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Saúde no Judiciário aborda uso correto do enxaguante bucal

Aparecida Chaves, da Divisão Odontológica do TJMA, fala que o enxaguante bucal não substitui a escovação e o fio dental

06/05/2024
Ascom/TJMA

A campanha Saúde no Judiciário desta semana chama atenção para a não remoção da placa bacteriana como principal causa da cárie e da doença periodontal. Nesta edição, a odontóloga Aparecida Chaves, da Divisão Odontológica do TJMA, ressalta que a forma mais eficaz de remoção de placa bacteriana ainda é mecânica, com escova e fio dental, podendo ser adotadas medidas adicionais como uso de enxaguantes bucais que, apesar da eficácia de seus agentes químicos no auxílio do controle da placa e progressão de lesões de cárie, não substituem o uso de escova, creme e fio dentais

A profissional da Divisão Odontológica do TJMA alerta que não são todas as pessoas que precisam usar o enxaguante. Se o indivíduo faz uma boa higiene bucal e tem acompanhamento profissional periódico, não precisa usar enxaguantes. “Apesar de possuir ação germicida e bactericida, o enxaguante sozinho não consegue remover a placa bacteriana”, frisa.

De acordo com a profissional, o uso dos enxaguantes é bem-aceito pelos pacientes devido à praticidade e sensação de frescor que deixam no hálito, mas utilizar somente o enxaguante após as refeições não substitui a escovação e o uso de fio dental. “A placa bacteriana só consegue ser removida por ação mecânica, ou seja, somente com o ato de esfregar a escova nas faces livres do dente e do deslizar do fio dental entre os dentes, promove a limpeza efetiva dos dentes”, ressalta.

EFEITOS COLATERAIS

Os enxaguantes bucais - pontua Aparecida Chaves - estão disponíveis para a população sem a necessidade de prescrição para sua compra. Entretanto, sua indicação e uso correto devem ser alertados porque, mesmo possuindo eficácia comprovada, o uso incorreto pode causar efeitos colaterais. “O uso frequente dessa substância pode causar alteração do paladar, boca seca, descamação da mucosa da boca, alteração na cor da mucosa e da língua, aftas e aumento na formação de tártaro”, ressalta.

Ela explica que algumas marcas de enxaguante bucal contém álcool em sua composição, substância cujo uso frequente pode promover a solubilização dos materiais restauradores adesivos ou em resina composta, podendo ocasionar desgaste precoce, aumento da rugosidade, diminuição da dureza superficial e manchamento de restaurações. 

“Cabe ao cirurgião-dentista, dependendo da situação clínica, fazer a indicação de um enxaguante e determinar o tipo e a forma de uso, devendo a substância ser efetiva para a finalidade específica. Mas a indicação precisa ser sempre do cirurgião-dentista”, conclui.

Agência TJMA de Notícias

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