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Governança é discutida em curso sobre sustentabilidade

Os aspectos humano e psicossocial foram apresentados como essenciais para o equilíbrio do ecossistema organizacional

19/08/2022
Fernando Souza

Hayla Castelo Branco, Osman Bacellar Neto, desembargador Jorge Rachid e Andréa Leoni

foto/divulgação: ESMAM

Com ênfase no aspecto governamental e sociedade, o Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), por meio da Escola Superior da Magistratura (ESMAM), concluiu, na sexta-feria (19) o curso de Governança, Sustentabilidade e Práticas ESG. Participaram do curso cerca de 50 servidoras e servidores de unidades administrativas e judiciárias, que já poderão implementar, nos seus locais de trabalho, técnicas aprendidas na capacitação.

De acordo com a formadora Andrea Leoni, esta etapa constitui parte fundamental do curso, pois aborda questões relativas à capacidade de governança da instituição, que terão impacto em pessoas e, consequentemente no ecossistema onde a organização se insere. Para ela, é imprescindível que todos os níveis dialoguem para a elaboração do Plano de Governança ESG, contemplando, inclusive aspectos de compliance.

“Se as decisões são tomadas para tratar do S [social], que alcança as pessoas que estão estrategicamente em todos os níveis de uma instituição, precisa haver estratégias para que todos os níveis conversem. Daí a importância de que a instituição tenha em si uma governança aplicada ao propósito, entendendo que cuidar de pessoas também é estar em conformidade", destacou.

Leoni ainda reforçou a importância e necessidade do engajamento dos líderes da organização no propósito ESG, considerando que o movimento deve partir da cúpula. Conforme explicou, é a partir das lideranças que as decisões tomadas, de onde deriva o planejamento macro e o plano de governança, que constituem o sentido da missão da instituição na sociedade.

No aspecto humano, foi destacada, ainda, a necessidade de consolidar ambientes colaborativos, levando em consideração o fator humano em todas as suas dimensões e não apenas o profissional.

A formadora reforçou que o aspecto psicossocial constitui peça chave no funcionamento de um Programa de ESG, seja porque as pessoas são o meio para o alcance da missão, ou mesmo porque fazem parte da missão institucional na promoção do bem-estar e paz social. Programas de acompanhamento, compreendendo cada integrante da organização enquanto ser social mesmo antes do profissional, devem estar na pauta permanente de discussão.

"É necessário identificar os riscos psicossociais e desenvolver ações que reduzam os efeitos das mudanças na organização e em seu contexto, assim como daqueles problemas externos que podem atingir o lado profissional do servidor. Se a governança não olhar isso com propósito o ‘S’ não funciona”, concluiu.

ESG NO JUDICIÁRIO

Para a analista e servidora do Núcleo de Sustentabilidade, Hayla Castelo Branco, a capacitação ESG contribuiu para despertar o olhar para uma temática que precisa ser debatida dentro do Tribunal de Justiça. Conforme esclareceu, essa é a primeira de outras ações que serão realizadas pelo Núcleo, que tem o papel de contribuir no desenvolvimento e implementação de ações do Programa ESG no Judiciário maranhense.

“Foi um momento importante para aqueles que compareceram. Para muitos, foi o primeiro contato com a temática que está dentro de toda organização e que precisa ser trabalhada. Vamos avaliar o resultado deste encontro e pensar novas estratégias que o Núcleo possa colaborar na promoção da cultura ESG”, disse.

O desembargador Jorge Rachid, presidente do Núceleo de Sustentabilidade do TJMA; e o secretário-geral da ESMAM, Osman Bacellar Neto, participaram das atividades de encerramento da formação, no auditório da Associação dos Magistrados (AMMA).

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