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O corregedor-geral da Justiça do Maranhão, desembargador Froz Sobrinho, participou do lançamento do livro “O Rio de Heráclito”, de autoria da desembargadora do Tribunal de Justiça do Maranhão, Sônia Amaral, realizado na noite de quarta-feira, 14, na “Casa do Maranhão”, em Brasília, na presença de magistrados federais e estaduais, promotores de Justiça e advogados.

O desembargador foi convidado pela escritora para atuar no debate em torno dos principais temas enfocados nas crônicas apresentadas na obra, ao lado do engenheiro Francisco Soares (SECID-DF), do professor Afrânio Barros (secretário da Casa do Maranhão) e do advogado e jornalista Rômulo Barbosa (Ministério das Comunicações).  Os debatedores questionaram diversos aspectos sobre pontos de vista da autoria expostos em seus textos.

Desa. Sônia Amaral doa livro para a Casa do Maranhão, ao lado do corregedor e debatedores da mesa-redonda.

Autor de obras jurídicas, o ministro do Superior Tribunal de Justiça Reynaldo Soares da Fonseca, membro da Academia Maranhense de Letras, foi escolhido para apresentar a magistrada e sua obra aos convidados. O ministro abriu os discursos da noite e prestou homenagens à escritora e magistrada, enaltecendo a sua trajetória de desenvolvimento pessaol e profissional.

Ministro Reynaldo Soares da Fonseca fez apresentação da autora e sua obra.

FILOSOFIA DE HERÁCLITO

Sônia Amaral explicou o porquê da escolha do título da obra, que faz referência ao pensamento do filósofo grego Heráclito, considerado por estudiosos o “Pai da Dialética” e autor da teoria do “Devir”, segundo a qual tudo que existe está em permanente mudança ou transformação, sujeita à razão ou inteligência que governa o mundo (“logos”) e da doutrina dos contrários, a qual busca a verdade por meio do embate entre pensamentos contraditórios. 

Ao ser questionada pelo também escritor Francisco Soares sobre a escolha do filosófo, considerado “obscuro”, como fonte inspiradora da sua obra, a desembargadora justificou a predileção pela sua teoria e respondeu que se considera “filosoficamente contraditória” e, tal qual Heráclito, acredita que o homem muda a cada dia, sem compromisso com o que foi ontem. “Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio”, lembrou a escritora, numa referência à célebre frase do filófoso, que retrata a mudança do ser e do existir ao longo do tempo.

O livro, prefaciado pelo desembargador e acadêmico Lourival Serejo, traz crônicas sobre temas como cidadania, cotidiano, economia, política, corrupção e liberdade de expressão - este último defendido com entusiasmo pela autora, dentre outros. Em um dos artigos, a magistrada cita o Projeto "Jurado Voluntário", criado pela Corregedoria Geral da Justiça do Maranhão, que incentiva a adesão da comunidade ao júri Popular e analisa o grau da percepção do cidadão sobre a administração pública e a necessidade de maior participação da coletividade nos serviços judiciários.

CASA DO MARANHÃO 

A presidente da Casa do Maranhão, Gilza Everton Sousa, agradeceu a aceitação do convite feito à magistrada maranhense para sediar o lançamento do livro. Também destacou a história da associação, construída em terreno adquirido pelo ex-presidente José Sarney (1985-1990) e doado para a instituição, localizada na Asa Sul, no plano piloto de Brasília. A presidente informou que a Casa do Maranhão completará 33 anos no dia 8 de dezembro.

O lançamento foi acompanhado pelo desembargador federal Gustavo Amorim (TRF1); juízes ferais Roberto Veloso, Newton Ramos, Hebrique Cunha e Márcio Sá; juíza Alexandra Ferraz (7ª Vara da Fazenda Pública de São Luís); juíza eleitoral Camila Ramos (TRE-MA); promotora de justiça Maria da Graça Amorim (Conselho Nacional do Ministério Público); promotor de Justiça Tarcísio Sousa Bonfim; José Sarney Filho, secretário de meio ambiente do governo do Distrito Federal; e da professsora Mônica Veloso, representando a mantendedora do Centro Universitário UNIEURO (Grupo CEUMA), que deu apoio institucional ao evento. Também foi prestigiada por juristas, jornalistas e todos os membros da diretoria da Casa do Maranhão.

SÔNIA AMARAL

Sônia Maria Amaral Fernandes Ribeiro é graduada em Direito (1983) pela Universidade Federal do Maranhão, tem pós-graduação no Curso Preparatório da Magistratura pela Escola Superior da Magistratura - ESMAM, Especialização em Magistério Superior (UNICEUMA), Mestrado em Políticas Públicas (UFMA) e Mestrado em Ciências Jurídicas (Faculdade de Direito pela Universidade Clássica de Lisboa - FDUL).

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