Aprimorar a administração das unidades judiciais e do grande volume de ações e demandas que chegam diariamente ao Poder Judiciário é um dos objetivos do curso Gestão em Unidades Judiciais: para além de um olhar gerencialista, que foi ofertado pela Escola Superior da Magistratura do Maranhão (ESMAM) aos juízes e às juízas do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), nos dias 25 e 26 de setembro.
Magistrados e magistradas do TJMA
Entre as propostas do curso está o aperfeiçoamento de juízes e juízas nas atividades de gestão, uma exigência que se tornou requisito para promoção e vitaliciamento na carreira da magistratura. As aulas teóricas e práticas abordaram sobre metodologias ágeis para gerenciamento das unidades judiciais e do desempenho dos profissionais que atuam em cada comarca ou vara.
A juíza Jaqueline Reis Caracas, formadora da ESMAM destacou a relevância da capacitação voltada à gestão de pessoas, e explicou que o resultado institucional depende, antes de tudo, da valorização do capital humano. “As pessoas são o coração de uma organização e é o capital humano que vai nos fazer chegar aonde queremos, a atingir a missão institucional do poder judiciário”, afirmou.
A formadora reforçou ainda que, sem equipes coesas e bem orientadas, o processo de trabalho se torna mais difícil e adoecedor: “Se não tivermos uma equipe coesa, que trabalha em harmonia, que seja valorizada, que tenha seu reconhecimento, esse resultado não vai chegar. E se chegar, vai ser com muita dor no processo, vai ser com muito adoecimento”.
Juíza Jaqueline Reis
Nesse sentido, a magistrada explicou que o curso oferece ferramentas práticas para aprimorar a liderança e a comunicação entre magistrados e servidores. “Tudo isso faz parte de uma série de habilidades que magistrados e secretários precisam ter para poder saber fazer a gestão desse capital humano que somos todos nós do Poder Judiciário”, pontuou. Ela também ressaltou o papel das emoções nesse processo de liderança e gestão, abordando conceitos como a comunicação não violenta e a importância de cada pessoa dar o melhor de si no trabalho em equipe.
A juíza Michelle Amorim Sancho também atuou na formação e ressaltou que a proposta do curso é trazer reflexões e posturas para a além da ótica gerencialista, com exemplos de boas práticas de gestão utilizadas na iniciativa privada, mas que podem facilmente ser integradas ao serviço público.
Segundo Michelle, o principal objetivo da capacitação é fornecer recursos que auxiliem na rotina de gestão das unidades judiciais: “O objetivo é justamente trazer um leque de ferramentas que podem ser utilizadas na gestão da unidade judicial para aprimorar os fluxos processuais, a fim de trazer um planejamento para a unidade e, ao final, a gente ter a prestação jurisdicional célere e efetiva para a parte”, explicou.
Juíza Michelle Amorim
O juiz e coordenador do Núcleo de Apoio às Unidades Judiciais no Maranhão (NAUGE), Angelo Antonio Alencar dos Santos, participou da capacitação e destacou que a formação contribui diretamente para o trabalho de apoio que o núcleo oferece às diversas unidades judiciais do Estado. “O curso é extremamente eficiente, porque nos dá ideias e ferramentas para ajudar na gestão do processo. Como atuamos em apoio a inúmeras unidades, esse contato direto com os colegas juízes, nos permite compreender melhor como o NAUGE pode atuar e apoiar de forma gerencial. O curso tem dado ferramentas importantes para o nosso trabalho”, afirmou.
VISÃO SISTÊMICA
Com 20 horas-aula, a formação aconteceu no formato semipresencial, sendo parte do conteúdo (16 horas) ministrado na plataforma EAD ESMAM. O restante da carga-horária aconteceu na sede da escola.
Na fase prática, foram utilizadas metodologias e ferramentas modernas, consideradas boas práticas de gestão que permitem uma visão sistêmica da organização, contribuindo para o desenvolvimento da rotina gerencial.
Os temas abordados incluem ainda a análise de indicadores de desempenho em comparação com o Relatório Justiça em Número do CNJ, formas de coleta de dados estatísticos por meio dos painéis de Business Intelligence e DATAJUD e utilização de metodologias como Canvas, Kanban e PDCA.
Sobre a gestão de pessoas, juízes e juízas discutem temas como liderança, competências, comunicação e rituais de gestão.
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