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TJMA promove evento em alusão ao Dia da Consciência Negra

16/11/2021
Ascom/TJMA

Com o tema “Para além do dia 20 de novembro”, o Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), por meio do Comitê de Diversidade, promove nos dias 17 e 18 de novembro uma programação alusiva ao Dia da Consciência Negra – 20 de novembro. O evento é destinado a servidoras, servidores, magistradas, magistrados e estudantes das escolas públicas Centro de Ensino Lúcia Chaves (Vila Esperança) e CE Domingos Vieira Filho (Paço do Lumiar). O evento contempla a política de Diversidade do Poder Judiciário maranhense, por meio do Comitê de Diversidade, coordenado pelo juiz Marco Adriano Ramos Fonseca, e coordenadora-adjunta a juíza Elaile Carvalho.

A abertura acontece nessa quarta-feira (17), às 9h, no Auditório Madalena Serejo, no Fórum de São Luís. No primeiro dia, a programação conta com o lançamento do Dicionário Antirracista, produzido por alunos do CEM Lúcia Chaves; exposição de fotografias, poesias e jogos produzidos durante as aulas da disciplina de inglês por alunos(as) e pela professora Marcélia Leal, do CEM Lúcia Chaves, por meio do projeto “Black Lives Matter – Vidas negras importam”, que acontecem no Hall do Fórum.

A abertura terá ainda a apresentação da cartilha “Agó Yagó Oluko: educação afro-brasileira para além do 20 de novembro”, por meio da professora Nila Michele e da aluna Thamires Mikaela da Silva (IFMA de Pedreiras); caracterização de estudantes de João do Vale e Maria Firmina, personagens da cultura negra do Maranhão, que realizarão a sensibilização e intervenção no Fórum de São Luís com entrega dos dicionários e jogos educativos para servidores(as), durante os dois dias do evento; exposição de livros de autoria negra, por meio da Livraria Lekti - Sebo Livraria, nos dois dias de evento.

A abertura do evento terá como atração cultural a apresentação da cordelista Raimunda Frazão, com destaque para cordéis em homenagem a João do Vale e Maria Firmina dos Reis.

No encerramento da programação, dia 18, será promovida uma palestra com o tema: “Saúde mental da população negra” com a psicóloga Ana Letícia e o psicólogo Railson Rodrigues (TJMA), a partir das 9h, no auditório Madalena Serejo, no Fórum de São Luís. A atração cultural de encerramento será a apresentação do Grupo Akomabu, do Centro de Cultura Negra do Maranhão (CNN).

DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

O Dia da Consciência Negra é celebrado no Brasil no dia 20 de novembro – data da morte de Zumbi dos Palmares, que se tornou símbolo de representação de resistência e luta contra a escravidão no país. A data remete à importância de refletir e debater sobre o racismo estrutural no Brasil, sobre a influência do povo de origem africana na formação cultural da sociedade brasileira e para a construção de ações afirmativas de combate às desigualdades sofridas pela população negra em razão de um sistema que submeteu homens e mulheres à escravidão por mais de três séculos.

A data também remete aos anos 70, quando um grupo de estudantes negros do estado do Rio Grande do Sul passou a questionar a proibição da entrada de pessoas negras em um clube da cidade, criando o Coletivo Palmares, realizando reuniões que deram início ao debate contra práticas racistas e pela inserção de pessoas negras nos espaços de poder na sociedade. 

Em 2003, o Dia da Consciência Negra entrou no calendário escolar. Em 2011, a data foi oficializada pela Presidenta Dilma Rousseff como o dia 20 sendo o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, através da Lei 12.519, de 10 de novembro de 2011.

QUEM FOI ZUMBI DOS PALMARES?

Zumbi dos Palmares nasceu em 1655, no estado de Alagoas. Símbolo da resistência negra à escravidão, liderou o Quilombo dos Palmares, uma comunidade livre formada por escravizados oriundos das fazendas no Brasil Colonial. Localizado na região da Serra da Barriga, atualmente integra o município alagoano de União dos Palmares.

Zumbi representa a penosa luta das pessoas negras contra a escravidão no Brasil. Enquanto último líder do Quilombo Palmares e o de maior relevância histórica, Zumbi incentivou a fuga de pessoas escravizadas e enfrentou expedições até retirar-se para a guerrilha. Ele também lutou pela liberdade de culto e religião e pela prática da cultura africana no Brasil.

Em 20 de novembro de 1695, Zumbi foi capturado e morto, tendo a sua cabeça decepada e exposta em praça pública.

Agência de Notícias do TJMA

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