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TJMA divulga cartilha de educação antirracista produzida por aluna de ensino médio

O destaque visa fortalecer a produção científica de mulheres no Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência

11/02/2022
Danielle Limeira

Comemorado no dia 11 de fevereiro, o Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência é uma data para fortalecer o comprometimento de todos com a igualdade de direitos entre homens e mulheres pelos sistemas educacionais em todos os seus níveis. 

Para marcar o dia, o Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), por meio do Comitê da Diversidade, dá destaque ao trabalho desenvolvido por uma aluna do ensino médio, bolsista CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) do Curso de Petróleo e Gás do Instituto Federal do Maranhão (IFMA), na cidade de Pedreiras, Thamires Mikaelle Araújo, sob orientação da doutoranda em História, Nila Michele Santos e coorientação da mestranda em Educação Profissional e Tecnologia, Vanuza Santos.

Em setembro de 2021, as pesquisadoras lançaram a cartilha “Agò Yagò Oluko: Teorias e metodologias motivacionais para o ensino da História africana e afro-brasileira”. O TJMA, por meio do Comitê de Diversidade, foi o parceiro na impressão da cartilha, que foi pensada, inicialmente, como um e-book. 

O material didático construído se constituiu em uma cartilha cujo objetivo é apresentar aos professores da educação básica, principalmente dos municípios de Pedreiras, Trizidela do Vale e circunvizinhos no Maranhão, uma série de metodologias e estratégias pedagógicas, que podem ser aplicadas na educação básica, de modo que alunos e alunas negros, e não negros, possam além de adquirir consciência das desigualdades extremas em nossa sociedade, alcancem o cabedal cultural necessário para lutar pela equidade social.

“Agò Yagò Oluko” significa em Yorubá, “por favor, dá-me licença professor”. É com essa frase fática, que as autoras da cartilha chamam a atenção dos educadores para que contribuam para a ressignificação de conteúdos inerentes à história e à cultura negra, com o propósito de desmistificar e eliminar estereótipos arraigados no convívio social.

Sobre o trabalho produzido pelas pesquisadoras de Pedreiras, o juiz Marco Adriano Ramos Fonseca, Coordenador do Comitê de Diversidade do TJMA, reforça que “o projeto é prova de que a ciência e a produção científica são desenvolvidas, sim, com o protagonismo de mulheres e meninas”, acrescentando que “é um motivo de orgulho ainda maior vislumbrar uma produção científica de tal relevância e singularidade, sendo produzida no interior do Estado, na querida Pedreiras, Princesa do Mearim”.

De acordo com a professora Nila Santos, com a viabilidade da impressão pelo TJMA, a partir da articulação com o coordenador do Comitê de Diversidade, juiz Marco Adriano,  a cartilha vai para as mãos de professores e alunos de escolas públicas de Pedreiras e Trizidela do Vale, para contribuir com a luta por uma educação antirracista e antidiscriminatória.

DIDÁTICA

A Cartilha apresenta modelos de encontros entre educadores e alunos com propostas de aulas, atividades e recursos para introduzir temáticas sobre a história africana e afro-brasileira.

Dentre os temas abordados estão: “Desconstruindo a concepção eurocêntrica e colonizadora sobre o continente africano”; Percebendo a África na sua complexidade e diversidade”; “Trabalhando com aspectos da cultura africana”; “O protagonismo do povo negro brasileiro”; entre outros.

SOBRE A DATA

Instituído em 2015 pela Assembleia das Nações Unidas, o dia 11 de fevereiro passou a integrar o calendário de eventos promovidos pela Unesco e pela ONU Mulheres, em diversos países, com atividades que visam dar visibilidade ao papel e às contribuições fundamentais das mulheres nas áreas de pesquisa científica e tecnológica.

De acordo com dados da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), atualmente, menos de 30% dos pesquisadores em todo o mundo são mulheres, e a probabilidade de estudantes do sexo feminino obterem um diploma de bacharel, mestrado ou doutorado em ciências ou em áreas correlacionadas é menos da metade em comparação aos homens, evidenciando a necessidade de reflexão e estímulo à maior participação feminina em todos os espaços da produção científica.

PERFIL

Thamires Mikaelle da Silva Araújo , 17,  mora na Barriguda do Insono, uma comunidade há poucos quilômetros de Pedreiras, cidade que a jovem estudante atravessa para chegar ao Instituto Federal do Maranhão (IFMA), Campus Pedreiras, à margem da Rodovia João do Vale, na MA-381.

A cartilha pode ser baixada gratuitamente na Página do Comitê de Diversidade. CLIQUE AQUI PARA DOWNLOAD.

Agência TJMA de Notícias
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