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Judiciário inaugura segundo ponto de inclusão digital em território indígena

Povos indígenas da aldeia Juçaral foram beneficiados pelo projeto Justiça de Todos na tarde de ontem (22)

Publicado em 23 de Jun de 2023, 11h33. Atualizado em 23 de Jun de 2023, 13h03
Por Letícia Araújo

Na última quinta-feira, 22, a Corregedoria Geral da Justiça (CGJ/MA), avançou na implementação de mais uma etapa do projeto “Justiça de Todos”. Em parceria com o Comitê de Diversidade do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), a aldeia Juçaral, localizada na Terra Indígena Araribóia, a 35 km do município de Amarante do Maranhão, foi palco dessa inciativa que garante maior proximidade entre os cidadãos e os serviços da Justiça.

Para garantir a execução do projeto, que consiste na instalação de salas com computadores e acesso à internet em localidades que não possuem Fórum, a Corregedoria conta com a parceria de entidades empenhadas em garantir o acesso à justiça para a população. A inauguração do ponto de inclusão na aldeia Juçaral, onde residem povos de etnia Guajajara, além da parceria com prefeitura de Amarante do Maranhão, contou com o apoio do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, que promoveu a instalação de uma antena de recepção de internet na comunidade.

O corregedor-geral da Justiça, desembargador Fróz Sobrinho, esteve presente e ressaltou o objetivo de ampliar políticas direcionadas para esses povos. “O nosso objetivo é justamente que todos os cidadãos, sejam eles indígenas ou não indígenas, tenham acesso à justiça. Todas as 98 salas que instalamos até o momento são, de fato, para todos”, disse.

A juíza coordenadora de gestão estratégica da Corregedoria, Tereza Nina, elencou os benefícios da iniciativa para a população da aldeia e para as comunidades vizinhas. “A partir de agora, esses povos também poderão fazer emissão de título e biometria sem precisar se deslocar até a zona eleitoral, evitando despesas de transporte até o município de Amarante”, comentou.

“Somos indígenas, mas queremos justiça, sem a justiça ninguém pode viver”, foi dessa maneira que o cacique Zezé Guajajara expressou sua gratidão pela instalação do ponto digital na aldeia. A Conselheira da Coordenação das Organizações e Articulações dos Povos Indígenas do Maranhão (COAPIMA), Suluene Guajajara, também contou sobre sua participação no processo de idealização, juntamente ao poder judiciário, da edição do projeto direcionada para a comunidade indígena, relatou também a imediata da aceitação da proposta pelos líderes da comunidade, que receberam a novidade com satisfação.

Cerimônia de inauguração na aldeia Juçaral, na última quinta-feira.

Ainda durante a cerimônia o corregedor-geral da Justiça foi escolhido pelas lideranças indígenas como “guardião” da floresta e recebeu como presente o Gurduna, um instrumento que simboliza proteção para a comunidade.

Também estiveram presentes, o juiz titular da Comarca de Amarante do Maranhão, Danilo Berttove; o prefeito da Comarca de Amarante do Maranhão, Vanderly Miranda; o presidente do Comitê de Diversidade do Tribunal de Justiça do Maranhão, Marco Adriano; a ouvidora dos povos indígenas do Comitê de Diversidade do TJMA, Adriana Chaves; a integrante do Comitê de Diversidade do TJMA, Elaile Silva Carvalho; e o coordenador regional da Comissão de Caciques e Lideranças da Terra Indígena Araribóia (CCOCALITIA), Frederico Guajajara. Além disso, o juiz titular da 4ª Vara de Balsas, Douglas da Guia; e a juíza auxiliar da Corregedoria, Ticiany Palácio; e o prefeito de Grajaú, Mercial Arruda, também marcaram presença.

 

Assessoria de Comunicação
Corregedoria Geral da Justiça
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