A Escola Superior da Magistratura do Maranhão (ESMAM) realizou, nos dias 27 e 28 de agosto, a segunda edição do curso “Comunicação Científica 4.0: como a IA otimiza trabalhos acadêmicos”, voltado a magistrados, magistradas e profissionais do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA). Com carga horária de 20 horas-aula, a formação presencial reuniu 30 participantes e teve como propósito central aprimorar a utilização de ferramentas de inteligência artificial na produção científica, em consonância com os princípios de clareza, ética e qualidade.
A iniciativa integra a política institucional da ESMAM de fomento à pesquisa e à formação continuada, com foco no uso consciente de tecnologias emergentes.
O curso foi ministrado pelo analista judiciário em biblioteconomia, Carlos Magno Belo Pereira (foto abaixo), secretário-geral da ESMAM e mestre em Gestão Pública, que estruturou o conteúdo em quatro módulos. As atividades contemplaram desde os fundamentos da metodologia científica até oficinas práticas com ferramentas como ChatGPT, SciSpace, Grammarly e Zotero.
APLICAÇÃO DA IA NA COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA
Segundo o formador, a proposta foi demonstrar que a inteligência artificial pode ser um recurso valioso no desenvolvimento de trabalhos acadêmicos e documentos institucionais, desde que aplicada com responsabilidade. “A IA pode otimizar significativamente o tempo de elaboração de artigos, relatórios e resoluções, mas é indispensável que o profissional tenha domínio do conteúdo e verifique a veracidade das informações geradas”, destacou.
Belo ressaltou a ESMAM está focada em oferecer capacitações alinhadas às demandas contemporâneas da magistratura e do serviço público, promovendo a integração entre inovação tecnológica, conhecimento científico e rigor ético.
A capacitação também abordou boas práticas para evitar plágio e autoplágio, uso adequado de citações diretas e indiretas, além da normalização de referências segundo os padrões ABNT, APA e Vancouver. O professor reforçou ainda a necessidade de atenção ao fenômeno da “alucinação” das IAs — quando o sistema apresenta informações incorretas ou inexistentes —, reiterando que o conhecimento técnico do usuário é essencial para validar os resultados.
Além da dimensão acadêmica, o curso evidenciou aplicações práticas no âmbito administrativo do TJMA, especialmente na elaboração de minutas, resoluções e outros documentos oficiais. “O servidor e o magistrado podem recorrer às ferramentas de IA para agilizar tarefas complexas, mas sempre alinhando os recursos tecnológicos às exigências jurídicas e normativas”, explicou Carlos Magno.
NOVA VISÃO
Entre os participantes, o juiz Carlos Veloso, titular da Vara de Saúde Pública da Comarca de São Luís, ressaltou a relevância da atualização profissional diante do avanço tecnológico. “Não utilizo a inteligência artificial com frequência, mas reconheço seu potencial. Em minha unidade, já aplicamos a ferramenta em tarefas de planejamento e correção de textos. O curso amplia nossa visão sobre como incorporar a tecnologia de maneira segura ao dia a dia do Judiciário”, avaliou.
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