O Poder Judiciário da Comarca de Vara Única de Maracaçumé divulgou os resultados das sessões de julgamento realizadas no mês de agosto. Os júris, presididos pelo juiz João Paulo Oliveira, ocorreram nos dias 27,28 e 29, e apresentaram como réus Gilson Lopes da Silva, Marquiel Costa de Oliveira e Marco Antônio de Melo Froz, respectivamente. Sobre o primeiro júri, Gilson Lopes estava sendo acusado de prática de crime de homicídio, que vitimou Renato de Jesus Costa Farias, fato ocorrido em 31 de janeiro de 2022. Gilson foi absolvido pelo Conselho de Sentença.
Conforma narrado no inquérito policial, Gilson teria sido o interlocutor entre o mandante e o executor do crime. De acordo com os fatos, a vítima transitava em uma rua, com sua bicicleta, sendo perseguido por uma motocicleta na qual estariam Gilson e o possível autor dos disparos, identificado como Djalma Carrias. Os fatos foram flagrados pelas câmeras de videomonitoramento. Renato foi morto a tiros. O motivo teria sido o fato de que Renato namorava a ex-mulher de José Raimundo Dias, possível mandante do crime e já julgado e condenado.
A segunda sessão de julgamento teve como réu Marquiel Costa de Oliveira, acusado de ter, junto com outros indivíduos, matado Aldenir Vieira de Sousa, a golpes de facão. Segundo relatado na denúncia, em 29 de janeiro de 2017, no Balneário Tio Gal, Aldenir teria quebrado o isopor de João Victor Pantoja, também denunciado. Horas mais tarde, o grupo de homens, entre os quais Marquiel, reencontrou Aldenir, momento em que iniciaram uma briga de facão. Por estar em menor número, a vítima levou a pior e veio a óbito no local. Marquiel foi considerado culpado pelo Conselho de Sentença e recebeu a pena de 19 anos e três meses de prisão.
A última sessão da série trouxe como réu Marco Antônio de Melo Froz, acusado de prática de crime de tentativa de homicídio, que teve como vítima Antônio Reis Gomes. Constou no inquérito policial que, em 21 de novembro de 2021, Marco Antônio teria tentado matar Antônio Reis com uma facada. Foi apurado que, na data citada, a vítima estava sentada na porta de sua moradia quando Marco Antônio, que passava de bicicleta, o atacou. No momento em que caiu em uma poça de lama, Antônio Reis foi surpreendido com uma facada no tórax, tendo o cabo da faca quebrado, momento em que o agressor fugiu.
Em plenário, a defesa de Marco Antônio sustentou a tese de negativa de autoria, pedindo pela absolvição no quesito genérico. Por fim, o Conselho de Sentença reconheceu a materialidade e a autoria do delito, absolvendo o acusado no quesito genérico, ou seja, aquele que propicia o julgamento de acordo com o senso de Justiça do jurado, por causas supralegais e até mesmo por clemência ou por razões humanitárias.
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