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Judiciário de Anajatuba julga réus em processo de mais de vinte anos

Publicado em 9 de Abr de 2025, 8h59. Atualizado em 9 de Abr de 2025, 10h58
Por Michael Mesquita

O Poder Judiciário da Comarca de Anajatuba julgou na última semana o processo de júri mais antigo que tramitava na unidade judicial, desde 2004. Em sessão realizada dia 2 de abril, foram julgados os irmãos Antônio Rocha e Pedro Rocha, acusados de terem matado Cristóvão de Jesus Pereira Marinho, fato ocorrido em 25 de outubro de 2003. Ao final, o Conselho de Sentença decidiu pela absolvição dos irmãos. O júri foi presidido pelo juiz Geovane da Silva Santos.

Foi apurado pela polícia que, na data citada, no povoado Enseada Grande, a vítima se dirigiu até uma festa dançante. Na volta para casa, quando se distanciou de algumas pessoas que o acompanhavam, testemunhas teriam ouvido disparos de arma de fogo e gritos de socorro, bem como a expressão “Chega, Pedrinho!”. No outro dia, a vítima foi encontrada morta, com o rosto deformado em função dos tiros.

A denúncia relata que os irmãos teriam agido por motivo torpe e mediante uso de emboscada, haja vista terem aguardado a vítima no caminho para a sua residência, em um local escuro, esperando o momento em que Cristóvão se separou de seus companheiros. Foi apurado, ainda, que o homicídio foi praticado em função de rixa antiga entre a vítima e os irmãos. Por fim, a polícia detalhou no inquérito que, antes de ceifarem a vida da vítima, os denunciados teriam praticado tortura contra Cristóvão, inclusive com espancamento.

“Cheguei em abril de 2024 na Comarca de Anajatuba e logo no mês seguinte já pronunciei. A defesa dos réus apresentou Recurso em Sentido Estrito. Em novembro passado, o Tribunal de Justiça do Maranhão manteve a sentença que pronunciou os réus a júri popular. Agora, no último dia 2 de abril, realizamos o julgamento, menos de um ano da pronúncia”, detalhou o juiz Geovane.

Atuaram na sessão, além do juiz, a promotora de Justiça Natália Macedo Luna Tavares, na acusação, e o advogado de Carlos Magno Sampaio Lima, na defesa dos réus. Participaram, ainda, os oficiais de Justiça Raquel Vieira Freire e Wemerson Pinheiro Martins Cândido, além dos demais servidores da unidade judicial.

Assessoria de Comunicação
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