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O que é Síndrome Metabólica?

A síndrome metabólica é complexa e multifatorial caracterizada pela presença simultânea de vários fatores de risco metabólico, que aumentam significativamente o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2. Esses fatores de risco incluem hipertensão arterial, resistência à insulina ou intolerância à glicose, obesidade central (distribuição de gordura abdominal), níveis elevados de triglicerídeos e níveis reduzidos de HDL colesterol (lipoproteína de alta densidade).

Para ser diagnosticada com síndrome metabólica, uma pessoa precisa apresentar três ou mais dos seguintes critérios:

  1. Obesidade abdominal: Determinada por uma medida da circunferência da cintura. Os valores de referência variam de acordo com o sexo, mas geralmente estão acima de 102 cm para homens e 88 cm para mulheres.

  2. Hipertensão arterial: Pressão arterial sistólica igual ou superior a 140 mmHg e/ou pressão arterial diastólica igual ou superior a 90 mmHg, ou em uso de medicamentos anti-hipertensivos.

  3. Glicemia de jejum elevada: Níveis de glicose no sangue em jejum iguais ou superiores a 100 mg/dL, ou em uso de medicamentos para diabetes.

  4. Triglicerídeos elevados: Níveis de triglicerídeos iguais ou superiores a 150 mg/dL, ou em uso de medicamentos para triglicerídeos elevados.

  5. HDL colesterol baixo: Níveis de HDL colesterol inferiores a 40 mg/dL  em homens e inferiores a 50 mg/dL  em mulheres, ou em uso de medicamentos para aumentar o HDL.

A presença desses fatores de risco em conjunto indica uma disfunção metabólica e um maior risco de complicações cardiovasculares e diabetes tipo 2. A síndrome metabólica está intimamente ligada à resistência à insulina, na qual as células do corpo têm dificuldade em responder adequadamente à insulina, levando a níveis elevados de glicose no sangue, aumento da produção de triglicerídeos pelo fígado e outras alterações metabólicas.

O tratamento da síndrome metabólica geralmente envolve mudanças no estilo de vida, como dieta saudável, atividade física regular, controle do peso, cessação do tabagismo e, em alguns casos, uso de medicamentos para tratar fatores de risco específicos, como hipertensão arterial e dislipidemias. O acompanhamento médico regular é fundamental para monitorar a saúde metabólica e prevenir complicações relacionadas à síndrome metabólica.