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A conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista

24/04/2023
Raissa Costa Pereira - Residente Jurídica / Psicóloga

O TEA é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por uma série de sintomas que afetam em algum grau a interação social, a comunicação e a linguagem. Outras características presentes estão relacionadas a um conjunto de interesses e atividades as quais são realizadas de modo repetitivo e estereotipado. Também podem ser identificados foco maior em detalhes e reações incomuns às sensações. Estima-se que no mundo todo uma em cada 160 crianças possuem TEA, com base em estudos epidemiológicos, a prevalência do transtorno tem aumentado nos últimos anos e algumas das explicações para essa crescente inclui maior conscientização sobre a condição, expansão e melhores ferramentas diagnósticas, bem como o aprimoramento das informações. 

No mês de abril, com o propósito de informar as pessoas acerca do Transtorno do Espectro Autista (TEA) e assim reduzir a discriminação contra essa parcela da população, foi instituído o dia mundial de conscientização do autismo, 2 de abril, criado desde 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU).

O TEA tem início na infância e tende a persistir durante a adolescência e na fase adulta, sendo comum que o diagnóstico se confirme alguns anos mais tarde. De acordo com as pesquisas, a etiologia do autismo permanece desconhecida, no entanto aponta-se que não há somente uma causa definida, mas sim a interação entre fatores genéticos e ambientais.

Algumas pessoas com TEA podem viver de forma independente, enquanto outras possuem maior dificuldade necessitando de cuidados mais intensivos, dessa forma o autismo diferencia-se de acordo com o nível de gravidade. Assim, no autismo de nível 1 o indivíduo possui mais autonomia, necessitando de menos apoio para as atividades de vida diária; no nível 2 que é considerado moderado, a pessoa necessita de mais ajuda para realizar as atividades de rotina; no nível 3 conhecido por ser mais severo, demanda-se apoio substancial para desempenhar as tarefas do dia a dia. Embora haja características específicas relacionadas ao TEA, cada criança deve ser tratada como um ser singular, de acordo com as suas particularidades. 

A intervenção realizada durante a primeira infância é crucial para propiciar o desenvolvimento ideal e o bem-estar das pessoas com TEA. É aconselhável a realização do monitoramento do desenvolvimento da criança como um dos cuidados de saúde materno-infantil. Portanto é fundamental que, uma vez diagnosticada, a criança e sua família recebam assistência adequada às suas necessidades.

Nesse sentido, os pais e outros cuidadores possuem um papel essencial na qualidade de vida das crianças com TEA, possibilitando um ambiente estimulante, potencializando o desenvolvimento de suas habilidades. Comumente identifica-se nessas famílias uma carga emocional e econômica significativa em virtude da falta de acesso aos serviços e apoio inadequados. Sendo assim, destaca-se que o atendimento às pessoas com autismo, bem como aos seus familiares, deve priorizar ações mais amplas, em nível comunitário e social, garantindo maior acessibilidade, inclusão e apoio, proporcionando cuidado integral a esse público.

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