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Saúde mental da mulher é tema de campanha do Judiciário

A psicóloga Tatiana de Carvalho diz que o momento é oportuno para refletir sobre várias questões relacionadas à mulher no mundo contemporâneo

18/03/2024
Ascom/TJMA

A saúde mental da mulher é o tema da campanha Saúde no Judiciário desta semana. A psicóloga Tatiana Oliveira de Carvalho, da Divisão Psicossocial do Tribunal de Justiça do Maranhão, destaca que ainda estamos em março, mês em que é comemorado o Dia Internacional da Mulher. Ela considera o momento oportuno para refletir sobre várias questões que perpassam o ser mulher no mundo contemporâneo. 

“Muito se tem falado sobre a importância da equidade de gênero, sobre a urgência de se combater as diversas formas de violência que acometem as mulheres, sobre os inúmeros desafios vividos em uma sociedade que ainda sobrecarrega as mulheres com expectativas inalcançáveis”, constata Tatiana de Carvalho.

A também mestre e doutora em Psicologia, analista judiciária do TJMA, diz que um dos grandes desafios às mulheres nesse contexto está em conciliar sua vida familiar, profissional e pessoal, mantendo sua qualidade de vida e saúde mental.

De acordo com ela, pesquisas têm mostrado que as mulheres estão mais propensas a desenvolver transtornos de ansiedade e depressão do que os homens.

“Certamente, o estresse proveniente das múltiplas tarefas, exigências exacerbadas e pressão social contribuem para essa realidade. Mas é importante lembrar, também, o papel dos fatores biológicos, especialmente as questões hormonais, que, em interação com um ambiente pouco propício ao autocuidado, acabam aumentando as chances de desenvolvimento desses transtornos nas mulheres. É, portanto, da menarca à menopausa o período mais crítico, em que estão mais vulneráveis ao adoecimento psíquico”, avalia a psicóloga.

Tatiana de Carvalho observa que, no contexto atual, torna-se também desafiador à mulher identificar com clareza o que realmente é importante e precisa ser priorizado em sua vida. 

“Não é raro vermos mulheres sobrecarregadas, na tentativa de atender às demandas dos filhos, companheiros, pais idosos, pessoas com doenças ou deficiências na família, chefes nem sempre compreensivos, mas deixando de cuidar de si mesmas, colocando-as em risco de diversas formas. E, talvez, o maior risco desse descuido de si seja o surgimento da sensação de que a vida vai se esvaziando e perdendo o sentido. É necessário não perder de vista o que verdadeiramente importa, o que tem real valor, que tarefas de fato compõem a missão única que cabe a cada mulher realizar na vida e assim realizar a si mesma como pessoa”, ensina a profissional da Divisão Psicossocial.

“Como você, mulher, tem conduzido sua vida diante dos desafios cotidianos? Como lida com suas responsabilidades pessoais? Como tem respondido às expectativas depositadas sobre você? Como andam os cuidados com sua saúde física e mental? Busca ajuda quando necessário? Pense um pouco sobre você em seu mundo, em sua realidade, com tudo o que há de lindo, valoroso, sofrido, superado, vivido. Qual é o chamado que a própria vida faz para você hoje?”, são questões de reflexão que a psicóloga direciona às mulheres.

Agência TJMA de Notícias
asscom@tjma.jus.br

 

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