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Comunicação assertiva é tema da campanha Saúde no Judiciário

Denise Pereira França, psicóloga residente da Divisão Psicossocial do Tribunal, diz que, desse jeito, a pessoa se expressa de forma clara e direta, sem violar o direito das outras pessoas

19/06/2023
Ascom/TJMA

A comunicação assertiva é o tema da campanha Saúde no Judiciário desta semana. Desta vez, Denise Pereira França, psicóloga residente da Divisão Psicossocial do Tribunal de Justiça do Maranhão, é quem aborda o assunto.
 
“Entendo a assertividade como a habilidade de expressar nossas ideias, pensamentos e sentimentos de forma clara e direta, sem violar o direito das outras pessoas. O déficit dessa habilidade pode implicar três tipos de comportamentos: o passivo, o agressivo e o passivo/agressivo”, explica Denise França.
 
Segundo a psicóloga, a comunicação passiva é aquela em que a pessoa se expressa de forma indireta, evitando situações de conflito e tensão. Já a comunicação agressiva ocorre quando a pessoa se expressa de forma impulsiva, sem consideração ao que o outro sente, e por vezes, violando o direito do outro. Por outro lado, o passivo/agressivo oscila entre os dois perfis, dependendo do ambiente e das pessoas envolvidas.
 
“Observa-se, portanto, extremos, que levam a uma comunicação ruidosa. Por isso, a falta de assertividade pode trazer prejuízos para a vida cotidiana, tais como a incapacidade para resolução de problemas, dificuldade de expor opiniões, sentimento de inferioridade, incapacidade de tomar decisões, aumento do estresse, dentre outros”, acrescenta.
 
De acordo com a profissional da Divisão Psicossocial do TJMA, é importante pontuar, ainda, que, para alguns estudiosos, a assertividade é aprendida. Ela é considerada como uma competência a ser desenvolvida e não como algo que faz parte da personalidade da pessoa. Considerando isso, há de se falar em treino de assertividade, o que se trata de uma intervenção com o objetivo de melhorar a comunicação e desenvolver a empatia e a habilidade de expressar pensamentos e sentimentos de forma adequada.
 
“Então, como desenvolver esse comportamento assertivo? Dentre os muitos caminhos, pontuo três hábitos. Primeiro, é importante definir seus objetivos. Expresse com clareza aquilo que sente, pensa e quer. Não espere que as pessoas saibam disso sem que você fale. Verbalize. Segundo, desenvolva o autorrespeito. Entenda que é seu direito negar ou fazer um pedido a alguém, não se envergonhe por isso. E terceiro, observe e preze pela qualidade de suas relações. Comunique o que você quer e acredita sem ataques, sem ameaças e sem zombarias”, define.
 
A psicóloga acrescenta que o desenvolvimento desses três hábitos ajuda a tornar a comunicação mais assertiva, contribuindo para uma maior efetividade das relações interpessoais, melhorando nossa capacidade de interação.
 
“Isso envolve saber dizer não, fazer solicitações, construir relacionamentos e administrar conflitos, por exemplo”, conclui.

Agência TJMA de Notícias
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