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Fórum Solo Seguro Favela do TJMA reforça papel social das instituições públicas

Evento debateu soluções para tornar a política fundiária mais eficiente e inclusiva

Publicado em 10 de Jun de 2025, 15h05. Atualizado em 10 de Jun de 2025, 16h20
Por Flávia Brandão

O Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) e instituições parceiras encerraram, na tarde desta segunda-feira (9/6), o Fórum Solo Seguro Favela 2025, discutindo novas perspectivas e reforçando o compromisso das instituições públicas com uma política urbana mais justa e eficiente. A programação contou com palestras da diretora-geral do TJMA, juíza Ticiany Gedeon, e do auditor de Controle Externo do TCE/MA, Clécio Jads.

A juíza Ticiany Gedeon Maciel Palácio apresentou o tema  “O papel do Judiciário Estadual na concretização da política de governança fundiária urbana e garantia do direito à cidade”. A magistrada ressaltou o compromisso do Judiciário maranhense com as Diretrizes Voluntárias sobre Governança Responsável da Terra (DVGTs), estabelecidas pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). Segundo ela, as diretrizes são fundamentais para uma regularização fundiária com base em direitos humanos.

O Poder Judiciário abraça e respeita essas diretrizes, como direitos humanos, segurança da posse, igualdade e não discriminação e reconhecimento dos direitos informais e consuetudinários”, pontuou.

A juíza também destacou a importância da equidade de gênero no processo de titulação. “É mundial o fato de que a mulher é vulnerável frente ao homem na aquisição de propriedade. Por isso, a Lei Federal Nº 13.465 determina que se deve priorizar o direito da mulher”, explicou.

A mediação da palestra ficou a cargo da chefe da Procuradoria Jurídica do ITERMA, Luana Nathalya Rodrigues, que reforçou a importância de sistemas digitais acessíveis, como o CICAF e o SIGEF-MA, que permitem aos beneficiários dar entrada em pedidos de regularização de forma on-line, facilitando o acesso de famílias em situação de vulnerabilidade.

“Hoje nós temos o Sigef-MA, que é uma ferramenta muito importante, onde o georreferenciamento é feito para evitar sobreposições. Temos também o sistema CICAF, onde o beneficiário pode dar entrada no seu pedido de regularização de onde estiver”, apontou.

O evento também contou com a participação de Clécio Jads Pereira de Santana, auditor de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA), que apresentou a palestra “Regularização fundiária e responsabilidade fiscal: planejamento orçamentário, eficiência na política pública e controle externo”. O auditor apresentou a cartilha educativa “Cidades Invisíveis: Guia Prático para Gestores e Sociedade sobre Regularização Fundiária”, que em breve será lançada.

“O Tribunal de Contas do Maranhão está lançando uma cartilha voltada aos gestores e à sociedade, para que compreendam a importância dessa matéria nas suas administrações. Após essa fase educativa, partiremos para ações mais diretas”, informou.

A imagem mostra um evento em um palco ou sala de conferências. Em primeiro plano, um homem de pele clara, vestindo um terno azul e calça escura, está de pé no centro do palco, segurando um microfone e gesticulando enquanto fala. Ele parece estar proferindo um discurso ou uma palestra.Atrás dele, ligeiramente à esquerda, uma mulher de pele clara está sentada em uma poltrona escura, com as pernas cruzadas. Ela veste roupas escuras e sapatos de salto alto vermelhos, e parece estar ouvindo atentamente o homem.No lado direito da imagem, um grande banner vertical serve de fundo para o evento. O banner é predominantemente branco e exibe em destaque a frase "SOLO SEGURO FAVELA", com um desenho estilizado de casas coloridas abaixo. Na parte inferior do banner, há vários logotipos, incluindo "CNJ", "ANOREGIMA" e outros que são menos visíveis, sugerindo que o evento está relacionado a algum projeto ou iniciativa social e jurídica. Parte da palavra "FACULDADE" também é visível no topo do banner.

O auditor destacou a necessidade de integrar o planejamento urbano à execução orçamentária municipal como condição essencial para a efetividade da política fundiária.
“Por que o Tribunal se envolve nessa pauta? Porque política urbana e planejamento orçamentário caminham juntos. Existe uma conexão prática e necessária entre essas dimensões para que os municípios cumpram o que a Constituição determina, ou seja, o dever de ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana”, explica.

Agência TJMA de Notícias

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