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Comarca de Colinas divulga resultados de júris de acusados de homicídio e feminicídio

25/04/2023
Michael Mesquita

A 1ª Vara de Colinas realizou, na última semana, duas sessões do Tribunal do Júri, presididas pelo juiz titular Sílvio Alves Nascimento. No primeiro júri, realizado no dia 19 de abril, o réu foi Ygor Erielton Lima Pimentel Costa. Ele foi julgado sob acusação de prática de crime de homicídio, que teve como vítima Antônio Carlos Guimarães. O fato ocorreu em 22 de novembro de 2020, no Bairro Liberdade, no termo sede da comarca. A denúncia do caso narrou que, na data e local citados, um homem identificado como Maxwel Anthunes, acompanhado do réu Ygor Erielton, teria matado Antônio Carlos, mediante vários disparos de arma de fogo. Ygor Erielton foi considerado culpado pelo conselho de sentença, recebendo a pena definitiva de 14 anos e três meses de prisão.

Sobre o caso, conforme investigação policial, no dia dos fatos, a vítima estava com sua companheira na calçada em frente à sua residência, quando chegaram dois indivíduos em uma motocicleta Honda Pop 110, cor vermelha, que estaria sendo conduzida por Ygor, vulgo ‘Revoltado’. Na garupa do veículo estaria Maxwel, suposto autor dos disparos que atingiram a vítima. Antônio Carlos ainda foi levado ao hospital, mas faleceu no caminho. A testemunha ocular, companheira da vítima, presenciou quando Maxwel efetuou vários disparos de arma de fogo, com o apoio do segundo acusado Ygor.

A mulher disse que, um dia antes do crime, aconteceu uma briga durante um show na Praça da Igreja Matriz, quando um parente da vítima teria provocado a namorada do acusado Maxwel, que ainda teria levado um soco de Antônio Carlos. Afirmou que, na manhã do dia seguinte, olhou os denunciados rondando a rua, como se estivessem procurando alguém. Sobre o denunciado Maxwell, o processo foi desmembrado.

CELULAR

A segunda sessão, realizada no dia 20 de abril, apresentou como réu Joilton Silva, acusado de crime de feminicídio praticado contra Valdene Silva dos Santos, sua companheira. Esse crime ocorreu em 3 de junho de 2022, em Colinas, e foi praticado mediante uso de arma de fogo. Narrou a denúncia que o delito foi praticado na frente do filho do casal, de apenas 13 anos de idade. Segundo a investigação policial, no dia do fato, a polícia militar foi acionada para averiguar possível feminicídio ocorrido no Bairro Vila Brandão. Ao chegar no endereço indicado, encontrou Valdene Morta dentro da residência, ocasião em que iniciou buscas para localizar o acusado que empreendeu fuga, sendo este encontrado na manhã do dia seguinte, no quintal da casa de um familiar.

Após a captura do acusado, os policiais encontraram uma arma do tipo ‘calibre 38’ no mesmo local da prisão, com 4 munições intactas. O filho do casal disse que presenciou quando o seu pai matou a sua mãe na madrugada. Destacou que seus pais iniciaram uma discussão na noite anterior, pois Joilton queria ver o celular da mulher e ela não deixou. O adolescente ouviu seu pai falar que estava sendo traído. Ele afirmou que a briga se intensificou quando a sua mãe disse que chamaria a polícia, momento em que o acusado teria disparado duas vezes contra Valdene, atingindo-a nas costas.

22 ANOS DE PRISÃO

Em depoimento, o denunciado registrou que era companheiro de Valdene e que estava suspeitando que ela mantinha um relacionamento extraconjugal com outro homem. Destacou que, no dia do fato, já estava com a sua arma na cintura com o intuito de flagrar Valdene e o tal homem, momento em que teria presenciado a traição e sacado uma arma. Disse que o homem correu e pulou o muro, mas confessou que atirou nas costas e na cabeça da vítima. A cunhada de Joilton disse que ele sempre foi uma pessoa ciumenta desde o início do relacionamento com a sua irmã. Joilton foi considerado culpado pelo conselho de sentença e recebeu a pena de 22 anos de prisão.

As sessões foram realizadas no Salão do Júri do Fórum de Colinas. Além do juiz que presidiu os júris, atuaram o promotor Carlos Alan da Costa Siqueira, na acusação, e os advogados Edson Gabriel Souza Zamba, Rodrigo Paiva de Oliveira e Alexsandro Pereira, na defesa dos réus.

Assessoria de Comunicação
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