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Ministro do STJ discute humanização e ressocialização em visita ao Complexo Penitenciário de São Luís

O ministro Carlos Pires Brandão reconheceu o modelo de gestão prisional maranhense  e ressaltou a importância da ressocialização para a segurança pública

Publicado em 10 de Out de 2025, 8h00. Atualizado em 10 de Out de 2025, 9h44
Por Ascom/TJMA

Nessa quinta-feira (9/10), o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Carlos Pires Brandão, acompanhado de representantes do Judiciário maranhense, realizou visita ao Complexo Penitenciário de São Luís e à Unidade Prisional de Ressocialização Feminina (UPFEM). A visita foi conduzida pela equipe da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), que apresentou as atividades desenvolvidas no Complexo e os avanços na construção de um trabalho responsável e humanizado.

Durante a visita à UPFEM, os presentes conheceram a padaria, a biblioteca, o berçário, entre outros espaços voltados à reinserção social da unidade que, há três anos, é  considerada a melhor unidade prisional do Brasil.

Uma foto tirada em uma cozinha industrial ou oficina de alimentos. No primeiro plano, à esquerda, duas mulheres de avental rosa e toucas de rede brancas estão curvadas, concentradas em uma bancada de trabalho, possivelmente manuseando pequenos salgados ou doces.  Atrás delas, um grupo de seis pessoas em trajes sociais observa. No centro, um homem de terno azul-marinho e gravata vermelha está olhando para a frente. Ao seu lado, uma mulher com um vestido vermelho escuro e colar grande está de pé, com os braços cruzados. À extrema direita, um homem de blazer azul está de costas, gesticulando amplamente com as mãos, possivelmente explicando algo ao grupo.  O fundo é composto por paredes de azulejo branco e painéis de metal ou eletrodomésticos industriais de aço inoxidável.

Representando o presidente do TJMA, desembargador Froz Sobrinho, a desembargadora Graça Amorim, coordenadora-geral do PopRuaJud no Maranhão, destacou que a visita do ministro está inserida em um cenário de articulações conjuntas entre os poderes, em prol dos direitos da população mais vulnerável e ressaltou o papel do Judiciário maranhense na garantia do acesso à Justiça e à cidadania.

“Todos os movimentos que buscam integrar aquele que, de certa forma, estão invisíveis para a sociedade, do convívio social, diz respeito também ao PopRuaJud, porque integra o indivíduo à sociedade”, disse.

A unidade conta com 275 apenadas dos regimes fechado, semiaberto e provisório. Desse número, 210 internas realizam atividade de educação e trabalho, sendo remuneradas. 

O ministro Carlos Pires Brandão, destacou a unidade maranhense como um modelo de gestão prisional para o Brasil, ressaltando a importância do tratamento humanizado e da ressocialização para a sociedade. “Esse trabalho desenvolvido com humanização e acolhimento repercute na segurança pública em geral”, frisou.

Uma foto tirada ao ar livre, em plano médio, foca em três pessoas caminhando e conversando em um corredor coberto, possivelmente uma área externa de uma instituição.  No centro-esquerda, um homem de meia-idade, de terno azul-marinho e gravata vermelha estampada, sorri calorosamente. Ele tem cabelos escuros e veste uma roupa formal.  No centro-direita, um homem alto, de camisa social branca e azul listrada e calça jeans, gesticula com as mãos enquanto fala, olhando para a mulher à direita. Ele usa óculos escuros na gola da camisa.  À direita, uma mulher de uniforme militar verde-oliva, com óculos, sorri enquanto olha para o homem da camisa listrada. No ombro do uniforme, um distintivo de patch preto e amarelo é visível, com as palavras

Para o juiz coordenador da Unidade de Monitoramento, Acompanhamento, Aperfeiçoamento e Fiscalização do Sistema Carcerário (UMF), Douglas de Melo Martins, momentos de inspeção e visita como esse contribuem para a compreensão sobre a importância da integração entre as instituições para os avanços no sistema penitenciário.

