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Acusado de tentativa de feminicídio é condenado a 13 anos de prisão em São Domingos

Publicado em 20 de Jun de 2024, 8h39. Atualizado em 20 de Jun de 2024, 8h41
Por Michael Mesquita

Um homem acusado de tentar contra a vida da ex-companheira foi julgado nesta quarta-feira (19) na Comarca de São Domingos do Maranhão. Em sessão presidida pelo juiz Caio Davi Medeiros Veras, o réu José Augusto Gomes da Silva foi considerado culpado pelo conselho de sentença e recebeu a pena de 13 anos e meio de prisão, pena a ser cumprida, inicialmente, em regime fechado. Ele não poderá recorrer em liberdade. O crime ocorreu em 1º de janeiro deste ano, no termo sede da comarca.

Narrou o inquérito policial que, na data citada, o denunciado, em contexto de violência de gênero e prevalecendo-se das relações domésticas, agindo em razões da condição de sexo feminino, teria tentado contra a vida da sua ex-companheira C. B. L., desferindo uma facada na altura do tórax, atingindo o pulmão da vítima. José Augusto teve que ser contido por populares. Foi apurado que a vítima conviveu em união estável com o denunciado por cerca de três anos, tendo dois filhos, ambos ainda menores de idade. 

CONTROLAR A ROTINA DA EX

Entretanto, o relacionamento teria acabado há cerca de um ano, causando inconformação por parte do denunciado. Desde então, ele tentava controlar a rotina da sua ex-companheira, intimidando-a nos lugares que frequenta. No dia dos fatos, C. B. estava em uma comemoração do Réveillon na residência da senhora Maria de Deus, quando o Denunciado se aproximou repentinamente e teria aplicado o golpe quase fatal na ex-companheira. Ela foi levada ao hospital da cidade e transferida para o Socorrão de Presidente Dutra.

Após o ocorrido, o denunciado evadiu-se do local mas, posteriormente, passou a rondar a casa da mãe da vítima, dizendo que “mataria C. B. quando ela saísse do hospital”. Ademais, guardas municipais tiveram informações de que o José Augusto estava exibindo uma pistola pelas ruas de São Domingos do Maranhão. Diante disso, a polícia civil representou pela prisão preventiva do dele. Em depoimento, o denunciado revelou que o motivo do crime seria o fato de achar que a vítima estaria tendo um relacionamento amoroso com um outro homem, pessoa com a qual a vítima foi ao evento festivo.


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