O Fórum Des. Sarney Costa (Calhau) doou, nessa sexta-feira (28), para a Cooperativa de Reciclagem de São Luís (Coopresel). papel resultante da eliminação de 8.081 processos físicos das 1ª, 8ª e 9ª Varas Cíveis da capital. O material que a entidade venderá para uma indústria de papel local beneficiará 26 famílias de cooperados. São catadores que vivem exclusivamente da renda de resíduos sólidos recicláveis (papel, papelão, plástico, metais, entre outros).
O presidente da Coopresel, Antônio da Graça Mendes, disse que a conscientização ambiental repercute no trabalho da cooperativa porque aumenta a preocupação com a reciclagem. “Esse material doado tem grande utilidade, pois significa levar sustento para nossas famílias, agregando mais renda para os catadores”, disse. Ele afirmou que todo o papel doado pelo Fórum de São Luís, por meio da Divisão de Arquivo, será transformado em papel higiênico e papel toalha por uma indústria local.
A cooperativa fundada em 2003, localizada na Vila Isabel (Bacanga), possui 87 parcerias privadas (restaurantes, lojas, bares, condomínios residenciais, entre outros) para coleta de resíduos sólidos recicláveis e com mais 22 órgãos públicos, entre eles o Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA). Atualmente há nove cooperativas e associações de catadores na região metropolitana de São Luís.
O corregedor-geral da Justiça do Maranhão, desembargador José Luiz Almeida, destaca que o tratamento rigoroso dos documentos e o descarte adequado de papéis fortalecem a transparência, protegem os dados dos cidadãos e demonstram uma postura ambientalmente responsável. “A correta destinação desses materiais às cooperativas contribui para a geração de renda e para o fortalecimento da cadeia da reciclagem, qualificando ainda mais a gestão do nosso tribunal”, acrescentou.
A diretora Fórum Des. Sarney Costa, juíza Andréa Furtado Perlmutter Lago, lembra que a doação do papel para reciclagem representa o resultado de um trabalho contínuo de organização, planejamento e responsabilidade ambiental. A magistrada disse que o órgão reafirma seu compromisso com práticas administrativas eficientes e sustentáveis, “que contribuem não só para a preservação do meio ambiente, mas também para o fortalecimento de ações sociais que beneficiam famílias da nossa comunidade”, acrescentou a magistrada.
O juiz auxiliar da Corregedoria, Marcelo Moreira, representou o corregedor-geral da Justiça durante a entrega do material reciclável à Cooperativa de Reciclagem, nesta sexta-feira (28). O papel oriundo da eliminação de 8.081 processos físicos foi organizado em 847 caixas polionda.
A chefe da Divisão de Arquivo, Patrícia Santiago, ressalta que iniciativas como essa conectam a gestão documental aos princípios de responsabilidade social e ambiental. “A eliminação responsável de processos físicos vai além da organização do acervo. Quando destinamos esse material à reciclagem, transformamos um resíduo em oportunidade. Essa ação gera impacto social direto nas famílias cooperadas, reduz a pressão sobre os recursos naturais e reforça o compromisso do Judiciário com práticas sustentáveis e alinhadas à Agenda 2030”, afirmou.
Sustentabilidade - a Divisão de Arquivo do Fórum Des. Sarney Costa é responsável pela guarda e gestão de um acervo estimado em 500 mil processos físicos, provenientes de 63 unidades judiciais e de 12 unidades administrativas. De junho de 2019 até novembro de 2025, o setor eliminou 182.995 processos arquivados definitivamente, sem qualquer pendência judicial, que cumpriram o prazo de guarda legal, seguindo as diretrizes do Plano de Classificação e Tabela de Temporalidade de Documentos da Administração do Poder Judiciário.
Esse volume corresponde a cerca de 60 toneladas de papel, doadas integralmente à Coopresel, ao longo do período. A iniciativa integra o Programa de Sustentabilidade do Tribunal de Justiça do Maranhão, alinhando-se ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 12 da ONU (Consumo e Produção Responsáveis).
Patrícia Santiago explica que a eliminação de papel no Fórum de São Luís é um indicador relevante da política de Gestão de Resíduos, compondo o Índice de Desempenho de Sustentabilidade (IDS), que subsidia a pontuação do Prêmio CNJ de Qualidade. Esse indicador também integra o Relatório Anual de Desempenho do Plano de Logística Sustentável (PLS) e o Balanço de Sustentabilidade do Poder Judiciário, contribuindo para o monitoramento das práticas sustentáveis e para o aprimoramento contínuo das ações institucionais voltadas à responsabilidade socioambiental.
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