O Poder Judiciário da Comarca de São Domingos do Maranhão divulgou a agenda de júris para o mês agosto. Na pauta, um réu acusado de prática de feminicídio na forma tentada e um homicídio de repercussão em São Domingos. As sessões serão presididas pelo juiz titular, Caio Davi Veras, e ocorrem nos dias 27 e 28. Na primeira sessão, o réu será Salvador Nicolau da Silva, julgado sob acusação de ter tentado contra a vida de J.M.J., sua ex-namorada. O crime ocorreu em 6 de novembro de 2021, no Povoado Baixão Grande, zona rural de São Domingos do Maranhão.
Conforme os fatos narrados na denúncia, o crime foi motivado por razões da condição do sexo feminino da ofendida, envolvendo violência doméstica e familiar. O denunciado teria desferido diversos golpes de punhal contra a mulher, atingindo-a em seu peito direito, ombro esquerdo e dedo da mão direita, não ocorrendo tendo o alcançado seu objetivo em função de intervenção do primo da vítima, que impediu que Salvador continuasse com o ataque. Foi apurado pela polícia que denunciado e vítima namoravam desde 2018, entre idas e vindas, em relacionamento marcado por brigas e desavenças, tendo, inclusive, um filho em comum não registrado pelo denunciado.
No dia dos fatos, J.M.J. estava na casa da avó, com mais duas pessoas, quando Salvador Nicolau adentrou a residência com seu filho e passou a conversar com a mulher, pedindo para reatar o namoro. Diante da negativa, o réu teria atacado a mulher com o punhal, sendo impedido pelo primo da vítima, ato contínuo, Salvador saiu correndo, levando consigo o punhal. A mulher foi levada ao Hospital Municipal e depois encaminhada para o Hospital Regional de Presidente Dutra.
MORREU NA FRENTE DO FILHO
O segundo júri terá como réu Francisco de Assis dos Anjos, acusado de ter matado José Lopes da Silva Filho com disparos de arma de fogo. O crime ocorreu em 18 de maio de 2017, também no Povoado Baixão Grande. O motivo teria sido uma desavença entre as famílias. De acordo com o apurado em inquérito, a vítima chegou em uma farmácia para comprar um medicamento, tendo o seu filho J.V., de apenas dez anos de idade da vítima, se abaixado para pegar medicamento.
Ao se levantar, a criança foi surpreendida vendo o denunciado portando uma arma de fogo, que teria, de pronto, realizado um primeiro disparo sem acertar ninguém. O menor, então, gritou pelo pai, momento em que José Lopes foi atingido por dois disparos de arma de fogo e morreu no local. Após o delito, Francisco de Assis, foi para sua residência e depois fugiu, reaparecendo um mês depois, quando foi ouvido em depoimento, afirmando que agiu em legítima defesa. As famílias do denunciado e da vítima são rivais.
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