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Judiciário entregou mais de 5 mil títulos de terras na Semana do Solo Seguro 2024

Entregas de títulos e matrículas de terras beneficiam comunidades indígenas, quilombolas, igrejas e trabalhadores

Publicado em 18 de Dez de 2024, 14h30. Atualizado em 19 de Dez de 2024, 8h52
Por Ascom/TJMA

O Poder Judiciário do Maranhão, por meio do Núcleo de Governança Fundiária do Tribunal de Justiça do Maranhão (NGF/TJMA), em parceria com outras instituições como municípios, cartórios extrajudiciais e Instituto de Terras (Iterma), entregou mais de 5 mil títulos e matrículas de registro imobiliário em benefício de comunidades, escolas, igrejas históricas, trabalhadores rurais, povos indígenas e quilombolas durante a 2ª Semana Nacional da Regularização Fundiária Solo Seguro – Amazônia Legal 2024, promovida no mês de novembro de 2024. A iniciativa busca contribuir para o combate à grilagem de terras e o fortalecimento do desenvolvimento sustentável, consolidando os direitos das comunidades e ampliando o acesso a políticas públicas que valorizem sua história e identidade.

A imagem é um cartaz que promove a Regularização Fundiária Urbana. No topo esquerdo, há o texto "Regularização Fundiária Urbana" em letras grandes e azuis. Abaixo, há três fotos de pessoas segurando documentos, com os rostos borrados. A foto maior à direita mostra uma pessoa idosa assinando um documento, com o logotipo "Título Seguro" visível. As duas fotos menores à esquerda mostram pessoas segurando documentos e uma foto de família. No canto inferior esquerdo, há hashtags "#MoradiaDigna" e "#DireitoÀMoradia". No canto inferior direito, há a hashtag "#REURB" e "#CidadaniaERegularização" junto a um ícone de uma casa.

Durante as ações da Semana, foram entregues 4.908 títulos de regularização fundiária urbana na modalidade social para comunidades dos municípios de Açailândia, Brejo, Arame, Aldeias Altas, Barreirinhas, Cantanhede, Carolina, Coelho Neto, Caxias, Guimarães, Humberto de Campos, Parnarama, Porto Rico, Primeira Cruz, Ribamar Fiquene, Rosário, Satubinha, Santa Inês, Sítio Novo, São Mateus, Tuntum, Viana e Montes Altos

No povoado Laranjal, do município de Viana, 37 famílias de agricultores familiares foram contempladas com a entrega dos registros de seus imóveis, regularizando um total de 214,6289 hectares, beneficiando agricultores familiares e garantindo segurança jurídica, valorização dos imóveis e acesso a crédito.

A imagem mostra um evento de entrega de títulos de propriedades para agricultores familiares. Na parte superior, há três fotos menores de pessoas segurando documentos. Na parte inferior, há uma foto maior de um grupo de pessoas em uma sala, todas segurando seus títulos de propriedade. No canto esquerdo da imagem, há um texto que diz:37 Títulos de PropriedadesENTREGUES A AGRICULTORES FAMILIARES214,6289 Hectares regularizados

O TJMA,  em parceria com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e cartórios locais, também entregou três registros territoriais aos povos indígenas das terras indígenas de Cana Brava, Porquinhos e Geralda Toco/Preto, nos municípios de Arame, Itaipava do Grajaú, Barra do Corda, Grajaú, Jenipapo dos Vieiras e Fernando Falcão, beneficiando mais de três mil famílias indígenas com a regularização fundiária de 236 mil hectares.

A imagem apresenta informações sobre três territórios indígenas no Brasil, incluindo os municípios abrangidos, a população do território e a área regularizada. Os territórios são:Cana Brava:Municípios Abrangidos: Barra do Corda/MA, Grajaú/MA, Jenipapo dos Vieiras/MAPopulação do Território: 10.824Área Regularizada: 137 mil haPorquinhos:Municípios Abrangidos: Fernando Falcão/MA, Grajaú/MAPopulação do Território: 892Área Regularizada: 80 mil haGeralda Toco/Preto:Municípios Abrangidos: Arame/MA, Itaipava do Grajaú/MAPopulação do Território: 969Área Regularizada: 19 mil haAlém disso, a imagem destaca que há 03 registros de territórios indígenas, beneficiando 3.171 famílias e regularizando 236 mil hectares.A imagem também contém duas fotos de grupos de pessoas segurando documentos, sugerindo a entrega ou reconhecimento formal desses territórios.

