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Fórum de São Luís encerra atividades do mês de conscientização sobre o autismo

ABRIL

Publicado em 30 de Abr de 2025, 14h44. Atualizado em 30 de Abr de 2025, 16h46
Por Valquíria Santana

Para encerrar as atividades referentes ao mês de conscientização sobre o autismo (abril), o Fórum Des. Sarney Costa (Calhau), com o apoio da Escola da Magistratura (ESMAM), realizou nesta quarta-feira (30/4) a palestra “O autismo e suas implicações”, com a psicóloga e doutoranda Gabriela Macatrão. O evento integra o projeto “Dire Apoia”, que procura sensibilizar e incentivar atitudes positivas que promovam o bem-estar no ambiente de trabalho.

Ao abrir a programação, no auditório Des. Madalena Sejo, a diretora do Fórum de São Luís, juíza Andréa Perlmutter Lago, ressaltou que por meio do projeto todos os meses o órgão apoia eventos que visam ao fortalecimento de campanhas de conscientização sobre temas sociais relevantes a exemplo do Janeiro Branco (conscientização e valorização da saúde mental como prioridade coletiva), Fevereiro Roxo & Laranja (mês de conscientização sobre a leucemia, fibromialgia, lúpus e alzheimer), Dia Internacional da Mulher (março) e agora o autismo (abril).

Na palestra, Gabriela Macatrão, mestre em Teoria e Pesquisa do Comportamento pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e doutoranda pela Universidade de Flores (UFLO), falou sobre o universo do autismo e os três níveis de suportes (1, 2 e 3). “Autismo não é doença; é uma condição que afeta algumas características do indivíduo”, afirmou. Também explicou sobre os sinais do TEA (Transtorno de Espectro Autista), como atraso na fala, pouco contato visual, não responder pelo nome, brincadeiras repetitivas e solitárias e forte apego à rotina.

A profissional, que tem mais de oito anos de experiência nessa área, apresentou uma pesquisa realizada nos Estados Unidos (EUA) que apontou um aumento de casos diagnosticados até o ano de 2025 - para cada 31 crianças, uma nasce com TEA e que há mais prevalência em pessoas do sexo masculino (homens são 5,06% e meninas 1,47%) .

Conforme a psicóloga, o aumento de casos diagnosticados ocorre porque há médicos mais preparados e capacitados, maior conhecimento sobre o transtorno, os primeiros sinais na infância e a ligação genética, mas há outras relações associadas (idade paterna elevada, complicações durante o parto e uso de ácido Valporico). Segundo Gabriela Macatrão, o fator genético é muito importante. “Se há um TEA na família, provavelmente haverá outros casos”, acrescentou.

Alguns servidores e servidoras deram depoimento sobre sua condição de pessoa com TEA. Esse é o caso do servidor Antônio Márcio Lucena, lotado na 1ª Vara de Entorpecentes de São Luís. Ele contou que após o diagnóstico do filho aos quatro anos de idade (hoje com oito anos) o pai também procurou um médico especializado e foi diagnosticado com autismo.

De acordo com a psicóloga, é sempre necessário buscar um profissional especializado para realizar o diagnóstico, como um neuropediatra ou psiquiatra infantil. Ela destacou que os médicos solicitam a indicação dos pacientes para uma avaliação multidisciplinar com o fonoaudiólogo, profissional de integração sensorial e profissional de ABA (Análise de Comportamento Aplicado).

O Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo é celebrado no dia 02 de abril. A data tem o objetivo de promover o conhecimento para a inclusão, aceitação e respeito às pessoas com TEA.

 Confira o álbum completo de fotos aqui.

 

Assessoria de Comunicação
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