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Judiciário maranhense leva informação acessível a todos

Assessorias do TJMA, CGJ, Cogex e Esmam trabalham em sintonia com regulamentação para que as notícias possam ser acessadas por pessoas com deficiência

Publicado em 8 de Mai de 2025, 11h00. Atualizado em 8 de Mai de 2025, 13h35
Por Paulo Lafene

“Foto horizontal mostra uma mulher vestindo calça e blazer pretos e uma blusa azul, fazendo sinais com as mãos. Ela está posicionada em frente a um fundo verde, e uma câmera aparece em primeiro plano”. Esta é apenas parte da descrição da foto em destaque e não apareceria aqui no texto desta matéria em uma situação cotidiana. O trecho é uma das ferramentas que a Comunicação do Poder Judiciário do Maranhão utiliza para que as pessoas com deficiência tenham acesso às notícias e outras informações disponíveis no Portal de internet, vídeos gravados, redes sociais e transmissões ao vivo.

Foto horizontal de momento de transmissão ao vivo de sessão do Órgão Especial do TJMA. A imagem mostra um homem sentado diante de uma mesa equipada com vários monitores de computador. Há três telas visíveis, cada uma exibindo uma transmissão de vídeo de indivíduos vestidos formalmente, em sessão do Órgão Especial do TJMA. A pessoa na mesa opera um teclado e um mouse, enquanto outros itens, como um controle remoto, uma caneca e uma caixa, estão dispostos sobre a superfície. O homem na foto é branco, com cabelos pretos e usa camisa preta.

O trecho se refere a uma audiodescrição de foto, para informar às pessoas cegas ou com baixa visão sobre o que aparece na imagem, por meio de aplicativos que reproduzem em áudio o que está escrito no texto alternativo inserido no programa gerenciador de notícias.

Com apoio e orientação da Comissão e do Núcleo Permanente de Acessibilidade e Inclusão da Pessoa com Deficiência do Judiciário maranhense, as Assessorias de Comunicação do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), Corregedoria Geral da Justiça (CGJ), Corregedoria Geral do Foro Extrajudicial (Cogex) e da Escola Superior da Magistratura (Esmam) produzem material diversificado para levar informações claras e em linguagem simples para pessoas com deficiência.

A propósito, quem aparece na foto em destaque da matéria é a intérprete e tradutora de Libras (Língua Brasileira de Sinais) Rita Mendes. Ela é colaboradora do TJMA na técnica usada pelo Judiciário para promover acessibilidade a pessoas com deficiência auditiva. Rita trabalha com Libras há 23 anos, como no trecho em que foi fotografada para a reportagem e que apareceu durante transmissão ao vivo de uma sessão do Órgão Especial do TJMA (foto abaixo).

Reprodução de tela de computador com transmissão ao vivo de sessão do Órgão Especial do TJMA com sessão de Libras. A imagem mostra a sessão realizada em 26 de março de 2025, com a presença em desatque do desembargador José Luiz Almeida. No canto inferior da imagem, há informações sobre um recurso administrativo, identificado pelo número 0000503-06.2024.2.00.0810. Na mesa, estão placas com os nomes: "Des. Belchior Silva" e "Desa. Oriana Gomes", indicando os participantes da sessão. Além disso, um intérprete de Libras aparece no canto inferior direito, facilitando o acesso à comunicação para pessoas surdas.

A Língua de Sinais é uma língua lindíssima. A gente se sente muito importante, se sente parte dessa comunicação", revela Rita Mendes.

Foto horizontal de homem fazendo gestos com as mãos em Libras. A imagem mostra um homem pardo, de cabelos pretos curtos, barba e bigode, vestindo um terno preto, mesma cor da camisa e da gravata, posicionado em frente a um fundo verde. A pessoa está gesticulando com as mãos, levantando os dois dedos indicadores, em mensagem de Libras. Na parte inferior esquerda da imagem, há uma câmera.

