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Curso alerta para violência de gênero institucional contra mulheres

Ação visa conscientizar o público masculino no Judiciário sobre a adoção da perspectiva de gênero no ambiente de trabalho

16/11/2023
Ascom ESMAM

Para tratar sobre o enfrentamento à desigualdade e à violência de gênero no âmbito do Tribunal de Justiça, a Escola Superior da Magistratura do Maranhão (ESMAM) promoveu o curso Masculinidades na Instituição: homens, violências e Poder Judiciário. Voltado para a conscientização do público masculino que atua na instituição, a ação destaca a importância de adotar a perspectiva de gênero no tratamento da violência contra mulheres na família e no trabalho.

As aulas presenciais aconteceram na sede da escola judicial, em São Luís (7 e 8/11), e na comarca de Imperatriz (23/4), reunindo homens de variados setores do Judiciário.

O advogado e psicólogo Daniel Fauth (na foto abaixo) atuou como formador abordando sobre como incorporar saberes e práticas relacionadas às dinâmicas sociais de dominação para enfrentamento das estruturas opressivas que permeiam as vivências de gênero.

 

 

Para Fauth, o curso é uma iniciativa relevante para o Poder Judiciário, pois busca oferecer um espaço de reflexão e transformação diante dos desafios contemporâneos relacionados às dinâmicas de gênero e violência.

Psicólogo criminalista, o pesquisador disse que a Lei Maria da Penha (11.340/2006) é parâmetro e paradigma para se pensar a sociedade e as relações de gênero como um todo, e não só a questão da violência doméstica e familiar.

O professor observou, ainda que, nos últimos anos, percebe-se uma crescente compreensão sobre a importância de adotar uma perspectiva de gênero no tratamento da violência contra mulheres, exemplificado pelo Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero, derivado da (Portaria nº 27 do Conselho Nacional de Justiça - CNJ).

“Esse pensar as masculinidades dentro do Poder Judiciário pode também servir de forma e modelo para outros espaços. É muito coerente com a função institucional de promover justiça e garantir direitos. Isso passa, necessariamente, por repensar as formas de socialização dos homens, a interação entre si, consigo e principalmente com as mulheres. O curso é a minha tentativa de trazer uma contribuição nesse sentido”, declarou.

Wilson Carvalho, secretário judicial da Segunda Vara da Mulher do TJMA, ressaltou a oportunidade de dialogar sobre masculinidades, desconstruir estereótipos de gênero e contribuir para a proteção das mulheres, promovendo uma cultura de respeito e evitando comportamentos violentos.

“O curso é extremamente importante porque, como homens, podemos dialogar sobre essas masculinidades que a gente às vezes representa na sociedade e também no nosso ambiente de trabalho. É uma forma de desconstruir certos estereótipos de gênero, como, por exemplo, a forma como lidamos com o nosso trabalho e com as mulheres do nosso setor. Trabalhando juntos em proteção da mulher”, resumiu.

VIOLÊNCIAS

Para reforçar e discutir formas de prevenção às violências contra as mulheres, a ESMAM, em parceria com a Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica (CEMULHER/TJMA), realiza periodicamente o curso Como trabalhar com homens autores de violência de gênero – noções para atuação profissional em grupos reflexivos. 

 

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