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Campanha fala do condicionamento infantil no atendimento odontológico

Taissa Leite, da Divisão Odontológica do TJMA, diz que as lembranças dos primeiros contatos são essenciais para o estabelecimento de uma relação de confiança e cooperação

16/10/2023
Ascom/TJMA

A campanha Saúde no Judiciário desta semana trata do condicionamento infantil no atendimento odontológico. Desta vez, Taissa Leite, da Divisão Odontológica do Tribunal de Justiça do Maranhão, destaca que as lembranças e memórias dos primeiros contatos da criança com o ambiente odontológico são essenciais para o estabelecimento de uma relação de confiança e cooperação deste paciente frente ao tratamento odontológico.

“E, também, para que essa criança progrida para a adolescência e idade adulta, adotando comportamentos positivos em relação a sua saúde bucal”, acrescenta a odontóloga.

A profissional da Divisão Odontológica do TJMA entende que, da mesma forma que os pais e mães têm consciência da importância de consultas rotineiras e periódicas com o(a) médico(a) pediatra, para avaliação das condições de saúde e do desenvolvimento geral, desde os primeiros meses de vida, essa consciência precisa ser despertada em pais, mães e cuidadores(as) em relação às consultas com o(a) especialista em Odontopediatria.

RECONHECIDA

No Brasil – lembra Taissa Leite –, a Odontopediatria (especialidade da Odontologia que existe desde 1949) é reconhecida pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO) como a especialidade diretamente responsável pela prevenção, pelo diagnóstico, pelo tratamento e pelo controle dos problemas de saúde bucal do bebê, da criança, do(a) adolescente. 

Conta que, mais recentemente, a(o) odontopediatra tem assumido as responsabilidades com os cuidados bucais das gestantes, exercendo um importante papel no pré-natal odontológico, focando em duas abordagens principais: a saúde bucal materna na gravidez, até antes do parto, e informações sobre aspectos peculiares da cavidade bucal do bebê recém-nascido, até orientações sobre amamentação, hábitos alimentares, uso de chupeta e mamadeira, e higiene bucal do bebê.

“Em meio a todas essas potencialidades de tratamento que o(a) especialista em Odontopediatria tem desde a assistência à gestante, passando pelo bebê e indo até a adolescência, é essencial destacar a importância do papel do(a) odontopediatra no condicionamento infantil, pois é na especialização em Odontopediatria que o(a) odontólogo(a) se aprofunda em conhecimentos relacionados ao desenvolvimento psicológico somático (motricidade, fala) e emocional (comportamentos sociais, personalidade) da criança e apreende métodos de gerenciamento comportamental para conduzir o tratamento do paciente infantil sem medos e traumas”, detalha Taissa Leite.

Além disso, ela explica que o ambiente odontológico odontopediátrico guarda uma ludicidade que é essencial para o paciente infantil se reconhecer como parte daquele lugar, por mais nova que seja a experiência.

BENEFÍCIOS DE CONSULTAS

“A sensação de medo do desconhecido e o desenvolvimento infantil andam lado a lado. É comum que o atendimento odontológico provoque reações aversivas nas crianças, de modo a dificultar ou mesmo impedir que o procedimento seja realizado, porque os pacientes infantis costumam enxergar o ambiente, os instrumentais e o profissional como ameaçadores. O medo relacionado ao tratamento odontológico é uma realidade em nossa prática clínica. As pesquisas demonstram que, dentre as causas principais relacionadas a esse medo, estão as vivências na ‘cadeira do dentista’, experimentadas durante a infância. Frente a essa realidade, ressalta-se a importância e os benefícios advindos das consultas de condicionamento infantil com a(o) odontopediatra”, avalia a dentista.

“Sem dúvidas, o bebê e a criança somente se beneficiarão do condicionamento infantil alcançado gradativamente nas consultas e no manejo especializado feito pela(o) Odontopediatra, se os pais tiverem consciência da importância dessas consultas com o(a) especialista, na cadência que precisam acontecer, ou seja, acompanhando as etapas iniciais do desenvolvimento psicológico da criança. Crianças entre 2 e 5 anos de idade precisam, se possível, ter rotina de consultas semestrais com a(o) odontopediatra, para que criem memória positiva em relação ao tratamento odontológico”, prossegue Taissa Leite.

ORIENTAÇÃO

A profissional destaca que a equipe de cirurgiões-dentistas da Divisão Odontológica do TJMA prima pela orientação de pais, mães e cuidadores(as) sobre a importância das consultas com o(a) odontopediatra, desde bebê até a idade de 5 a 6 anos. Afirma que, após essa idade, se a criança foi bem condicionada e percebeu a importância das consultas periódicas ao dentista, ela certamente se mostrará cooperadora em um ambiente odontológico diferente daquele que estava acostumada.

“Embora já seja consenso que a primeira visita à(ao) odontopediatra deva acontecer antes mesmo do nascimento do primeiro dente de leite, e você, na qualidade de pai, mãe, cuidador ou cuidadora, não teve essa oportunidade, leve a sua criança tão logo seja possível, para que ela possa usufruir das condutas especializadas de condicionamento infantil em um ambiente preparado para ela. Certamente ela evoluirá da infância para a adolescência com um comportamento cooperador e resultará em um(a) paciente adulto(a) consciente de que as visitas periódicas à(ao) dentista são essenciais para manutenção da saúde”, conclui Taissa Leite.

Agência TJMA de Notícias
asscom@tjma.jus.br

 

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