“O Poder Judiciário, o Ministério Público, Defensoria Pública, Poder Executivo, sociedade civil, todas as instituições juntas contribuindo para a reinserção social, qualificação profissional impacta, ao final, em mais segurança pública, porque as pessoas que se acostumam, dentro do sistema prisional, a viver com dignidade do trabalho, têm uma tendência maior de, quando se tornarem egressos do sistema prisional, também consigam seguir a sua vida com dignidade”, declarou.

O secretário de Administração Penitenciária, Murilo Andrade, destacou que os avanços alcançados pelas unidades prisionais do Maranhão devem-se, principalmente, à parceria entre os poderes, garantindo uma expansão e humanização aos apenados e apenadas.

“A qualidade do trabalho se deu em virtude de alguns fatores, dentre eles a abertura de duas novas unidades, que foi o trabalho em conjunto de todos os órgãos. Nós abrimos uma unidade prisional feminina em Carolina, na região Tocantina no sul do Maranhão, e uma unidade feminina também em Timon”, expressou.

Uma foto de plano geral tirada ao ar livre mostra um grande grupo de cerca de 30 pessoas em pé e posando para a câmera. O grupo está organizado em uma fileira que se estende por quase toda a largura da imagem, em frente a um prédio branco de um pavimento. O prédio tem uma placa azul grande no topo que diz: "SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA - SEAP / UNIDADE PRISIONAL DE RESSOCIALIZAÇÃO FEMININA ¿ UPFEM".  A maioria das pessoas está vestida com uniformes militares verde-oliva e marrom, com exceção de um grupo central de homens e mulheres que vestem trajes sociais. O centro do grupo é composto por um homem de terno escuro e gravata vermelha e mulheres em vestidos e terninhos em tons de vermelho, creme e preto. O grupo está sobre um piso de cimento. No primeiro plano, uma ilha de jardim com arbustos e grama em formato sinuoso delimita o espaço. O céu está claro e o tempo parece ensolarado.

Participaram do momento, a coordenadora-geral do PopRuaJud no Maranhão, desembargadora Graça Amorim; o juiz coordenador da Unidade de Monitoramento, Acompanhamento, Aperfeiçoamento e Fiscalização do Sistema Carcerário (UMF), Douglas de Melo Martins; o juiz federal Hugo Abas Frazão; o juiz titular da 1ª Vara de Execuções Penais de São Luís, Francisco Lima; a juíza coordenadora do PopRuaJud, Larissa Tupinambá, o secretário de Administração Penitenciária, Murilo Andrade; o subsecretário de Administração Penitenciária, Fredson Maciel; o defensor público Gabriel Furtado, além de integrantes da Seap.

INICIATIVAS DE RESSOCIALIZAÇÃO

No complexo penitenciário de São Luís, o ministro conheceu as fábricas de blocos, a malharia, as fábricas de macarrão e as carteiras escolares.

Uma foto de plano fechado mostra um grupo de oito pessoas, concentradas em uma máquina industrial que ocupa o primeiro plano. A máquina tem uma superfície plana e clara sobre a qual se estende um tecido branco que está sendo manuseado.  Três homens no centro estão inclinados, observando o tecido e um bolo de papel branco. O homem no meio, de terno azul-marinho e gravata vermelha, segura o bolo de papéis. Um homem ao seu lado, de terno escuro e gravata listrada, segura a ponta do tecido branco. Ao lado dele, um homem de camisa social verde-oliva, que parece ser um funcionário uniformizado, segura um copo e gesticula.  Atrás deles, outras pessoas, incluindo homens de terno e mulheres em trajes casuais, observam a cena. O fundo é uma parede clara de um galpão industrial.

“A realidade do sistema prisional maranhense mudou. Hoje temos outra realidade, temos fábrica de macarrão, fábrica de material escolar, fábrica de calçados, fábrica de fardamento escolar, entre outras atividades. Isso representa a qualidade do sistema de reinserção social”. Foi dessa forma que o juiz titular da 1ª Vara de Execuções Penais de São Luís, Francisco Lima, descreveu o cenário atual do sistema prisional maranhense, que tem garantido destaque nacional no fortalecimento de ações voltadas ao desenvolvimento e à melhoria da segurança pública.

 

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