A Escola Superior da Magistratura do Maranhão (ESMAM) concluiu, na sexta-feira (31/10), mais uma formação dedicada à promoção de uma cultura institucional ética e inclusiva. O curso “O Enfrentamento aos Assédios e Discriminações pelos Gestores e Líderes” reuniu magistrados, magistradas e profissionais do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) que exercem funções de liderança. A capacitação foi promovida em parceria com a Comissão de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral, Sexual e da Discriminação do TJMA.
Durante dois dias de atividades, os participantes discutiram as novas configurações do assédio no ambiente de trabalho, os impactos das relações hierárquicas e o papel transformador da liderança ética nas instituições públicas. O curso abordou ainda práticas de governança, gestão de riscos, comunicação assertiva e saúde organizacional.
A formadora Mariana Clementino Brandão, analista judiciária e diretora adjunta da Secretaria do TJMA, destacou que o curso é um chamado à atualização constante diante das mudanças sociais e tecnológicas.
Vivemos uma dinâmica social que muda o comportamento das pessoas por fatores como o avanço da tecnologia e o surgimento de uma geração mais sensível e com outros valores. É preciso que a liderança se adapte a esse novo cenário, compreendendo sua importância na prevenção ao assédio. Onde há assédio, possivelmente há ausência de um líder, afirmou.
A magistrada Andréa Keust Bandeira de Melo, também formadora da capacitação, explicou que o conteúdo buscou ampliar a percepção dos gestores sobre as transformações nas relações de trabalho e sobre as novas formas de assédio.
Falamos do assédio neural, ligado ao excesso de estímulos tecnológicos; do autoassédio, quando o indivíduo se cobra de forma autodestrutiva; e do assédio residual, que persiste no ambiente mesmo após o afastamento do agressor e da vítima. São fenômenos que exigem escuta, acolhimento e gestão humanizada, detalhou.
A metodologia do curso combinou teoria e prática, com oficinas, dinâmicas em grupo e análise de casos reais, incentivando a reflexão sobre limites hierárquicos, riscos psicossociais e práticas restaurativas no contexto do Judiciário.
A servidora Cláudia Katherine Bayma Anchieta, coordenadora de Processos Administrativos Disciplinares e Sindicâncias do TJMA, avaliou a formação como uma oportunidade de crescimento pessoal e profissional. “Senti a necessidade de fortalecer meu aprendizado e melhorar como profissional e como ser humano. Esse tipo de evento é imprescindível para aprimorar os serviços prestados e as relações de trabalho”, observou.
Ao final da capacitação, os participantes elaboraram planos de ação voltados à diversidade, à inclusão e à consolidação da confiança institucional, reafirmando o compromisso do TJMA com a prevenção de todas as formas de assédio e discriminação.
Núcleo de Comunicação da ESMAM
asscom_esmam@tjma.jus.br
Instagram: @esmam_tjma
Facebook: @esmam.tjma
YouTube: @eadesmam
(98) 2055-2800