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Estratégia e metas institucionais marcam o primeiro dia dos Encontros Regionais em Santa Inês  

A atividade reuniu servidores/as e magistrados/as para aprofundar a compreensão sobre a estratégia institucional do TJMA

Publicado em 24 de Jun de 2025, 10h00. Atualizado em 24 de Jun de 2025, 12h56
Por Letícia Araújo/Márcio Rodrigo

Com foco na excelência, qualidade dos serviços e valorização das pessoas, o Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) reafirmou seu compromisso com a sociedade durante a sexta edição dos Encontros Regionais, realizada nesta segunda-feira (23/6), no polo de Santa Inês. O evento marcou o debate sobre metas nacionais e práticas inovadoras de gestão, que têm projetado o Judiciário maranhense no cenário nacional pela qualidade na prestação jurisdicional.

A oficina sobre Planejamento Estratégico e Prêmio CNJ de Qualidade, reuniu servidores/as e magistrados/as para aprofundar a compreensão sobre a estratégia institucional do TJMA, as metas estabelecidas para o ciclo vigente e os caminhos para alcançar o reconhecimento nacional por meio do selo Diamante do CNJ.

Na condução da oficina, a chefe da Divisão de Planejamento Estratégico do TJMA, Mariana Carneiro, apresentou a estrutura do planejamento em curso (2021–2026), reforçando a importância de que servidores/as e magistrados/as internalizem a missão do Judiciário em promover a efetividade da justiça e contribuir para o fortalecimento do Estado Democrático de Direito. Mariana também contextualizou a visão institucional de reconhecimento nacional e abordou os valores estratégicos, como ética, transparência, inovação, sustentabilidade e excelência na prestação jurisdicional.

Uma mulher jovem, de pele clara e cabelo castanho escuro preso, usa óculos de armação redonda clara. Ela está de pé, segurando um microfone na mão direita enquanto gesticula com a mão esquerda, que tem as unhas pintadas de rosa. Ela usa uma blusa bege clara e um crachá pendurado no pescoço. Ao fundo, um banner branco e azul com as palavras "ENCONTROS REGIONAIS PODER JUDICIÁRIO DO MARANHÃO". No canto inferior direito, parte de uma mesa branca com a palavra "SEJAM" visível.

A apresentação destacou ainda a dinamicidade da estratégia, com exemplos como a inclusão recente do valor sustentabilidade e a estruturação da cadeia de valor do tribunal, que conecta os processos de trabalho das unidades às entregas institucionais. Mariana explicou como a gestão orientada por processos contribui para a eficiência administrativa e aproximou os participantes da lógica de funcionamento estratégico do TJMA.

Entre os objetivos mais desafiadores apresentados, ganharam destaque duas metas consideradas audaciosas: tornar o TJMA o tribunal de médio porte mais produtivo do país, segundo o índice IPC-Jus, e conquistar o selo Diamante no Prêmio CNJ de Qualidade. A juíza auxiliar da Presidência, Tereza Nina, reforçou o compromisso da atual gestão com esses marcos. “Com o engajamento de todos, trazendo o tribunal para perto de vocês e vocês para perto da estratégia, vamos juntos conquistar esse objetivo”, afirmou.

Uma mulher branca, de cabelo loiro-mel e liso, com óculos de grau de armação escura, segura um microfone com a mão direita e fala. Ela usa uma blusa com estampa em tons de rosa, branco e preto. Ao fundo, um banner azul com texto em português "ENCONTROS REGIONAIS PODER JUDICIÁRIO DE MARANHÃO".

À tarde, o oficial de gabinete da Corregedoria Geral da Justiça (CGJ/MA), Paulo Rocha Neto, deu continuidade ao debate com a palestra “Painel de indicadores do Prêmio CNJ de Qualidade”, que tratou dos indicadores e procedimentos de gestão processual voltados ao alcance de metas do Prêmio CNJ de Qualidade.

Ele apresentou a premiação, os critérios direcionados a cada segmento da Justiça, além dos objetivos da iniciativa do Conselho Nacional de Justiça, que visa ao estímulo de mecanismos para o desenvolvimento da governança, ao aprimoramento jurisdicional e à transparência. Paulo Rocha também destacou os critérios para cada eixo do Índice de desempenho dos tribunais (Governança, Produtividade, Transparência e Dados e Tecnologia), e orientou sobre o painel de acompanhamento das metas, desenvolvido pela CGJ/MA, pontuando de que maneira a ferramenta pode auxiliar na consulta de dados sobre as unidades judiciais e aprimoramento de seus índices.

Uma sala de aula com várias pessoas sentadas em carteiras, prestando atenção a um homem branco que está de pé na frente da sala, segurando um microfone e gesticulando enquanto fala. No fundo, há um projetor exibindo um slide em uma tela branca e banners com o logotipo do evento "ENCONTROS REGIONAIS". Há uma faixa azul com a frase "SEJAM BEM-VINDOS! POLO JUDICIAL SANTA INÊS".

