A Escola Superior da Magistratura do Maranhão (ESMAM) iniciou, nesta segunda-feira (24/3), o curso Reacender a criatividade em líderes que tratam o dano e o trauma, voltado para facilitadores e facilitadoras da Justiça Restaurativa (JR) que atuam no sistema de justiça do Maranhão.
A capacitação segue até sexta-feira (28/3) e é conduzida pela doutora Kathryn Mary Mansfield, doutora em Artes Expressivas pela Universidade de Harvard e a principal do programa Estratégias para Conscientização e Resiliência em Traumas (STAR), no Centro de Justiça e Construção da Paz da Eastern Mennonite University.
O público-alvo inclui facilitadoras e facilitadores da Justiça Restaurativa, como magistradas, magistrados, servidoras e servidores do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), bem como representantes de outros órgãos e entidades.
De acordo com Kathryn Mansfield, o curso tem o objetivo de explorar e fortalecer os recursos internos dos participantes e das participantes, reacendendo suas energias criativas por meio de práticas de aprendizagem incorporadas, envolvimento artístico e autorregulação, visando à promoção da resiliência e do bem-estar diante de situações adversas.
A facilitadora da Justiça Restaurativa e apenada, D. L., destacou a relevância do aprendizado adquirido durante o curso. Para ela, a oportunidade representa um momento de crescimento e multiplicação de conhecimento entre outras colegas. “Sempre fico naquela expectativa de algo novo, algo diferente. O que traz conhecimento, eu quero absorver. Não quero me limitar; quero aprender e ser uma multiplicadora, levando para as outras meninas também”, afirmou.
A juíza auxiliar de Relações Institucionais da ESMAM, Mirella Cezar Freitas, ressaltou a importância do curso para o fortalecimento de uma liderança mais inclusiva no sistema de justiça.
“O programa aborda questões centrais relacionadas ao trauma, resiliência e justiça restaurativa, integrando práticas baseadas no corpo e nas artes para transformar adversidades em crescimento. Essa abordagem contribui para a construção de um sistema de justiça que acolha a diversidade e promova o fortalecimento social”, destacou.
OBJETIVOS
O curso se desenvolve em cinco fases principais, baseadas no processo de Halprin, descrito na obra The Expressive Body in Life, Art and Therapy (2003). As etapas incluem sintonização, identificação e confrontação, liberação e rendição ativa, transformação e, por fim, crescimento e resiliência.
O objetivo central da capacitação é oferecer aos participantes e às participantes ferramentas para lidar com situações de vulnerabilidade e violência em contextos pessoais, comunitários e institucionais. Entre os objetivos específicos, destacam-se:
O curso busca capacitar facilitadores e facilitadoras para atuar de forma mais sensível e eficaz na resolução de conflitos, contribuindo para uma abordagem restaurativa que promova a transformação social e o fortalecimento das relações humanas.
PARCERIA
O curso conta com a participação de representantes de várias instituições além do TJMA, como a Escola de Governo do Maranhão, a Defensoria Pública do Maranhão e a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP).
Presente na abertura do curso, a diretora da ESMAM, desembargadora Sônia Amaral, destacou a relevância das parcerias institucionais.
“Convidamos parceiras e parceiros para somar esforços nessa iniciativa e, ao longo do processo, percebemos que o alcance do que estamos realizando vai muito além do esperado. A Justiça Restaurativa nos permite escutar diferentes vozes, ampliar conexões e construir respostas mais efetivas para a sociedade maranhense", afirmou.
A secretária-adjunta de Atendimento e Humanização Penitenciária da SEAP, Kelly Carvalho, também ressaltou a importância do exemplo na formação de profissionais comprometidos.
“Você pode motivar com palavras, mas é o exemplo que arrasta. Estamos aqui para aprender mais, descobrir novas formas de atuar e entender que precisamos trabalhar nosso ser para transformar os espaços onde atuamos”, declarou.
O curso representa mais uma ação da ESMAM para promover o uso de práticas restaurativas no sistema de justiça, contribuindo para soluções mais humanizadas na resolução de conflitos.
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