COMUNIDADES QUILOMBOLAS

Em cerimônia realizada no Centro de Cultura Negra, em parceria com o Instituto de Colonização e Terras do Maranhão (Iterma), o Judiciário entregou ainda oito registros de terras quilombolas, contemplando 392 famílias e regularizando mais de 4.730 hectares de terras das comunidades dos municípios de Cândido Mendes (Povoado Bom Jesus, Gleba Mutum), Matinha (Povoado Jacuica), Icatu (Povoado Boqueirão), Presidente Juscelino (Povoado Mirinzal da Julita), Mirinzal (Povoado Mirinzal, Quilombo Santa Teresa) e Viana (Povoados Cajueiro e Carro Quebrado).

A imagem mostra uma tabela com informações sobre territórios, municípios abrangidos, quantidade de famílias e área regularizada em hectares. Abaixo da tabela, há uma foto de um grupo de pessoas segurando documentos e uma placa com informações adicionais.Tabela:Território: BoqueirãoMunicípio Abrangido: Icatu/MAQuantidade de Famílias: 40Área Regularizada: 1.637,37 haTerritório: Bom JesusMunicípio Abrangido: Cândido Mendes/MAQuantidade de Famílias: 58Área Regularizada: 216,3937 haTerritório: CajueiroMunicípio Abrangido: Viana/MAQuantidade de Famílias: 65Área Regularizada: 271,285 haTerritório: Campo RedondoMunicípio Abrangido: Bacabal/MAQuantidade de Famílias: 38Área Regularizada: 1.521,1087 haTerritório: Carro QuebradoMunicípio Abrangido: Viana/MAQuantidade de Famílias: 84Área Regularizada: 176,9941 haTerritório: JacuáMunicípio Abrangido: Matinha/MAQuantidade de Famílias: 45Área Regularizada: 317,3447 haTerritório: Santa TerezaMunicípio Abrangido: Mirinzal/MAQuantidade de Famílias: 37Área Regularizada: 262,7899 haTerritório: Mirinzal da JulitaMunicípio Abrangido: Presidente Juscelino/MAQuantidade de Famílias: 25Área Regularizada: 330,1586 haInformações adicionais na placa:08 Títulos Coletivos de Propriedade Registrados392 famílias beneficiadas4.733,44 Hectares regularizados

Durante as ações do projeto Viva Alcântara, parceria entre diversos órgãos federais e estaduais garantiu a entrega de 42 matrículas de terras efetivadas no Cartório Extrajudicial de Alcântara, das quais 37 têm destinação exclusiva para as comunidades quilombolas, quatro para o Centro de Lançamento de Alcântara e uma com destinação compartilhada entre comunidades e CLA, representando cerca de 61 mil hectares e beneficiando diretamente 3.350 famílias de 152 comunidades quilombolas de Alcântara oficialmente reconhecidas. 

A imagem mostra um grupo de pessoas participando de um evento relacionado ao Projeto Viva Alcântara. O texto na imagem destaca os resultados do projeto, que reflete o compromisso do Poder Judiciário em integrar comunidades invisibilizadas, garantindo direitos fundamentais, dignidade e segurança jurídica, além de promover o desenvolvimento sustentável da região. Os resultados mencionados incluem:42 matrículas de terras registradas152 comunidades quilombolas beneficiadas61 mil hectares regularizados

IGREJAS HISTÓRICAS

Considerado o interesse social e buscando atender às legítimas aspirações da população, com especial atenção à preservação da memória histórica de antepassados e a proteção do patrimônio social e cultural, o Judiciário entregou as matrículas imobiliárias das igrejas Nossa Senhora de Santana, situada na região central de São Luís/MA; Igreja de São Joaquim do Bacanga, situada no bairro Vila Maranhão, São Luís/MA; Igreja de São João Batista do Vinhais, situada no bairro do Vinhais, São Luís/MA; Igreja Nossa Senhora da Luz, situada no município de Paço do Lumiar/MA; e Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, situada no Centro Histórico e São Luís/MA, todas tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

