A Escola Superior da Magistratura (ESMAM), em parceria com a Diretoria de Segurança do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), realizou a segunda edição do curso Combate à Violência contra Mulheres: recomendação referente a servidoras do Poder Judiciário. Com um total de 16 horas entre atividades teóricas e práticas, a capacitação de forma presencial, nos dias 23 e 24 setembro.
O treinamento é direcionado às servidoras e aos servidores integrantes na Diretoria de Segurança Institucional, como uma das ferramentas para desenvolver e aprimorar a compreensão sobre as especificidades e dinâmica da violência doméstica. O conteúdo destaca competências e habilidades profissionais necessárias para identificar fatores de risco para violências mais graves ou fatais, e fornecer o devido atendimento e encaminhamento às vítimas.
O curso é ministrado pela analista judiciária, assistente social e ouvidora da mulher, Danyelle Bittencourt, e tem como foco habilitar as equipes que atuam no atendimento e encaminhamentos necessários em caso de violência contra mulher. “São conteúdos relacionados à violência doméstica, como forma de conhecer essa dinâmica para que servidoras e servidores entendam como funciona a dinâmica da violência doméstica, os fatores preditivos para o risco de uma violência mais agravante ou de umaviolência fatal”, pontuou.

Ouvidora da Mulher, Danielle Bittencourt
A ação é parte integrante do programa Desperta Maria!, desenvolvido pelo TJMA, e surgiu da necessidade de fornecer atendimento especializado às magistradas e servidoras que possam vir a sofrer violência doméstica ou familiar. O programa envolve a Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (CEMULHER-TJMA), a Ouvidoria da Mulher e a Diretoria de Segurança Institucional.
PROGRAMA DESPERTA MARIA!
O curso faz parte do programa Desperta Maria!, implementado pelo TJMA, por meio do Ato 07/2016 e atende ao disposto na Resolução 254 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O programa visa incentivar servidoras, colaboradoras terceirizadas e magistradas a denunciarem situações de violência doméstica e familiar que estejam vivenciando ou que tenham conhecimento.
Em consonância com essa iniciativa, o CNJ expediu a Recomendação 102, orientando os órgãos do Poder Judiciário quanto à adoção do protocolo integrado de prevenção e medidas de segurança contra a violência doméstica praticada contra magistradas e servidoras. Em resposta, o TJMA emitiu a Portaria-GP 684/ 2023, regulamentando as atribuições da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (CEMULHER), da Ouvidoria da Mulher e da Diretoria de Segurança Institucional para a execução do Programa Desperta Maria!
Diante do aumento, complexidade e especificidades das demandas relacionadas à violência doméstica e familiar, destacam-se a Lei 13.431/2017, que define a violência institucional; a Lei 14.132/2021, que estabelece o crime de violência psicológica contra a mulher; e o Formulário Nacional de Avaliação de Risco-CNJ, que visa identificar fatores de risco para novos atos de violência ou feminicídio. Essas legislações são fundamentais para garantir um atendimento humanizado, não revitimizante e que objetive a proteção integral das servidoras e magistradas do TJMA.
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