Márcio Romen (foto acima) reveza com Rita as aparições durante as transmissões ao vivo do TJMA como intérpretes de Libras. É ele também quem aparece no canto inferior direito da tela reproduzida abaixo, traduzindo para pessoas com deficiência auditiva as informações passadas pela psicóloga Ingrid Rodrigues, em vídeo divulgado no site e nas redes sociais do Tribunal.

Reprodução de tela de computador com vídeo de programa com apresentadora e intérprete de Libras. A imagem mostra uma mulher branca, de cabelos louros, sentada em uma cadeira, vestindo uma blusa preta e calça jeans clara. O ambiente é interno, com uma parede vermelha ao fundo. À esquerda, há uma estante com vários livros e alguns objetos decorativos, incluindo uma planta. Na parte inferior da imagem, há uma barra de informações que identifica a mulher como Ingrid Rodrigues, psicóloga do TJMA, acompanhada do número de seu registro profissional (CRP 22-00135). O tema da apresentação exibido na imagem é "Por que temos ficado mais ansiosos?", dentro da iniciativa "Saúde no Judiciário". No canto inferior esquerdo, há um logotipo do TJMA, junto de um ícone representando saúde. No canto inferior direito, um homem pardo de cabelos pretos, com bigode e barba, aparece realizando interpretação em Libras (Língua Brasileira de Sinais), garantindo acessibilidade para pessoas surdas.

Quando a gente recebe um feedback (retorno) de um surdo, dizendo que a gente conseguiu ajudá-lo naquela situação, em algum momento, a gente fica maravilhado", conta Márcio Romen, que trabalha com Libras há 16 anos.

Quem acompanha os vídeos de campanhas produzidas pela Assessoria de Comunicação do TJMA em parceria com órgãos do Judiciário, a exemplo dos de iniciativa da Coordenadoria de Saúde (foto abaixo), percebe que, além da participação do intérprete de Libras, as imagens são também acompanhadas de legendas, para maior abrangência nos critérios de acessibilidade.

Foto horizontal de momento de edição de vídeo de programa com apresentadora e intérprete de Libras. A imagem mostra uma mulher sentada em uma cadeira, vestindo uma blusa preta e calça jeans clara. Ela está em um ambiente interno, com uma parede vermelha ao fundo. À esquerda, há uma estante com vários livros organizados e alguns objetos decorativos, incluindo uma planta. Na parte inferior da imagem, há um texto que diz: "Por que temos ficado mais ansiosos?" e "Ingrid Rodrigues | Psicóloga do TJMA - CRP 22-00135". Abaixo deste texto, há uma barra azul com a inscrição "Saúde no Judiciário". No canto inferior esquerdo, há um logotipo do TJMA, e no canto inferior direito, um homem pardo, de cabelos pretos, barba e bigode, está fazendo interpretação em Libras.

“Quando a comunicação não é acessível, pessoas com deficiência, idosos, indivíduos com baixa escolaridade e outros grupos acabam sendo excluídos de processos essenciais, como educação, saúde, trabalho e participação cívica. Essa é uma preocupação constante da atual gestão do TJMA, que trabalha para garantir que essa exclusão não aconteça”, destaca o assessor-chefe de Comunicação do TJMA, Paulo Falcão.

Uma das primeiras iniciativas tomadas pelo TJMA para a promoção da acessibilidade foi a incorporação da ferramenta Rybená, no ano de 2022, a fim de facilitar o acesso para pessoas com deficiência intelectual, cognitiva, auditiva, visual, dislexia, daltonismo, TDAH, analfabetas funcionais, idosas, entre outras com dificuldades de leitura e compreensão.

