A adequada aplicação dos precedentes judiciais obrigatórios, especialmente daqueles oriundos das cortes superiores, serão tema do curso Teoria e Prática dos Precedentes Judiciais no Brasil, promovido pela Escola Superior da Magistratura do Maranhão (ESMAM), para formação da magistratura e demais profissionais do Tribunal de Justiça.
As inscrições estão abertas no sistema acadêmico Tutor, até 11 de agosto. São 90 vagas disponíveis, sendo 40 para juízes e juízas, e 50 para analistas, técnicos e assessores judiciais. As aulas presenciais acontecem nos dias 24 e 25 de agosto, das 9h às 12h e das 14h às 18h (16 horas aula), no Auditório da Associação dos Magistrados (AMMA) - Rua Búzios, Calhau.
De acordo com o projeto do curso, os conteúdos abordarão aspectos teóricos e práticos, favorecendo o estudo dos recursos excepcionais submetidos às sistemáticas da repercussão geral e dos recursos repetitivos, bem como o debate sobre o incidente de resolução de demandas repetitivas (IRDR).
Integram o programa da formação: a análise do papel do Poder Judiciário e a possibilidade de suas decisões possuírem efeitos além do processo; identificação das diferenças, entre precedente, jurisprudência e enunciado de súmula e os reflexos na atuação jurisdição; verificação das alterações estruturais que a sistemática de precedentes exige na prática judiciária brasileira e a relação entre a racionalidade de procedimentos e a produtividade decisória.
A capacitação, idealizada pelo Núcleo de Gerenciamento de Precedentes (NUGEPNAC), visa otimizar a aplicação dos pronunciamentos judiciais listados no art. 927 do Código de Processo Civil (2015), que conferiu amplo destaque aos precedentes qualificados, por parte da doutrina e pelo art. 121-A do Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Tal adequação exige dos tribunais e da magistratura uma especial atenção em toda a tramitação processual para verificar a aplicabilidade da sistemática qualificada dos precedentes judiciais ao caso concreto, refletindo na racionalização e na eficiência da atividade jurisdicional.
“Nesse sentido, a preparação dos tribunais tem o potencial de contribuir para uma maior segurança jurídica e celeridade processual, reduzindo a desigualdade e incoerência dos julgamentos. Além disso, também pode melhorar a administração da justiça, servindo como um excelente instrumento para gestão dos órgãos judiciários”, ressalta Marcelo Ornellas Marchiori, que atuará como formador da ESMAM.
SOBRE O FORMADOR
Marcelo Ornellas Marchiori, assessor-chefe do Núcleo de Gerenciamento de Precedentes e de Ações Coletivas do STJ, atuou como secretário de Gestão de Precedentes do Supremo Tribunal Federal - STF (2020 - 2022), mestre em Direito pela UNB, analista judiciário do STJ.
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