A Escola Superior da Magistratura do Maranhão (ESMAM) realizou, no dia 7 e 8 de julho, ao curso “Prática Jurídica com Inteligência Artificial”, voltado à formação continuada da magistratura do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA). Com carga horária de 20 horas, a capacitação foi realizada em formato híbrido com atividades a distância e encontros presenciais.
A proposta pedagógica do curso teve como objetivo principal capacitar magistradas e magistrados para o uso estratégico de tecnologias de inteligência artificial (IA), com ênfase no ChatGPT, aplicadas à rotina do Judiciário. Entre os focos da formação estão a automação de documentos, apoio à formulação de decisões judiciais, análise de dados, uso de linguagem simples e outras práticas que buscam otimizar o tempo e a qualidade da prestação jurisdicional.
O curso foi ministrado pelo juiz Felipe Soares Damous, especialista em inovação no Judiciário, formador da Escola Nacional da Magistratura e membro do Núcleo de Estudos Avançados sobre Direito Digital, IA e Proteção de Dados da ESMAM. Para o magistrado, a iniciativa atende a uma necessidade urgente do sistema de Justiça:
“Estamos em um momento em que o Poder Judiciário investe intensamente em tecnologia e inteligência artificial. No entanto, é preciso capacitação para uso adequado dessas ferramentas. Nosso objetivo é demonstrar as potencialidades, limitações e diretrizes éticas do uso da IA na prática jurídica, com segurança e responsabilidade”, destacou o formador.
A formação está alinhada às diretrizes da Resolução CNJ Nº 615/2023, que torna obrigatória a capacitação da magistratura em temas relacionados à inovação e à transformação digital no Judiciário, além de dialogar com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).
Participando da formação, o juiz Aurimar de Andrade Arrais Sobrinho, titular da 1ª Vara da Comarca de São Mateus, reforçou a importância do tema. “A inteligência artificial aplicada ao Direito é um novo ramo do conhecimento, e o Judiciário não pode ficar de fora. Todos os atores da Justiça já estão atuando com essas ferramentas, e nós precisamos estar atualizados para garantir um sistema mais eficiente e acessível.”
O conteúdo programático envolve desde os fundamentos da inteligência artificial e funcionalidades do ChatGPT até workshops práticos, com simulações e exercícios baseados em casos reais. Também são abordadas questões éticas, segurança da informação, proteção de dados e aspectos relacionados à acessibilidade e linguagem simples, ferramenta essencial para ampliar o acesso à Justiça de forma mais clara e inclusiva.
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