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Durante a manhã e a tarde dessa quarta-feira (22/5), o Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), por meio do Comitê de Diversidade, promoveu o Dia da Empregabilidade, uma iniciativa que visa garantir a inserção de pessoas no mercado de trabalho, especialmente o público LGBTQIA+ e as mulheres negras. Foram oferecidos os serviços de cadastro no sistema Sine, emissão de carteira de trabalho digital e encaminhamento de currículo para o mercado de trabalho.

A ação foi idealizada pelo Poder Judiciário, em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT) e Secretaria de Estado do Trabalho e da Economia Solidária (SETRES). Sobre o evento, o coordenador-geral do Comitê de Diversidade, o juiz Marco Adriano Fonseca, destacou que além da aliança com os parceiros, o judiciário também firma aliança com a comunidade LGBTQIA+ e mulheres negras.

“Essa oportunidade que está sendo oferecida aqui hoje é também um instrumento de combate às discriminações. Cada um aqui é protagonista de sua própria história, espero que possam ter êxito nessa inserção no mercado de trabalho, que é o objetivo principal deste evento. Que vocês sempre encontrem no poder judiciário um espaço de acolhimento, respeito e, sobretudo, de promoção da cidadania”, destacou o magistrado.

Juiz Marco Adriano, do Comitê de Diversidade, e Amarilis Cardoso, representando o MPT

Na ocasião, representantes do Ministério Público do Trabalho também estiveram presentes e destacaram “que os indicadores nacionais apontam para a comunidade LGBTQIA+ e para as pessoas negras, os desafios são sempre maiores, com a violação de direitos, então, o Dia da Empregabilidade vai na contramão disso, buscando garantir a inclusão desses públicos no mercado de trabalho, um compromisso que é urgente e um dever firmado pelas instituições parceiras”, disse Amarilis Cardoso, representando a vice-procuradora chefe do MPT-MA, Renata Océa.

A jovem Priscilla Oliveira, de 21 anos, tomou conhecimento da ação por meio do Centro de Cultura Negra, espaço que frequenta desde a infância  e participou da ação em busca de um novo emprego. “É a primeira vez que eu fico sabendo da realização de uma ação como essa, é muito gratificante saber que estamos sendo reconhecidas enquanto mulheres negras, que podemos ter um espaço, podemos ter oportunidades que normalmente não são dadas pra gente”, ressaltou a jovem.

O movimento negro e a comunidade LGBTQIA+ presentes destacaram, ainda, a importância não somente na implementação da ação, mas sua continuidade. “É uma oportunidade de ver que a gente também é capaz de construir a sociedade, apesar desse preconceito, as mulheres trans também merecem ter direitos iguais. Então, é muito bom que eles continuem com esse projeto, que assim, pode ter mais inclusão para nós, mulheres trans, e principalmente das mulheres negras na sociedade, na área de trabalho”, complementou Kyra Abreu, que compareceu no local em busca de uma oportunidade de emprego.

Também estiveram presentes, a Supervisora de Capacitação de SINE - Cohab, Lilian Reis; a Coordenadora de Responsabilidade Social do EMAP, Thays Carvalho; e o gerente de Recursos Humanos da Montisol, João Victor Pinheiro.

EMPREGABILIDADE

O Sistema Nacional de Emprego (SINE) integrou a ação com a iniciativa “SINE Itinerante”, que busca levar os serviços até a população, especialmente em eventos que visem alcançar a diversidade e a inclusão a quem mais precisa.

O momento também contou com a parceria de empresas privadas, empenhadas em receber currículo dos presentes. Participaram, a Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP), Montisol - Construções e Manutenção e ALUMAR (Consórcio de Alumínios do Maranhão).

Empresas Montisol e EMAP receberam currículos durante todo o evento

Também foi destacado o termo de cooperação técnica entre a justiça maranhense e o Senac. O convênio que já dura 3 anos, agora oferece duas vagas para o público LGBTQIA+ em qualquer um dos cursos da grade tanto na capital quanto no interior. Ao final do evento, as vagas foram sorteadas entre os presentes.

A ação foi voltada especialmente ao público LGBTQIA+, por meio do programa “LGBTfobia não é opinião: é crime!” do comitê de diversidade, e às mulheres negras , em parceria com o Centro de Cultura Negra e a Casa das Pretas.

ÁLBUM COMPLETO DO FOTÓGRAFO RIBAMAR PINHEIRO

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