Como parte da política de inovação do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), e em alinhamento às ações desenvolvidas pelo ToadaLab – Laboratório de Inovação do tribunal, a Escola Superior da Magistratura do Maranhão (ESMAM) promoveu, nesta segunda-feira (6), o curso “Judiciário 5.0: Emprego de IA na Prática Judicial”.
A capacitação, ministrada pelo juiz José Jorge Figueiredo dos Anjos Júnior, reuniu magistrados(as) e servidores(as) do Poder Judiciário do Maranhão, foi realizada no ToadaLab, no Fórum.
O curso, que faz parte da Jornada de Inovação 2025, teve como objetivo capacitar os participantes para o uso prático de ferramentas de Inteligência Artificial (IA) aplicadas à rotina judicial, promovendo a modernização da prática jurisdicional e o aperfeiçoamento da gestão das unidades.
JUDICIÁRIO 5.0
Inspirado na Indústria 5.0, o conceito de Judiciário 5.0 propõe uma integração equilibrada entre tecnologia, automação, metodologias ágeis e o aspecto humano da Justiça, reforçando o papel ativo dos profissionais do judiciário na condução das inovações digitais.
Durante a formação, foram abordados temas como engenharia de prompts estruturados, criação de assistentes personalizados (GEMs e GPTs), e o uso de ferramentas como ChatGPT, APOIA, NotebookLM, Gemini, Claude e Obsidian para otimização de tarefas jurídicas. As atividades incluíram ainda oficinas práticas de triagem processual automatizada, análise e resumo de transcrições de audiências com IA, além de técnicas de melhoria de áudio em salas de audiência.
Para o magistrado, o uso das novas tecnologias aplicadas ao contexto judicial representa um passo importante para a modernização e a eficiência do trabalho desenvolvido nas unidades do Judiciário. Ele ressaltou que a incorporação de ferramentas de inteligência artificial contribui para otimizar fluxos de trabalho e aprimorar a gestão da informação.
“Esses recursos tornam as rotinas mais ágeis, organizadas e acessíveis. Ferramentas de inteligência artificial ajudam magistrados e servidores a automatizar tarefas repetitivas, reduzir erros e concentrar esforços nas atividades que exigem análise humana”, destacou.
O juiz acrescentou que os recursos tecnológicos também favorecem a gestão do conhecimento. “Permitem estruturar o conhecimento institucional — como modelos de decisões e precedentes —, garantindo mais uniformidade, transparência e eficiência na prestação jurisdicional”, completou.
Alunos realizaram práticas com ferramentas de Inteligência Artificial
Para o coordenador de Protocolo e Distribuição, Marcelo Rodrigues, o curso foi uma oportunidade de ampliar a compreensão sobre o papel da tecnologia no aprimoramento das rotinas judiciais.
“O que me motivou a participar dessa capacitação foi o desejo de compreender de forma mais aprofundada como as ferramentas de inteligência artificial estão sendo aplicadas na rotina do Poder Judiciário e de que maneira posso utilizá-las para otimizar meu trabalho”, relatou.
Segundo o servidor, a formação foi estruturada de modo didático e prático, permitindo o contato direto com diferentes recursos digitais que podem ser utilizados diariamente. “O curso foi muito enriquecedor e bem conduzido, apresentando desde uma introdução geral sobre o impacto da IA no setor jurídico até demonstrações práticas de ferramentas. Além disso, reforçou a importância de integrar a inovação tecnológica ao cotidiano do Judiciário, com a consequente entrega de uma melhor prestação jurisdicional”, concluiu.
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