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Justiça do Maranhão participa do Mutirão Racial nacional, de 17 a 21 de novembro 

Serão movimentados ou julgados processos com tema de raça e quilombola

Publicado em 17 de Nov de 2025, 10h50. Atualizado em 17 de Nov de 2025, 11h18
Por Helena Barbosa

A Justiça estadual do Maranhão aderiu ao Mutirão Racial do Judiciário nacional, na Semana da Consciência Negra (17 a 21), para promover a igualdade racial, com a seleção de 313 processos que tratam sobre a temática racial ou tenham como parte comunidades quilombolas, que serão movimentados e julgados, além de priorizados os 20% mais antigos em andamento.

Os processos incluídos no mutirão são relacionados a temas de raça, cor, etnia, origem e comunidades quilombolas, e foram selecionados da base nacional de dados do Poder Judiciário (sistema DataJud), pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) - autor da iniciativa. De acordo com o Painel de Monitoramento Justiça Racial do CNJ, 13.618 processos dessa espécie tramitam nos tribunais brasileiros. 

Os resultados do mutirão serão apurados ao final do ano judiciário, e divulgados no Encontro Nacional de Juízes e Juízas Negros, que será realizado em Brasília nos dias 9 e 10 de dezembro de 2025, com o reconhecimento público às cortes que se destacarem nas atividades.

RELAÇÃO DE PROCESSOS

O CNJ encaminhou a cada tribunal participante a relação de processos identificados, considerando, na escolha, filtros previamente definidos no sistema DataJud, para localizar processos relacionados à temática racial e a comunidades quilombolas. 

A partir dessa listagem, cada tribunal prioriza, no mínimo, 20% desses processos, percentual que poderá ser alcançado tanto por meio da movimentação processual quanto pelo julgamento final.

Com o objetivo de auxiliar os trabalhos do mutirão, o CNJ publicou o Manual da Resolução CNJ nº 599/2024 - Diretrizes e procedimentos para efetivar a garantia de acesso à Justiça por pessoas e comunidades quilombolas, que serve como referência prática para os profissionais da Justiça.

ORIENTAÇÃO ÀS VARAS

A Corregedoria Geral da Justiça do Maranhão (CGJ-MA) orientou as varas judiciais maranhenses a movimentar ou julgar todos os processos relacionados, e viabilizar a consolidação dos dados que serão informados ao CNJ.

“Considerando a relevância do tema, as unidades judiciais constantes da listagem foram oficiadas para promover a movimentação ou o julgamento de todos os processos relacionados, com posterior comunicação a esta Corregedoria Geral da Justiça acerca do resultado final, com vistas a viabilizar a consolidação dos dados e encaminhamento ao CNJ”, informou o corregedor-geral, desembargador José Luiz Almeida, à presidência do Tribunal de Justiça

A CGJ-MA colocou à disposição dos juízes e juízas das varas judiciais a Coordenadoria das Serventias Judiciais, pelo telefone (98) 2055-2316, e correio eletrônico coordservjud@tjma.jus.br.

DÍVIDA HISTÓRICA

Segundo a juíza Elaile Carvalho, coordenadora adjunta do Comitê da Diversidade do Judiciário maranhense, o Mutirão Racial para promover a igualdade racial sob a tutela da Justiça se justifica diante da existência de uma “dívida histórica” da sociedade com a questão racial, que vem desde a época da escravidão. 

“O mutirão acelera e prioriza processos relacionados ao racismo e aos direitos fundamentais da população negra, fortalecendo a equidade e a consciência racial no Judiciário e contribuindo para enfrentar a dívida histórica da sociedade com a questão racial”, disse a juíza.

A iniciativa do esforço coletivo de julgamento replica a boa prática intitulada “Mutirão Racial”, desenvolvida pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) e vencedora da “Menção Honrosa” no Prêmio Equidade Racial 2024.

Assessoria de Comunicação
Corregedoria Geral da Justiça
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