Treze sessões do Tribunal do Júri realizadas em uma semana. Este foi o resultado do trabalho realizado na Comarca de Bacuri, sob coordenação da juíza titular Bruna Athayde Barros. As sessões ocorreram entre 2 e 6 de setembro, envolvendo julgamentos de crimes dolosos contra a vida, e a magistrada teve o auxílio do juiz Philipe Silveira, de Bom Jardim. Os júris foram realizados simultaneamente em diferentes locais. Atuaram nos trabalhos, ainda, os promotores de Justiça Igor Adriano Trinta Marques, Frederico Bianchini Joviano dos Santos e Letícia Freire. Com o mutirão, Bacuri chegou a 25 julgamentos realizados neste ano.
As sessões foram distribuídas entre Bacuri e o município de Apicum-Açu, com o objetivo de garantir que todos os casos fossem julgados de forma adequada, envolvendo a comunidade em um processo de pacificação social. De acordo com a magistrada, a mobilização da Justiça maranhense demonstrou o compromisso com a celeridade e eficiência na tramitação de processos, especialmente em crimes de extrema gravidade que impactam diretamente a segurança pública e o bem-estar da população.
“A presença da população de Bacuri, que acompanhou ativamente os julgamentos, foi um dos momentos marcantes do mutirão. Mesmo no último dia, moradores locais fizeram questão de assistir às sessões e agradecer às autoridades pela dedicação demonstrada”, pontuou Bruna Athayde, frisando que os mutirões de júris são fundamentais para que crimes graves recebam a devida resposta judicial de maneira ágil e eficiente, proporcionando justiça às vítimas e à sociedade.
Da mesma forma, o juiz Philipe Silveira também reforçou o papel essencial do Tribunal do Júri, destacando que “as ações do júri popular são uma afirmação do compromisso do Judiciário com a defesa da vida e a promoção da Justiça”. Ao final do mutirão, os magistrados fizeram um agradecimento especial aos servidores do Judiciário de Bacuri, que contribuíram para a realização de todos os julgamentos, atuando com zelo, diligência e presteza, garantindo que todas as demandas das sessões plenárias fossem atendidas com excelência. “Sem a colaboração e o empenho de cada um deles, seria impossível realizar tantas sessões em tão pouco tempo e com tamanha eficiência”, afirmou a juíza.
“A realização de mutirões como o de Bacuri demonstra que, mesmo diante de uma alta demanda processual, a Justiça maranhense permanece firme em seu propósito de promover a paz social e reduzir a impunidade”, finalizou a magistrada, ressaltando, ainda, o trabalho e o esforço dos advogados que atuaram nas sessões.
REPERCUSSÃO
Dentre os casos julgados no mutirão, destaque para a sessão que teve como réus Lucas André Costa, Fabrício Barbosa Reis e Carlos André de Jesus. Eles estavam sendo acusados de prática de crime de homicídio que teve como vítima Osvaldo Ferreira, fato ocorrido em 29 de abril de 2021. Conforme narrado no inquérito policial, os denunciados invadiram a casa da vítima e a assassinaram brutalmente, utilizando armas de fogo e facas. Consta ainda que os acusados confessaram que mataram Osvaldo por causa de uma “fofoca” ocasionada pela vítima, ocorrendo na morte de um membro da facção criminosa.
Ao final do julgamento Lucas André recebeu a pena de 18 anos e um mês de prisão, mesma pena aplicada a Fabrício Barbosa. Já o réu Carlos André recebeu a pena de 20 anos e oito meses de reclusão. Todos os réus estavam presos.

Juiz Pilipe Silveira, presidindo sessão

Juíza Bruna Athayde, entre promotores
Assessoria de Comunicação
Corregedoria Geral da Justiça
asscom_cgj@tjma.jus.br