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Comitê de Diversidade do TJMA promove Rodas de Diálogos no Ifma e Laboro

As palestras fazem parte da programação de ações de sensibilização realizadas pelo Comitê voltada às escolas, universidades, instituições públicas e empresas privadas

06/11/2023
Mateus Rocha

As ações afirmativas do Poder Judiciário do Maranhão no combate ao racismo foram apresentadas aos estudantes do Instituto Federal do Maranhão (Ifma) de Itapecuru-Mirim, no dia 30 de outubro.

O evento contou com cerca de 210 participantes, entre alunos e alunas do ensino médio do campus e dos centros de ensino Professor Newton Neves e Wady Fiquene (CAIC), além dos servidores (as) da unidade. A Roda de Diálogo Antirracista foi ministrada pela Coordenadora Adjunta do Comitê de Diversidade, Juíza Elaile Silva Carvalho, e pelas membras do Comitê, Joseane Cantanhede e Bianca Bezerra, no intuito de sensibilizar o público sobre a importância da educação no combate ao racismo.

Na oportunidade, foram apresentados livros de autorias negras e que ressaltam a lutra antirracista, o empoderamento e a autoestima, além das ações promovidas pelo Comitê relacionadas à temática. Durante a programação, foram realizadas ainda reflexões sobre as histórias de vida compartilhadas pelos alunos e alunas e sobre a valorização da ancestralidade, que lutou pela liberdade e pela adesão dos direitos básicos.

Ao final do evento, os estudantes fizeram uma apresentação com a música “Canto das Três Raças”, de autoria da compositora Clara Nunes, que retrata a violência e opressão que subjugaram os povos indígenas e posteriormente os povos africanos que foram escravizados no Brasil. 

DIÁLOGO

“É uma atividade importante para sociedade ao ser trabalhada nos grupos, nos nichos sociais. Acredito que essa primeira parada para refletir sobre o trabalho que está sendo realizado pelo Comitê de Diversidade do TJ é necessária para que a sociedade compreenda que há uma preocupação do Tribunal de Justiça com essas questões”, afirmou Paulo Eduardo Oliveira, professor do Ensino Básico Técnico e Tecnológico do IFMA, Campus Itapecuru.

Joseane Cantanhede frisou que o diálogo antirracista com adolescentes e jovens estudantes oportuniza o compartilhamento de vivências, reflexões sobre o processo de desigualdades racial, sensibilização para as lutas contra o racismo, além de evidenciar a circularidade dos saberes da cultura afro-brasileira e indígena em nosso dia a dia. 

Para Arielle Celynne, aluna do campus, eventos dedicados à sensibilização antirracista são de extrema importância, pois compreende que a educação é uma ferramenta poderosa na desconstrução de preconceitos arraigados e na construção de um ambiente acolhedor para todos. Para ela, receber a equipe do TJMA, foi uma oportunidade de ver de perto como a intolerância pode ser enfrentada com educação e diálogo, além de um aprendizado mútuo, onde compartilhou perspectivas, desafios e aspirações na construção de um ambiente mais inclusivo.

FACULDADE LABORO

Ainda no ambiente educacional, o Comitê de Diversidade esteve na Faculdade Laboro de São Luís, para falar sobre os Direitos humanos da comunidade LGBTQIA+ para uma turma do curso de Direito. A Coordenadora adjunta juíza Elaile Carvalho, a servidora Joseane Cantanhede e o servidor Luciano Vilar abordaram a temática esclarecendo alguns conceitos como o de Orientação Sexual e de Identidade de Gênero, além das conquistas alcançadas pela comunidade LGBTQIA+ ao decorrer dos anos, enfatizando a importância das discussões sobre a temática e do combate à LGBTfobia. 

A palestra ocorreu na terça-feira, 31 de outubro, no auditório da faculdade e contemplou alunos e alunas do curso de Direito da instituição, a convite da professora Vivian Camargo.

“Convites como esse da Faculdade Laboro são essenciais para que se discuta mais a temática voltada aos direitos da comunidade LGBTQIA+, bem como para que haja maior sensibilização da sociedade e dos alunos sobre o assunto.”, afirmou a juíza Elaile Carvalho.

Luciano Vilar observou o alcance da discussão do tema em ambientes acadêmicos, que contribui com os futuros operadores e operadoras do direito desde a sua formação, fazendo com que essas pessoas conheçam essa pauta e saibam da sua relevância social. 

“É preciso conscientizar toda a sociedade que a LGBTfobia, no Brasil, é crime e, em especial, os profissionais que vão lidar diariamente exatamente com leis, jurisprudências e precisam saber que crenças pessoais não podem respaldar preconceitos e discriminações que marginalizam e violentam pessoas LGBTQIA+.”, concluiu Luciano Vilar.

As palestras fazem parte da programação de ações de sensibilização realizadas pelo Comitê de Diversidade voltada às escolas, universidades, instituições públicas e empresas privadas.

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