Com o objetivo de capacitar juízes e juízas do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) para atuarem com excelência e segurança diante das novas ferramentas tecnológicas, a Escola Superior da Magistratura do Maranhão (ESMAM), desde 2023, desenvolve um plano de formação continuada voltado para o uso ético e responsável da inteligência artificial no Poder Judiciário.
Com esta iniciativa, a instituição antecipou-se ao que determina o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na Resolução nº 615/2025, que estabelece diretrizes sobre a utilização da inteligência artificial no sistema de justiça.
A disciplina Tecnologia da Informação e das Comunicações é um exemplo. Ministrada pelo juiz Ferdinando Marco Gomes Serejo Sousa, nas três últimas turmas do Curso de Formação Inicial para ingresso na magistratura, traz conteúdo alinhado aos “princípios de letramento digital e formação continuada”, previstos na nova resolução do CNJ. O módulo foi credenciado pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) por meio da Portaria nº 193/2023.
“O que a ESMAM fez foi mais que precaução. Foi visão. Antecipamos-nos para que a magistratura maranhense não fosse apenas usuária de tecnologia, mas também crítica, ética e consciente de seu poder e riscos”, afirma o juiz Ferdinando Serejo, especialista em tecnologia aplicada ao Direito.
A disciplina oferecida contempla temas centrais da Resolução CNJ nº 615/2025, como:
O conteúdo se alinha diretamente ao que estabelece o art. 3º, inciso VIII da Resolução — que exige “capacitação contínua para magistrados e servidores sobre os riscos da automação e a análise crítica dos resultados gerados por IA” — e aos dispositivos do art. 19, §§ 3º e 5º, que tratam do letramento digital obrigatório para o uso de ferramentas de IA generativa.
Desde a sua primeira oferta em 2023, a disciplina já capacitou dezenas de novos magistrados(as) com uma abordagem que alia teoria, ética e prática aplicada, sintonizada com os pilares da inovação segura e colaborativa.
“Não se trata de temer a tecnologia, mas de dominá-la com consciência. Magistratura e inteligência artificial não são antagonistas. São parceiras — desde que haja supervisão humana, transparência e respeito aos direitos fundamentais”, pontua Serejo.
A diretora da ESMAM, desembargadora Sônia Amaral, comentou o pioneirismo da instituição. “Nosso compromisso é formar magistrados que estejam à altura dos novos tempos. A inteligência artificial chegou para ficar, e queremos que cada juiz e juíza maranhense saiba usar essa tecnologia com responsabilidade, justiça e humanidade”, destaca.
A magistrada acrescenta que, ao promover uma educação judiciária conectada com os desafios do século XXI, a ESMAM cumpre sua missão sem abrir mão da ética, da equidade e da pluralidade que devem nortear a Justiça.
INOVAÇÃO, TECNOLOGIAS E USO DA IA
Além dos cursos de formação inicial para ingresso na magistratura, a escola judicial maranhense mantém uma série de cursos e eventos com as temáticas da inovação, tecnologias e uso da inteligência artificIal destinados ao corpo funcional do TJMA, com grande variedade de formadores. Integram a grade de cursos da ESMAM, os seguintes cursos de capacitação e formação continuada:
Núcleo de Comunicação da ESMAM
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E-mail: asscom_esmam@tjma.jus.br
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