”O objetivo é que tanto os servidores, quanto os magistrados conheçam o Prêmio CNJ de Qualidade, os seus principais pontos e, sobretudo, o enfoque ao “Eixo Produtividade”, mostrando quais indicadores impactam a produtividade, como o Poder Judiciário está controlando esses indicadores e de que forma as unidades podem auxiliar no alcance das metas”, disse.

Também foram apresentados os sistemas de avaliação e o funcionamento do processo de apuração da produtividade, com destaque para o que pode ser feito por cada unidade para promover avanços no desempenho do Judiciário maranhense a nível nacional. Foram discutidos conceitos  de processo pendente, pendente líquido, pendente líquido de julgamento, bem como processos de conhecimento, retificação e evolução de classe.

AVANÇOS NO SISTEMA DE ARRECADAÇÃO

Com base no Sistema Gerador de Custas - FERJ, o analista judiciário da Assessoria do Fundo de Reaparelhamento do Judiciário (FERJ), Ricardo Gomes Castro, iniciou a oficina sobre a área de arrecadação do TJMA, apresentando o funcionamento, avanços, inovações e facilidades do sistema.

Durante a exposição, foram apresentadas as principais reformas na Lei de Custas (nº 12.193/2023), que, segundo o palestrante, contribuíram para simplificar os procedimentos de custas finais, de cálculo de custas judiciais e os procedimentos de secretaria com relação às custas.

Outra inovação no normativo foi a possibilidade de garantir Justiça gratuita parcial. A partir da mudança é possível reduzir os custos do processo pela metade e, em alguns casos, até 90%. Ricardo também alertou aos magistrados/as que, em casos em que a parte alega não ter condições de custear o processo, a lei permite ao juiz a cobrança de atos isolados, que também podem ser calculados, de forma prática, por meio do sistema.

Uma sala de reunião ou treinamento onde um homem em terno escuro, camisa clara e gravata, está de pé à direita, apontando para uma projeção em uma tela grande que mostra dados ou um programa de computador. Pessoas sentadas em carteiras com laptops abertos olham para a tela. Há um banner ao fundo com o texto "ENCONTROS REGIONAIS".

Outro fator que também contribui para a otimização do trabalho relacionado à arrecadação no Poder Judiciário, é a calculadora automatizada de custas processuais, desenvolvida pelo FERJ/TJMA. Para o analista judiciário, tanto a calculadora quanto o Sistema de Custas do FERJ são fatores agregadores para a melhor aplicação do normativo. 

“Essa ferramenta veio facilitar muita coisa que era nebulosa na Lei de Custas na lei, deixando tudo mais compreensível. O tribunal avançou ainda mais nesse projeto que considero até audacioso. E com tudo isso, tivemos um aumento na arrecadação, devido a praticidade para realizar esse tipo de serviço”, concluiu.

Sobre a iniciativa dos Encontros Regionais em Santa Inês, a assessora da comarca de Pio XII, Gabrielly Basso destacou a variedade de cursos e atividades oferecidos, além da importância dos debates para a aplicação prática e melhoria na prestação jurisdicional de cada unidade judicial participante.

“Acho muito interessante a proposta da semana, tem vários cursos que vão nos ajudar na nossa atuação, na prestação jurisdicional. São cursos que variam desde o Sistema Nacional de Adoção até Defesa Pessoal, então são elementos que poderemos aplicar no nosso dia a dia para oferecer um trabalho de qualidade para a população”, ressaltou.

SISTEMA NACIONAL DE ADOÇÃO - SNA

À tarde também foi realizada, de forma simultânea, uma oficina voltada ao uso do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA). Conduzida pela secretária da Coordenadoria da Infância e Juventude, Maria Teresa Rêgo, e pela secretária da Comissão Estadual Judiciária de Adoção (Ceja/MA), Beatriz Carvalho, a capacitação reuniu servidores/as que atuam com processos relacionados  à infância e juventude nas unidades judiciais da região.

Uma sala de aula ou reunião com cerca de dez mulheres. Duas mulheres jovens estão de pé, uma ao lado da outra, em frente a uma televisão que exibe um slide colorido. As outras mulheres estão sentadas em cadeiras de escritório ao redor delas, algumas com laptops abertos. Há um banner no canto superior esquerdo com a palavra "ENCONTROS".

Durante a oficina, foram apresentados os principais recursos e obrigações previstas na Resolução CNJ nº 289/2019, com foco no correto preenchimento das classes processuais, prazos legais e indicadores estaduais. Também foi destacado o protagonismo dos pretendentes à adoção, com a unificação do cadastro nacional, além da lógica das cores que identifica a situação cadastral das crianças e adolescentes no sistema. 

A apresentação incluiu, ainda, os critérios relacionados ao Prêmio CNJ de Qualidade, e a relevância de uma atuação qualificada na alimentação do SNA como fator de reconhecimento institucional. “A ação reafirma o compromisso do TJMA com a celeridade, transparência e prioridade absoluta dos direitos de crianças e adolescentes em situação de acolhimento”, declarou Maria Teresa.

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