Poder Judiciário/Mídias/Notícias

Saiba por que os dentes sofrem fraturas em campanha do Judiciário

Estevam Carlos, da Divisão Odontológica do TJMA, explica que, frequentemente, os profissionais recebem pacientes com queixas de fratura da restauração ou do próprio dente

31/07/2023
Ascom/TJMA

Por que meus dentes fraturam? Esta pergunta que muitas pessoas fazem a dentistas é o tema desta semana da campanha Saúde no Judiciário, com informações do odontólogo Estevam Carlos, profissional da Divisão Odontológica do Tribunal de Justiça do Maranhão.

Estevam conta que, no atendimento diário no TJMA, frequentemente os profissionais recebem pacientes com queixas de fratura da restauração ou do próprio dente, o que leva ao questionamento sobre as razões para essas ocorrências.

“Inicialmente, é importante lembrar que o dente faz parte de um conjunto maior, chamado sistema estomatognático, que inclui estruturas adjacentes, como músculos da mastigação, ossos, lábios, língua, vasos sanguíneos e nervos. Estas estruturas devem trabalhar em sintonia para executar uma série de funções, como sucção, mastigação, deglutição, articulação das palavras e respiração”, detalha ele.

Segundo o odontólogo, um dente natural, que não passou por tratamento odontológico, possui uma estrutura bastante resistente em sua coroa, composta por esmalte e dentina. Algumas pesquisas já registraram força máxima nos dentes molares (posteriores) de 88 kgf (quilograma-força) em homens e 69 kgf em mulheres, enquanto nos dentes incisivos (anteriores) foi de 28 kgf para os homens e 22 para as mulheres. A título de curiosidade, explica Estevam Carlos, o quilograma-força (kgf) é a força exercida pela gravidade da Terra sobre a massa de 1 kg. 

Entretanto – prossegue o odontólogo –, à medida que outros fatores externos interferem na estrutura natural do dente, há uma diminuição da resistência à carga. Situações como o apertamento dental, o bruxismo (ranger de dentes), os danos provocados pela cárie ou acidez de alimentos e refluxo, e o desgaste necessário para se realizar alguns procedimentos odontológicos aumentam o risco de fratura.

Há que se considerar ainda características individuais, como, por exemplo: a quantidade de dentes perdidos ou a substituição inadequada, o que pode ocasionar sobrecarga nos demais; o tipo de alimento na dieta habitual, em que o consumo frequente de farinhas, sementes e castanhas pode desencadear uma fratura em um dente previamente fragilizado; hábitos deletérios de interpor objetos entre os dentes; a presença de ansiedade e estresse, que favorecem o apertamento e bruxismo dental; a realização de esportes de contato como basquete, futebol e artes marciais sem a devida proteção bucal.

“Quando juntamos essas informações, fica claro que a fratura dental só ocorre em determinadas situações em que o sistema mastigatório está disfuncional e que a maneira mais prática de evitar a fratura consiste em consultas odontológicas regulares para a prevenção da cárie e das consequências da acidez, a reabilitação adequada dos dentes perdidos ou que passaram por tratamento de canal e, ainda, o uso de placas de mordida para estabilização do bruxismo e apertamento dental”, conclui.

Agência TJMA de Notícias
asscom@tjma.jus.br

GALERIA DE FOTOS