A Escola Superior da Magistratura do Maranhão (ESMAM) homenageou, na sexta-feira (31/10), a primeira turma do Curso Preparatório ao Concurso da Magistratura do Estado do Maranhão, de 1988, com o descerramento de uma placa comemorativa, eternizando o grupo que inaugurou a trajetória formativa da Escola. O evento integra as comemorações pelos 39 anos de fundação da ESMAM, celebrados no próximo dia 12 de novembro.
A solenidade, realizada na sede da ESMAM, reuniu a diretora, desembargadora Sônia Maria Amaral Fernandes Ribeiro, o propositor da pesquisa histórica, desembargador Luiz de França Belchior Silva, a idealizadora da pesquisa e coordenadora da Biblioteca Madalena Serejo, Manoelle Santos, além de ex-alunos da turma de 1988, familiares, amigos, servidoras e servidores.
A homenagem nasceu de uma pesquisa histórica inédita desenvolvida pela equipe da Biblioteca Madalena Serejo, que mergulhou nos arquivos, jornais antigos e memórias orais para reconstruir os primeiros passos da Escola. A iniciativa partiu do desembargador Luiz Belchior, ex-aluno da turma, que propôs à direção o registro oficial daquele grupo que, até então, permanecia sem documentação formal.
O trabalho resultou na Portaria-ESMAM nº 7/2025, publicada no Diário da Justiça Eletrônico de 30 de maio de 2025, e posteriormente atualizada pela Portaria- ESMAM nº 17/2025, que consolidou nomes de alunos, professores, diretoria e secretaria da turma de 1988.
“A placa é um emblema irrefutável”, afirmou Belchior, emocionado. “Ela é um marco não apenas para nós, que vivemos aquele tempo, mas para todos que passarem por esta Escola e compreenderem que aqui começou uma história de compromisso e de vitória da formação jurídica maranhense”, disse.

Cerimônia ocorreu na sede da ESMAM
LEGADO
Os pioneiros e pioneiras destacaram que a primeira turma do curso preparatório ao concurso foi o ponto de partida para a consolidação da ESMAM como uma das mais respeitadas escolas judiciais do país. Desde então, a instituição preparou outras 18 turmas, com quase 100 aprovados na magistratura e em diversos cargos públicos em todo o Brasil.
Durante a cerimônia, a diretora Sônia Amaral — que também foi aluna da turma homenageada — destacou o valor simbólico da ocasião. “A ESMAM nasceu com uma missão ousada: formar magistrados preparados para os desafios do país. Hoje, reafirmamos esse compromisso com a memória e com o futuro. O Direito é dinâmico, e a formação continuada é a chave para uma prestação jurisdicional de qualidade”, destacou.
A desembargadora também recordou a dedicação do então diretor da Escola, desembargador José Pires da Fonseca, e o cuidado na escolha do corpo docente. “Fomos agraciados com uma formação primorosa, com professores excepcionais. A Escola começava ali, mas já com excelência”, acrescentou.

A diretora da ESMAM, desembargadora Sônia Amaral no discurso de abertura da cerimônia
MEMÓRIAS VIVAS
Entre os depoimentos, o advogado José Oliveira Cardoso, ex-aluno, lembrou o impacto do curso em sua trajetória.
A ESMAM foi um selo de atualização e de segurança. Tínhamos professores do Maranhão e de outros estados, com experiência e vivência. Era uma formação de altíssimo nível.
O advogado Ivaldo de Oliveira Ricci Júnior, representou o pai, ex-aluno da turma, falecido em 2017.
Meu pai dedicou mais de 40 anos à advocacia. É uma honra ver o nome dele eternizado na história da Escola, declarou, emocionado.
Também homenageada, a servidora Maria Aparecida Campelo Martins, secretária da turma de 1988, reviveu a memória daquela experiência.
Eu tinha 20 anos quando entrei no Tribunal e vivi intensamente esse período. Hoje, ver meu nome lembrado é uma alegria imensa. É como se eu voltasse no tempo.

Na foto da esquerda para a direita: Ivaldo de Oliveira Ricci Júnior, José Oliveira Cardoso, juíza Maria Izabel Padilha, desembargador José Nilo Ribeiro Filho, desembargadora Sônia Amaral, desembargador Luiz Belchior, bibliotecária Manoelle Santos, o secretário geral da Esmam Carlos Belo e o diretor da AMMA Marco Adriano Fonseca
ARQUIVOS E AFETOS
A equipe da biblioteca — formada por Manoelle Santos, Jakelina Portugal, Joseane Cantanhede e a estagiária Clarice Santos — seguiu uma trilha de investigação que misturou documentos, entrevistas e descobertas.
A primeira etapa envolveu uma varredura em periódicos do acervo da Biblioteca Pública Benedito Leite, em busca de registros da criação da Escola e de suas primeiras atividades. A segunda etapa consistiu na história oral, com entrevistas de ex-alunos, professores e servidores que vivenciaram a fundação da ESMAM.
Resgatar a memória da primeira turma não é apenas um gesto de reconhecimento, mas um ato de preservação da identidade da Escola. Cada nome recuperado é uma peça que completa o mosaico da nossa história institucional, afirmou Manoelle Santos.
O projeto foi concluído simbolicamente durante a Semana Nacional do Livro e da Biblioteca, celebrada em outubro, ressaltando o papel das bibliotecas como guardiãs da memória e do conhecimento.
HISTÓRIA E FUTURO
Para a desembargadora Sônia Amaral, a cerimônia foi mais que uma homenagem — foi um reencontro com o passado que moldou o presente. “O passado nos inspira, o presente nos desafia e o futuro nos convoca a continuar aprendendo. É essa a alma da ESMAM”, concluiu.
Foram homengeados:
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