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Orientações sobre os cuidados com a saúde masculina, principalmente no que se refere à prevenção do câncer de próstata, foram destaque durante palestra alusiva ao Novembro Azul realizada nessa terça-feira (16). O momento foi direcionado aos servidores e funcionários terceirizados do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), e ocorreu no auditório do Centro Administrativo, com participação do urologista e professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Rafael Carvalho.

“O homem vive cerca de sete anos a menos que as mulheres por falta de prevenção e de cuidado com a saúde masculina. Aqui, estamos tentando vencer o desconhecimento. Então, conhecendo, sabendo o que é o câncer de próstata, isso adianta o trabalho, pois procura-se de forma precoce o médico para poder fazer avaliação. Assim, é importante que cada pessoa que está aqui passe as informações adiante, tendo em vista que cada uma é um vetor de informação”, disse o médico.

A chefe da Divisão Médica, Keila Ligia Costa de Melo, e o médico André Luiz Neves Pereira também participaram das atividades. 

O professor explicou que o câncer de próstata é o crescimento desordenado das células e atinge mais homens na faixa etária de 60 a 70 anos. “Um em cada sete homens vai padecer da doença – a segunda que mais acomete e mata a população masculina, representando 29% dos diagnósticos da doença no país, conforme o Instituto Nacional do Câncer (INCA)”, concluiu, alertando sobre os tabus que envolvem o tema e dificultam a detecção e tratamento precoce da enfermidade.

FATORES DE RISCO E DIAGNÓSTICO

De acordo com Carvalho, há diversos fatores de risco que prejudicam a próstata, como o envelhecimento, questões hereditária e hormonal, obesidade e infecções. Sintomas como vontade de urinar frequentemente à noite, sangue na urina ou no sêmen são sinais de alerta, porém, por acharem que são sintomas advindos da idade, muitos homens deixam de procurar o médico.

Quando se consegue fazer uma detecção precoce, a chance de cura do câncer é alta. Mas, quando deixa para uma fase avançada, isso cai muito. Por conta disso, o urologista deveria ser visto como o médico do homem, independentemente da idade, para trabalhar de forma preventiva. “O homem deveria procurar o urologista, assim como a mulher procura o ginecologista, a partir da puberdade”, observou.

A detecção precoce pode ser feita de maneira bem simples. Uma das formas é o toque retal, em que é possível, com um toque, sentir o nódulo ou caroço e saber se o paciente tem alguma alteração que precisa ser investigada. Outra alternativa é por meio do exame de sangue clínico e que dura poucos segundos, o Antígeno Prostático Específico (PSA), proteína que está presente na próstata. Ambos os exames são complementares, assim, um não exclui o outro.

TRATAMENTO

Existem várias modalidades de tratamento, a exemplo da vigilância ativa, em que o paciente monitora o câncer de baixo risco e pouco volume por meio de exames e consultas periódicas.

Outras formas de tratar podem ser buscadas por meio da cirurgia, da radioterapia, hormonioterapia e quimioterapia. Essas técnicas podem ser combinadas ou não e dependem de cada caso. Todas as modalidades de tratamento são oferecidas, de forma integral e gratuita, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

“A gente tem que pensar: como queremos estar daqui a cinco, dez, 15 ou 20 anos? Eu quero estar tratando o câncer com diagnóstico tardiamente ou quero estar tranquilo, sabendo que tive um câncer lá atrás que poderia ter avançado? Essa é uma pergunta que temos que nos fazer o tempo todo, e temos que colocar na nossa cabeça, nós jovens, para podermos cuidar de quem amamos: da nossa família, filho, netos, esposa”, enfatizou o urologista.

Quem estiver precisando de ajuda e estiver com sintomas, pode contactar a Divisão Médica do TJMA, bem como pode entrar em contato com o médico urologista Rafael Carvalho pelo instagram @rafael_fcarvalho ou pelo número (98) 9 98112-3246.

CAMPANHA SOLIDÁRIA 

A Divisão Médica continua com a campanha de doação de produtos de higiene pessoal para a Fundação Antonio Dino que é a casa de apoio ao Hospital Aldenora Belo.

As doações podem ser entregues até o fim deste mês na Divisão Médica, na recepção do prédio principal do TJMA.

Agência TJMA de Notícias

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