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TJMA conscientiza homens a respeito da violência contra as mulheres

Publicado em 3 de Nov de 2022, 10h04. Atualizado em 3 de Nov de 2022, 11h27
Por Izaque Botelho

O Poder Judiciário, na forma da Coordenaria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar – Cemulher, realizou nessa segunda-feira (31), panfletagem para homens no bairro da Praia Grande. A ação integra o programa Homem Consciente que visa prevenir a violência contra a mulher por meio de abordagens em diversos espaços públicos e privados.

Um dos homens abordados pela equipe do Cemulher, foi o senhor Webber Nascimento. Presença diária na Avenida Dom Pedro II, o vendedor de cachorro-quente vê no feminicídio o capítulo final de uma história que poderia ser resolvida sem covardia. "Sempre fui contra todo tipo de violência e em se tratando da que fazem com as mulheres, é uma covardia! Se o cara não quer mais a mulher, larga. Porque não vai dar certo. É melhor largar do que espancar e matar", comenta.

Além do crime de feminicídio, o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2022 aponta que houve um aumento de 3,3% na taxa de registros de ameaça, e crescimento 0,6% na taxa de lesões corporais dolosas em contexto de violência doméstica entre 2020 e 2021. Os registros de crimes de assédio sexual e importunação sexual cresceram 6,6% e 17,8%, respectivamente.

Para a juíza de Direito, Fabriziane Zapata, a grande causa da violência contra a mulher está no machismo estruturante da sociedade brasileira. "É comum que meninas tenham tarefas domésticas diferenciadas de meninos numa mesma família [...] é considerado 'normal' que um homem sinta ciúmes de sua mulher e impeça determinadas condutas (é até entendido como 'cuidado' e 'proteção'); é comum que vítimas de violência sejam questionadas nas suas atitudes quando, na verdade, são vítimas", pontua.

Nesse contexto, é importante que os homens se conscientizem de seu papel na luta contra a misoginia. "Precisamos estar unidos (principalmente nós, homens servidores do Tribunal de Justiça), para que se possa mudar esta realidade de violência. E não há outro caminho para mudança que não passe pela educação e pelo respeito", conclui Arthur Darub, coordenador administrativo da Cemulher.

 

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