A imagem contém duas partes principais: uma seção de texto na parte superior e três fotos na parte inferior.Seção de Texto: A seção de texto lista cinco igrejas tombadas pelo Patrimônio Histórico de São Luís/MA, com descrições detalhadas de cada uma:Igreja de Nossa Senhora de Santana: Localizada no Centro de São Luís, remonta ao século XVII, com construção datada de 1790.Igreja de São Joaquim do Bacanga: Situada na Vila Maranhão, foi criada em 1835 e representa a quarta freguesia constituída no Maranhão, abrangendo localidades próximas ao rio Bacanga.Igreja de São João Batista do Vinhais: Localizada no bairro do Vinhais, teve origem no século XVII, fundada por franceses em uma antiga aldeia indígena.Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos: Situada no Centro Histórico de São Luís, foi construída em estilo barroco no século XVIII por uma irmandade de homens negros, concluída em 1776.Igreja de Nossa Senhora da Luz: Localizada em Paço do Lumiar, sua fundação é atribuída ao século XVII, possivelmente pelo padre Luiz Figueira, da Companhia de Jesus.Fotos na Parte Inferior: As três fotos mostram um evento formal com várias pessoas, possivelmente uma cerimônia de reconhecimento ou premiação. As pessoas estão em um ambiente institucional, com bandeiras ao fundo e algumas segurando documentos.Texto Adicional: Na parte inferior central, há um texto que diz: "05 Registros de Igrejas Tombadas pelo Patrimônio Histórico de São Luís/MA".

FORMAÇÃO 

Nos dias 25 e 26 de novembro de 2024, durante a 2ª Semana Nacional da Regularização Fundiária Solo Seguro – Amazônia Legal 2024, o TJMA promoveu o evento científico intitulado Curso Prático em Regularização Fundiária, no polo de Bacabal, abrangendo 12 municípios da região. O curso capacitou 116 participantes, oferecendo conhecimento técnico e prático sobre temas essenciais relacionados à regularização fundiária.

A imagem mostra um banner promocional de um curso intitulado "Curso Prático em Regularização Fundiária". O banner contém três fotografias e um texto.Fotografias:Primeira Fotografia (esquerda): Mostra um grupo de pessoas em um ambiente interno, onde um homem está falando para a plateia.Segunda Fotografia (centro): Mostra um grupo de pessoas posando para uma foto em grupo.Terceira Fotografia (direita): Mostra um homem falando ao microfone para um grupo de pessoas.Texto: No canto inferior direito do banner, há um texto que diz "116 PESSOAS CAPACITADAS".

Desenvolvida em parceria com municípios e cartórios, ressaltou a relevância da regularização fundiária como uma ferramenta essencial para assegurar moradia digna, promover a segurança jurídica e impulsionar o desenvolvimento socioeconômico sustentável no Maranhão. 

SEMANA SOLO SEGURO 

A Semana Nacional de Regularização Fundiária é coordenada, nacionalmente, pela Corregedoria Nacional de Justiça, desenvolvida e implementada localmente pelos tribunais de justiça em parceria com entidades e órgãos municipais. A Semana Solo Seguro faz parte do Programa Permanente de Regularização Fundiária, que tem como objetivo fortalecer a governança e o acesso à terra, a promoção da Justiça, a segurança jurídica e a proteção ambiental.

Dois normativos regulam a atuação relativa às questões fundiárias no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). São eles: o Provimento n. 144/2023, que instituiu o Programa Permanente de Regularização Fundiária na Amazônia Legal e a Semana Nacional de Regularização Fundiária (esforço concentrado também conhecido como Solo Seguro), e o Provimento n. 158/2023, que criou o Programa Permanente de Regularização Fundiária Plena de Favelas e Assentamentos Irregulares (Solo Seguro Favela).

As iniciativas locais do projeto Solo Seguro incentivam o enfrentamento da grilagem de terras, o fortalecimento da governança fundiária, e a promoção, entre outros direitos, do acesso regular à terra e da proteção ambiental.

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