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Sara Gama é destaque no Café Literário

A juíza traz dicas de leitura e compartilha suas impressões sobre obras como Razão e Sensibilidade, Canaã e Capitães de Areia

29/08/2023
Irma Helenn Cabral

A Juíza Sara Gama, do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), é destaque na nova edição do Café Literário. No programa, produzido pela Escola Superior da Magistratura (ESMAM), a magistrada, membro da Academia Maranhense de Cultura Jurídica, Social e Política, fala sobre a relação entre Direito e Literatura e como a arte pode exercer influência sobre a vida e a atividade judicante. 

"A arte, de forma geral, tem a capacidade de tocar num ponto da nossa alma como nada é capaz de fazer igual. A realidade, tal qual vivemos, parece algo tão natural, mas numa obra de arte, como também na literatura, a mesma realidade vai mais além do que se vê”, observa.

A juíza traz dicas de leitura e compartilha suas impressões sobre obras como Razão e Sensibilidade, da escritora inglesa Jane Austen; Canaã, do maranhense José Pereira da Graça Aranha; e Capitães de Areia, do baiano Jorge Amado.

“Escolho meus livros a partir do momento que estou vivendo. Meu estado de espírito dita o que preciso ler, por isso leio mais de um livro por vez. Jane Austen está sempre comigo, porque é uma literatura fluida, leve, em romances inteligentes, de ironia fina, que me acompanham nos dias em que estou mais cansada. É uma leitura que traz conforto e aconchego e a sensação de estar vivendo a intimidade das personagens, que muitas vezes retratam temas sociais relevantes”, diz.

Na conversa, com a apresentadora Anna Tereza Soares, Sara Gama analisa que o Direito trabalha essencialmente com a convivência humana e, como na atividade literária, é também um modo de observar valores, virtudes e as questões que envolvem a vida em sociedade. “A literatura sempre influenciou a minha atividade judicante. Em Capitães de Areia, por exemplo, o autor inicia o livro com cartas do sistema de justiça, retratando como as instituições empurram, de uma para outra, o problema das personagens, que são crianças e adolescentes em conflito com a lei", descreve.

Para a magistrada, que é docente da ESMAM e da Enfam na matéria que trata sobre o depoimento especial de crianças e adolescentes vítimas de violência, o enredo e as personagens da obra de Jorge Amado, a fizeram refletir, por exemplo, sobre a importância do trabalho em rede, da atuação integrada do sistema de justiça, da  comunicação institucional efetiva para a resolução de questões sociais.

Ao falar sobre Canaã, ressalta a clareza com que o romancista Graça Aranha, escreve acerca da colonização alemã no Brasil, trazendo através da arte literária, a realidade da questão fundiária e da problemática da terra dentro da conjunção social brasileira, outro tema sobre o qual a juíza atua como formadora no âmbito do Judiciário..

Canaã é um livro de Graça Aranha publicado no Brasil pela primeira vez em 1902. O romance-novela aborda a imigração alemã no estado do Espírito Santo, por intermédio do conflito entre dois personagens principais, Milkau e Lentz, que representam diferentes linhas filosóficas.

CAFÉ LITERÁRIO

O Café Literário é um espaço para interpretações diversas, amplas e filosóficas. Magistrados e magistradas compartilham suas impressões sobre o que leem e interpretam, além dos densos textos sobre Direito e da Justiça. 

Idealizado e apresentado pela servidora da ESMAM, Anna Tereza Soares, com produção de Lago Júnior e apoio técnico de Giuliano Ricci, o programa está disponível no canal EAD ESMAM do YOUTUBE e nas redes sociais da Escola Superior da Magistratura do Maranhão - @esmam_tjma.

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