Card horizontal com reprodução de tela de computador com notícia do site do TJMA, apresentando recurso de Acessibilidade para leitura de texto em áudio para pessoas cegas ou com baixa visão, com ilustração de avatar de mulher. Esta imagem mostra a interface do aplicativo "Rybená", destacando um avatar da pessoa vestindo uma camisa azul com o logotipo "TJMA". No lado direito da interface, há um texto informativo sobre o Programa Praça da Justiça e Cidadania, que oferece uma série de serviços gratuitos. Os serviços incluem: Consultas médicas e odontológicas, Exames laboratoriais,  Vacinação e orientações de prevenção, Testes rápidos de HIV, Sífilis e Hepatites Virais, Assistência jurídica gratuita, Suporte técnico para atividades produtivas, Curso prático sobre Regularização Fundiária Urbana (Reurb), promovido pelo TJMA, nos dias 15 e 16 de maio. O evento ocorrerá de 12 a 16 de maio, das 8h às 18h, na Unidade Móvel do SESI e na Escola Municipal Santo Antônio.

A ferramenta apresenta funcionalidades de tradução do português para a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e do leitor de texto por voz sintetizada, que atende uma grande gama de pessoas com deficiência. A Rybená também incrementa os recursos por meio do módulo denominado +Acessibilidade, com diversos recursos automáticos de leituras, capaz de atender ao maior número possível de pessoas com deficiência e de outras pessoas com dificuldades de leitura ou compreensão de textos, como alto-contraste, guia de leitura, máscara de leitura, espaçamento, zoom, entre outros (à esquerda, na tela reproduzida abaixo). O texto alternativo, por exemplo, aparece à direta da tela do computador e é reproduzido em áudio para as pessoas com deficiência visual.

Card horizontal com reprodução de tela de computador com notícia do site do TJMA, apresentando recurso de Acessibilidade para leitura de texto em áudio para pessoas cegas ou com baixa visão. Esta imagem mostra a interface de um aplicativo chamado "Rybena", uma ferramenta de acessibilidade. A tela está dividida em duas seções: à esquerda, há um painel com diversas opções de configuração e ferramentas acessíveis, e à direita, há um texto descritivo sobre um evento chamado "Conciliação Itinerante em Grajaú". No painel esquerdo, há várias funcionalidades como "Descrever Imagem (IA)", "Simplificar texto (IA)", "Contraste claro/escuro", "Modo de leitura", "Dicionário" e outras opções voltadas para a adaptação visual e textual da tela. Já no lado direito, o texto fornece detalhes sobre o evento, incluindo sua identidade visual, que apresenta um fundo verde escuro com uma área branca destacada para informações principais.

A Comissão e o Núcleo de Acessibilidade e Inclusão da Pessoa com Deficiência ressaltam a importância da atenção especial dedicada pelo Judiciário maranhense para a promoção de direitos e temas relacionados à acessibilidade e inclusão da Pessoa com Deficiência, conforme previsto na Resolução n.º 401/2021 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Para a servidora Caroline Buhaten, membra do Núcleo e Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão da Pessoa com Deficiência, a promoção da acessibilidade é um compromisso permanente do Poder Judiciário do Maranhão, com o objetivo de garantir que todas as pessoas — independentemente de suas condições sensoriais, cognitivas ou motoras — tenham acesso pleno às informações e aos serviços oferecidos pela Justiça.

“A Comissão e o Núcleo de Acessibilidade, tem trabalhado lado a lado com as Assessorias de Comunicação e demais setores do Judiciário para implementar recursos como audiodescrição, Libras, legendas e ferramentas tecnológicas de apoio à leitura e compreensão. Isso significa mais do que inclusão: significa respeito, autonomia e cidadania. Acima de tudo, estamos comprometidos com a construção de um Judiciário mais humano, acessível e democrático para todas e todos”, conclui Caroline Buhaten.

Foto horizontal mostra duas pessoas trabalhando em frente a computadores. Uma mulher, à esquerda, usa um computador com dois monitores, em que cada tela exibe um conteúdo diferente. O homem, à direita, está utilizando um notebook e um computador com dois monitores. Acima dos monitores, há uma prateleira com vários livros. Uma caneca e um celular também aparecem ao lado de acessórios do computador.

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(98) 2055-2024

 

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