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Judiciário de Anajatuba realiza duas sessões do Tribunal do Júri

Publicado em 21 de Jul de 2025, 11h56. Atualizado em 21 de Jul de 2025, 11h59
Por Michael Mesquita

O Poder Judiciário da Comarca de Vara Única de Anajatuba realizou na última semana duas sessões do Tribunal do Júri, sob a presidência do juiz Geovane da Silva Santos, titular de Morros e respondendo por Anajatuba. Foram julgados Gean Carlos Gonçalves Silva, júri realizado dia 15 de julho, e Danilo Cardoso Rego, réu do dia 16. O primeiro caso tratou-se de tentativa de feminicídio, que teve como vítima V.B.S, fato ocorrido em 2 de janeiro de 2023. A vítima relatou que há dez anos se relacionava com o denunciado, sendo que nos últimos seis anos conviveram como marido e mulher. Os dois tiveram um filho.

Em depoimento, a mulher relatou que, após separar-se do denunciado, foi morar sozinha com o filho e que, um dia antes do crime, estava em um festejo tradicional, deixando seu filho na companhia dos avós. Contou que, por volta de meia-noite do dia 2, chegou em casa acompanhada de uma pessoa e, logo após abrir a porta, percebeu a presença de Gean. Em seguida, a pessoa que estava com V. fugiu, deixando-a sozinha com o denunciado. Gean, então, teria sacado um canivete e atingido o pescoço da mulher. 

Conforme apurado pela polícia, o motivo foi o ciúme que ele sentia pela ex-mulher. A vítima foi levada ao hospital. Por fim, V. ressaltou que, desde a separação, o denunciado lhe ameaçava, dizendo que se a visse com outra pessoa ele a mataria. Na sessão de julgamento, o crime foi desclassificado, passando ao juiz a competência para o julgamento. Gean Carlos recebeu a pena definitiva de um ano e 4 meses, a ser cumprida, inicialmente, em regime aberto.

CRIME EM POVOADO

Na segunda sessão, o réu Danilo Cardoso Rego estava sendo acusado de prática de crime de tentativa de homicídio, que teve como vítima Francisco José Gomes de Souza. Assim como no júri do dia anterior, o crime foi desclassificado para lesão corporal grave. Ao final, Danilo recebeu a pena definitiva de 3 anos e quatro meses de prisão, a ser cumprida, inicialmente, em regime aberto. A denúncia narra que no dia 13 de junho de 2024, por volta de meia-noite, no Povoado Afoga, zona rural de Anajatuba, o denunciado teria tentado contra a vida de Francisco. A vítima recebeu um golpe de madeira na cabeça.

Francisco estava trabalhando como segurança de uma festa que ocorria no povoado e, conforme apurado em inquérito policial, o ataque ocorreu pelas costas, de forma súbita e inesperada, impossibilitando qualquer defesa por parte da vítima, que desmaiou imediatamente após o golpe. A denúncia apontou que o crime não se consumou por circunstâncias alheias à vontade do denunciado, uma vez que a vítima foi prontamente socorrida por terceiros e encaminhada ao hospital.

Além do magistrado, trabalharam nas sessões de julgamento a promotora de Justiça Natália Macedo Luna Tavares e o advogado Vinícius Renan Lima Brandão, que atuou como defensor público. Também participaram os servidores da unidade judicial, oficial de Justiça e demais colaboradores.

Assessoria de Comunicação
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