder Judiciário em todo o país”, avaliou a magistrada.

O Corregedor das Comarcas do Interior da Bahia, desembargador Jatahy Júnior, ressaltou o direito de todo cidadão à Justiça. Para a juíza Fabiana Pelegrino, que fez o primeiro contato com a Corregedoria do Maranhão e assumiu a coordenação do projeto na Bahia, a assinatura dos convênios representa um pacto social com as localidades mais longínquas.

A juíza Rosa Rossi, auxiliar da Corregedoria Geral da Justiça de Tocantins (CGJ-TO), exaltou a iniciativa maranhense em pensar e executar um projeto de imenso alcance social. “Vamos levar a proposta para discussão em nossa Corregedoria, e acredito que em breve já iniciaremos a instalação dos pontos de inclusão digital em Tocantins, que possui 277 mil quilômetros quadrados de área”, pontuou.

Magistradas e magistrado do TJTO conhecem detalhes sobre a implementação do Justiça de Todos

ESTRATÉGIA NACIONAL

O “Justiça de Todos” está alinhado aos macrodesafios previstos na Resolução nº 325/2020 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que dispõe sobre a Estratégia Nacional do Poder Judiciário 2021-2026, bem como da Agenda 2030, que contempla os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) 10 (Redução das Desigualdades), 16 (Paz, Justiça e Instituições Fortes) e 17 (Parcerias em prol das Metas).

O Justiça de Todos também atende às orientações da Recomendação n. 130/2022 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A norma orienta os tribunais a instalarem Pontos de Inclusão Digital para maximizar o acesso à Justiça e garantir os direitos das pessoas excluídas digitais.

Assista, abaixo, ao vídeo exibido no stand da CGJ-MA no 90º ENCOGE realizado em Salvador:


Assessoria de Comunicação

Corregedoria Geral da Justiça

asscom_cgj@tjma.jus.br

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