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TJMA firma parceria com instituições para manutenção da Cooperativa Cuxá

Entidade funciona na Unidade Prisional de Ressocialização Feminina de São Luís

27/04/2023
Amanda Campos

Representantes do Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, Conselho Penitenciário estadual, Cooperativa Social Cuxá e Instituto Humanitas360 Brasil assinaram Termo de Cooperação Técnica, nesta quinta-feira (27/4), para manutenção e permanência da Cooperativa Cuxá. A solenidade aconteceu no Gabinete da Presidência do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA).

A entidade, em funcionamento na Unidade Prisional de Ressocialização Feminina de São Luís (UPFEM), é voltada para geração de renda de mulheres que cumprem penas privativas de liberdade na unidade e egressas do sistema.

O termo de cooperação técnica assinado possui como objetivos: promover a remição de pena pelo trabalho; contribuir para a reintegração social das pessoas privadas de liberdade e egressas; alcançar rendimentos sustentáveis; montar e operar atividades empreendedoras em unidades prisionais e para pessoas egressas; assegurar que todas as ações desenvolvidas estejam em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) da Organização das Nações Unidas (ONU).

Foto colorida horizontal mostra pessoas sentadas em uma mesa retangular, com tampão de vidro, no Gabinete da Presidência do TJMA, durante assinatura de termo de cooperação técnica para manutenção da Cooperativa Cuxá.

Durante a solenidade de assinatura do termo, o presidente do TJMA, desembargador Paulo Velten, ressaltou que a iniciativa reafirma o compromisso social dos órgãos integrantes do sistema de Justiça e demais instituições parceiras com a pauta cívica e valorativa do ser humano. “No Maranhão, estamos desenvolvendo esse projeto, voltado para a recuperação e a participação efetiva das mulheres privadas de liberdade e egressas do sistema prisional, em uma atividade econômica. Desta forma, estamos cumprindo o mandamento constitucional, que reconhece a dignidade da pessoa humana como fundamento da República. O Poder Judiciário do Maranhão tem compromisso com essa pauta cívica, valorativa do ser humano. É com muita alegria e satisfação que participamos deste evento”, pontuou.

A presidente do Conselho Penitenciário estadual, Susan Lucena, enalteceu a iniciativa da Justiça maranhense em parceira com as instituições com vistas à ressocialização. “Ficamos muito felizes em participar do projeto Cuxá e garantir que nossas mulheres possam ter cada vez mais espaço, entrada no mercado de trabalho e ressocialização. O Tribunal de Justiça tem sempre inovado em muitas ações, é um grande parceiro, tanto nas políticas voltadas para as mulheres quanto nas políticas penitenciárias em geral”, afirmou.

O diretor da Cooperativa Social Cuxá, Higor de Souza Oliveira, destacou que o projeto contribui para a geração de renda e a reintegração social das mulheres que cumprem pena na Unidade Prisional Feminina (UPFEM). “A importância desta parceria para a vida dessas mulheres, com a possibilidade de uma reintegração social, dignidade humana, empregabilidade e qualificação profissional é um processo emancipatório. Por isso, a cooperativa, além de representar a vida delas, representa a responsabilidade desse legado para todo o país. Eu me sinto lisonjeado de participar desta oportunidade única”, disse.

Foto colorida horizontal posada mostra pessoas em pé, no Gabinete da Presidência do TJMA, durante assinatura de termo de cooperação técnica para manutenção da Cooperativa Cuxá. Atrás delas, estão uma mesa e uma quadro da Deusa Themis. Algumas mulheres seguram bolsas produzidas por mulheres que cumprem pena no sistema prisional de São Luís, na Cooperativa Cuxá. No chão, um tapete colorido.

Também participaram da solenidade o corregedor-geral de Justiça, desembargador José de Ribamar Froz Sobrinho; o procurador-geral de Justiça, Eduardo Nicolau; a juíza da 2ª Vara de Itapecuru, Mirella Freitas (coordenadora do Comitê Gestor de Trabalho da Cooperativa Cuxá); o 2º subdefensor público Paulo Costa, representando o defensor público-geral Gabriel Furtado; a defensora pública Maiele Moraes; a defensora pública Suzana Camilo; a advogada Daniela Velten, apoiadora do projeto Cuxá.

EXPANSÃO

A presidente do Instituto Humanitas360 (H360), Patrícia Villela Marino, ressaltou a importância da iniciativa para a garantia da cidadania e da dignidade das mulheres que cumprem penas privativas de liberdade na Unidade Prisional Feminina (UPFEM). “É muito importante que nós tenhamos programas e projetos que vejam essas vidas em sua completude no cárcere e fora dele. Portanto, criar um pertencimento civilizatório, cidadão, a crença nas instituições e poderes instituídos é parte deste projeto. Por isso, nós trabalhamos na constituição da renda, na educação financeira, na emancipação da violência e do crime na vida delas”, frisou.

Durante a solenidade, Patrícia Villela Marino afirmou que existe a pretensão de expansão da experiência exitosa e pioneira da Cooperativa Cuxá para outras cidades do Maranhão e do país. “Primeiramente, pretendemos expandir a experiência no Estado do Maranhão, quem nos deu a honra nos acolheu primeiro. Com essa experiência pioneira nós pretendemos mostrar uma alternativa à política pública do sistema prisional”, assinalou.

INSTITUTO HUMANITAS360

O Instituto Humanitas360 atua em diversos países das Américas com o intuito de diminuir a violência e melhorar a qualidade de vida da população. Para tal, promove o engajamento de cidadãos e cidadãs e a transparência das instituições, condições indispensáveis para restaurar a paz social.

O H360 é uma organização sem fins lucrativos, com sede em Denver (EUA), que conta com um escritório regional em São Paulo (Brasil), além de conselheiros e colaboradores na Colômbia, Chile, Uruguai, México e Guatemala.

PROJETO CUXÁ

O Projeto Cuxá é uma experiência pioneira em funcionamento há dois anos na Unidade Prisional Feminina de São Luís (UPFEM). A iniciativa visa contribuir com a autonomia financeira das mulheres privadas de liberdade durante e após o cumprimento da pena, além de beneficiar outras em situação de vulnerabilidade no Estado.

Com a manutenção do projeto Cuxá, a partir da assinatura do Termo de Cooperação Técnica, as internas e egressas do sistema prisional continuarão atuando na produção de artigos bordados, tais como bolsas, toalhas e nécessaires, além de receberem capacitação profissional. Os produtos são comercializados e a renda gerada é dividida entre as cooperadas, contribuindo para a ressocialização.

Confira o Álbum de Fotos no Flickr do TJMA.

 

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