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Etapa inicial da formação de formadores destaca importância da docência transformadora

A trilha de formação segue agora no Módulo 2, com aulas na plataforma EAD ESMAM

Publicado em 3 de Jun de 2025, 10h19. Atualizado em 3 de Jun de 2025, 11h41
Por Asscom ESMAM

A Escola Superior da Magistratura do Maranhão (ESMAM) concluiu, no dia 30 de maio, a etapa presencial do curso Formação de Formadores – Desenvolvimento de Competências para a Docência (FOFO N1M1). A ação integra a trilha nacional de formação docente e visa qualificar magistrados(as) e servidores(as) que atuam ou desejam atuar no âmbito das escolas judiciais brasileiras, conforme as normas da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam).

Foram três dias de atividades teórico-práticas, realizadas na sede da ESMAM, em São Luís, conduzidas pelos formadores Fábio Penezi Póvoa, magistrado do TJPA, e Erisevelton Silva Lima, pedagogo e doutor em Educação. A metodologia adotada foi 100% ativa, com foco no desenvolvimento de competências profissionais, aplicando simulações, estudos de caso e técnicas colaborativas que colocaram os participantes no centro do processo de aprendizagem.

“O FOFO prepara professores e professoras para atuar em escolas profissionais, como as judiciais. A ideia é formar docentes com uma visão prática e profissional da docência, para que possamos, na ponta, ter alunos melhor preparados a prestarem um excelente serviço jurisdicional”, destacou Fábio Póvoa, ao refletir sobre a importância estratégica da formação.

DOCÊNCIA TRANSFORMADORA

O juiz e formador ressaltou que a proposta do curso vai muito além da tradicional exposição de conteúdos. A ideia é desenvolver saberes que unam teoria e prática, focando em planejamento de aulas, uso de metodologias ativas e avaliação formativa. Tudo isso voltado para o cotidiano dos operadores do direito.

 

Erisevelton Lima (sentado) e Fábio Póvoa (de pé) atuam como formadores no FOFO

Para Erisevelton Lima, a iniciativa da ESMAM é fundamental para a qualificação de quem ensina no meio jurídico. “Quando a escola qualifica o formador ou a formadora que vai preparar a magistratura e o pessoal da própria casa, ela está investindo no que há de melhor. Formar para a docência é formar para impactar na aprendizagem. Nosso pano de fundo aqui é o desenvolvimento de competências, com foco no serviço que será prestado ao jurisdicionado.”

A proposta pedagógica do curso seguiu o que preconiza a Resolução ENFAM nº 6/2025 e foi estruturada em torno dos eixos: saber, ser e fazer do docente no contexto da magistratura. Os participantes vivenciaram situações-problema inspiradas na realidade forense, elaboraram planejamentos didáticos, simularam práticas de sala de aula e participaram de rodas de conversa e dinâmicas de avaliação por pares.

Para o juiz Bruno Barbosa Pinheiro, titular da 1ª Vara de Santa Luzia, o curso trouxe uma visão inovadora. “Estamos muito acostumados com a forma tradicional de ensino. Aqui, conhecemos novas formas de transmitir conhecimento, mais inclusivas e naturais, que quebram os modelos engessados com os quais estávamos acostumados.”

 

 

PRÓXIMA ETAPA - NOVO NÍVEL

A próxima etapa da trilha formativa teve início no dia 2 de junho, na plataforma EAD ESMAM, onde será concluído, até o dia 23 deste mês, o Nível 2 do Módulo 1. O objetivo é aprofundar ainda mais os conhecimentos iniciados na fase presencial, mantendo o foco na prática docente e na excelência da formação continuada.

O curso é direcionado a magistrados e servidores que já concluíram o módulo presencial, e será conduzido pelo professor e formador, Erisevelton Silva Lima, especialista em formação de docentes para o Judiciário. A proposta é consolidar os saberes desenvolvidos na etapa anterior e aprofundar competências voltadas à elaboração de planos de curso, construção de objetivos de aprendizagem, planejamento didático e avaliação.

O módulo EAD tem carga horária total de 40 horas-aula, organizadas em aulas síncronas e atividades assíncronas. O cronograma está estruturado em três unidades semanais, além de uma ambientação inicial, em que os participantes conhecem o ambiente virtual, o tutor e a sistemática de avaliação.

Unidade I (3 a 9/06) – A construção do conhecimento

Nesta fase, o foco será o estudo das bases teóricas da educação contemporânea, metodologias ativas e estratégias de ensino. Os participantes assistirão a uma aula síncrona no dia 9/06, das 16h às 18h, participarão de fórum coletivo e desenvolverão uma atividade prática: a elaboração da justificativa de um curso, com base no contexto da Justiça em que atuam.

Unidade II (10 a 16/6) – Como elaborar objetivos de aprendizagem focados em competências

A segunda unidade foca na essência de qualquer planejamento de ensino: os objetivos. Os cursistas aprenderão a construir objetivos alinhados ao desenvolvimento de competências profissionais — o saber, o saber fazer e o saber ser. A aula ao vivo acontece no dia 16/6, das 16h às 18h, seguida por fórum e exercício de aplicação prática.

Unidade III (17 a 23/6) – Desenvolvimento do planejamento de ensino

Para iniciar as práticas, a turma via planejar um curso completo de 20 a 40 horas para formação continuada, considerando um tema relevante ao Judiciário. A aula síncrona de encerramento será no dia 23/6, das 16h às 18h, com orientações finais para entrega do Plano de Curso, que será a atividade avaliativa principal desta etapa.

METODOLOGIA E AVALIAÇÃO 

A metodologia segue o padrão estabelecido pela ESMAM, por meio da Coordenação Pedagógica: ensino ativo, com foco na experiência profissional e troca colaborativa de saberes. As interações ocorrerão por fóruns, aulas ao vivo e atividades orientadas. A avaliação será contínua, considerando a participação nas atividades síncronas, fóruns de discussão e elaboração de atividades por unidade. A certificação será concedida aos que obtiverem média final mínima de 75 pontos e concluírem todas as atividades.

"O objetivo é claro: preparar formadores que transformem a sala de aula em espaço vivo de construção de competências — e, mais que isso, em solo fértil para uma Justiça mais humanizada, crítica e eficaz. Reforço que não estamos formando professores apenas para transmitir conteúdos, mas para desenvolver competências reais que impactem diretamente no serviço prestado ao jurisdicionado”, concluiu Erisevelton Lima.

 

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