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Casamentos coletivos seguem unindo histórias em comarcas maranhenses

Projeto criado em 1998 segue fortalecendo laços de amor e promovendo cidadania

Publicado em 6 de Ago de 2025, 10h16. Atualizado em 6 de Ago de 2025, 10h30
Por Fernando Souza

Em Bom Jardim, o juiz Philipe Silveira presidiu os trabalhos da celebração

foto/divulgação: Org. do evento

O projeto social da Corregedoria Geral do Foro Extrajudicial do Maranhão segue consolidando uniões em todo Maranhão. A cada semana, histórias diferentes se juntam para construir uma nova caminhada. Foi isso que aconteceu nas comarcas de Bom Jardim e Monção, municípios que tiveram mais uma edição do Casamentos Comunitários, em celebrações marcadas pela inclusão, diversidade e cidadania.

Em Bom Jardim, cidade situada a 277 km de São Luís, a solenidade foi realizada no dia 31 de julho e presidida pelo juiz Philipe Silveira da Cunha, da Vara Única de Bom Jardim, que esteve acompanhado dos juízes Leonardo Beserra (Vara Única de Pindaré-Mirim), Flavio Pinheiro (2ª Vara de Zé Doca) e da juíza Ivna Freire (1ª Vara de Santa Inês). Atuou no processo de habilitação dos noivos a cartorária Paloma Quintanilha, do 2º Ofício. Juntos, garantiram um momento único para 50 casais, que se uniram em uma grande celebração de amor para dizer o “sim” mais importante de suas vidas.

O "sim" do senhor Sebastião da Conceição comprova que não há barreiras para o amor

Pessoas como o senhor Sebastião da Conceição, que nem mesmo a dificuldade de locomoção o impediu comparecer na cerimônia para realizar o sonho de casar com a senhora Maria da Conceição. A união do casal revela a essência do projeto Casamentos Comunitários, que fortalece os vínculos familiares e promove inclusão de forma indistinta daquelas pessoas que decidiram dizer o “sim” para o amor e para a vida.

Provando que não há tempo e nem idade para ser feliz, José de Ribamar Vieira (66 anos) e Joana Ferreira (72 anos), selaram oficialmente a união e consolidaram a família. Exemplo para quem está começando, como é o caso do noivo Geovane Monteiro (20 anos) e da noiva Claudiane Oliveira (18 anos), que, juntos, pretendem trilhar uma nova caminhada de realizações.

Juiz Leonardo Beserra (esq.) coordenou os trabalhos da celebração na cidade de Monção

De volta à cidade de Monção, no sábado (2/8), o juiz Leonardo Beserra, que responde pela comarca, reuniu casais, familiares e demais convidadas e convidados para mais uma celebração cívica, com doses de muito amor e alegria. A cerimônia contou com a participação do juiz Fábio Vilar (Vara Única de Joselândia) e da juíza de paz Myrla Soares.

Com o empenho de servidoras e servidores da comarca e concluídos todos os processos de habilitação e entrega das certidões pelo cartorário Afonso Gonçalves Dias, interino da Serventia do Ofício Único de Monção, só restavam a noivas e noivos expressar suas vontades de união a dois. Foram 48 novos casais no total, que, agora, transmitem para suas famílias a segurança que a oficialização proporciona.

As celebrações em Bom Jardim e Monção contaram com apoio das prefeituras locais, que contribuíram com aspectos relacionados à estrutura e logística. Em Monção, o evento contou, ainda, com a parceria da Câmara de Vereadores.

CELEBRAÇÕES SEGUEM POR TODO ESTADO

Outras comarcas também já preparam edições da cerimônia coletiva, como é o caso de Capinzal do Norte, Santo Antônio dos Lopes, Governador Archer, São Raimundo das Mangabeiras, Guimarães, Palmeirândia, São Bento e Bacurituba, estas duas em celebração conjunta.

O projeto Casamentos Comunitários foi instituído pelo Judiciário do Maranhão em 1998 e está regulamentado pelo Provimento nº 32/2022. A finalidade é garantir gratuitamente a oficialização da união de casais que não podem arcar com as despesas cartorárias sem impactar o orçamento familiar. O custeio dos atos cartorários praticados é assegurado pelo Fundo Especial das Serventias de Registro Civil de Pessoas Naturais (FERC), mantido pelo Judiciário maranhense.

A iniciativa conta com a parceria do Tribunal de Justiça, da Corregedoria Geral da Justiça e cartórios com competência para o registro civil de pessoas naturais. Nos 27 anos de projeto, as estimativas apontam para mais de 130 mil celebrações já realizadas, com milhares de casamentos formalizados a cada ano.

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