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TJMA ganha Prêmio Nacional Memória do Poder Judiciário 2023 do CNJ

Pela segunda vez consecutiva, Tribunal foi agraciado com a premiação, desta vez no III Encontro Nacional de Memória do Poder Judiciário (ENAM), promovido pelo Conselho em Porto Alegre

Publicado em 15 de Mai de 2023, 13h35. Atualizado em 15 de Mai de 2023, 13h44
Por Ascom/TJMA

O Tribunal de Justiça do Maranhão ganhou o Prêmio Nacional Memória do Poder Judiciário 2023, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), na categoria “Difusão Cultural e Direitos Humanos”, com a exposição “Maria Firmina dos Reis: 200 anos inspirando humanidades”. A premiação ocorreu durante o III Encontro Nacional de Memória do Poder Judiciário (ENAM), realizado em Porto Alegre.

O presidente da Comissão de Gestão de Memória do Judiciário estadual, desembargador Lourival Serejo, apresentou o troféu ao presidente do Tribunal, desembargador Paulo Velten, nesta segunda-feira (15/05), no Gabinete da Presidência do TJMA.

Lourival Serejo, que também integra a Rede Nacional de Memória do Poder Judiciário (Memojus), recebeu o prêmio, acompanhado no evento da coordenadora de Gestão da Memória e Biblioteca, Cíntia Andrade; e da analista, bibliotecária da Esmam e membra do Comitê de Diversidade, Joseane Cantanhede.

O presidente Paulo Velten exaltou que tudo que o Judiciário maranhense faz de bem, no sentido de aprimorar a instituição, é um legado para gerações futuras e, portanto, um legado histórico.

Paulo Velten destacou que o prêmio que o Tribunal recebeu agora é um esforço dedicado e reconheceu o trabalho da equipe do Comitê de Diversidade – coordenada pelo juiz Marco Adriano Fonseca – e da Comissão de Biblioteca, Arquivo, Documentação e Jurisprudência, presidida pelo desembargador Lourival Serejo, que tem trabalhado no sentido de resgatar e valorizar a memória do Judiciário estadual.

“Toda premiação, todo reconhecimento público do que aqui se faz, é sempre muito significativo, demonstra que a gente está fazendo o que tem que ser feito, a coisa certa, no sentido de aprimorar, a cada dia, o Poder Judiciário do Estado do Maranhão”, elogiou Paulo Velten, ao ressaltar a interação das atividades-meio e fim do Judiciário, no ano em que o TJMA completa 210 anos de existência.

Lourival Serejo também valorizou o prêmio como um reconhecimento do trabalho de equipe, de responsabilidade. Lembrou que, hoje, acentua-se muito o culto da memória, precisamente com compromisso histórico, para que não se perca aquilo que já foi feito no Judiciário. 

“Para que lembre aos jurisdicionados de que a nossa Justiça tem um itinerário que já vem de muito tempo. Isso é imprescindível para os jurisdicionados saberem que a gente cultiva essa evolução da Justiça, dos procedimentos, do arcabouço administrativo, de todos os dramas históricos que já foram objeto de julgamentos. Nós temos esse dever de preservar: preservar para garantir o futuro”, reforçou Serejo, que inaugurou o Museu do Judiciário Desembargador Lauro de Berredo Martins, quando presidente do TJMA.

PROJETO E DIVERSIDADE

De acordo com a equipe do Museu, o projeto foi elaborado e executado sob as diretrizes do desembargador Lourival de Jesus Serejo e contou com a atuação direta do juiz Marco Adriano Fonseca; da coordenadora Cíntia Andrade; da bibliotecária Joseane Cantanhede e dos historiadores Vitor Hugo Enes Ribeiro, Jefferson Jaime Lima Carvalho e João Pedro Abreu, e ainda com a colaboração do Arquivo Público do Estado do Maranhão, Biblioteca Pública Benedito Leite e Casa de Cultura Josué Montello.

Segundo o juiz Marco Adriano, o projeto da Exposição do Bicentenário de Maria Firmina dos Reis integra o programa de ações da política judiciária de promoção da Diversidade e Antidiscriminação, promovido pelo Comitê de Diversidade em parceria com o Museu do TJMA, cuja programação esteve em cartaz no Museu, na Feira Literária de São Luís e no Fórum do Calhau, ao longo do ano de 2022, até abril de 2023, com estimativa de mais de 2.000 visitantes, mediante apresentações teatrais, palestras, oficinas e a própria Exposição.

PIONEIRA

O magistrado destaca que o projeto visibiliza a trajetória de uma grande mulher negra maranhense, que permaneceu esquecida por mais de um século, e impulsiona a interação com os eixos da educação em Direitos Humanos e da cultura nas perspectivas da equidade racial e da igualdade de gênero, alinhando-se à Agenda 2030 da ONU nos ODS 4 (Educação de Qualidade), 5 (Igualdade de Gênero) e 16 (Paz, Justiça e Instituições Eficazes), diante do legado de Maria Firmina dos Reis como uma mulher pioneira, professora, escritora, poetisa, musicista, abolicionista e protagonista em pleno século XVIII, no contexto de um regime econômico e social escravocrata e no qual as mulheres não tinham autonomia para o livre exercício dos atos da vida civil.

“Sentimo-nos muito honrados pelo reconhecimento pelo CNJ, que consiste numa homenagem ao legado de Maria Firmina dos Reis às presentes e futuras gerações”, ressaltou Marco Adriano.

“Emocionante tudo o que vivenciamos desde a concepção da ideia, a imersão da expedição à cidade de Guimarães para conhecermos os locais em que Firmina viveu, as propositivas, as parcerias firmadas e a nossa maior riqueza: pessoas que levam o ‘Firmine-se’ na mente e no coração. As equipes do Comitê de Diversidade e do Museu do TJMA sabem o quão significativa é essa premiação nacional do CNJ”, acrescentou Joseane Cantanhede. 

SEGUNDA VEZ

Esta é a segunda vez consecutiva que o TJMA recebe o Prêmio CNJ de Memória do Poder Judiciário. No ano passado, foi premiado na categoria “Patrimônio Cultural Arquivístico”, durante o II ENAM, em Recife.

O Prêmio foi instituído desde 2021 e tem como objetivo, dentre outros, incentivar ações e projetos voltados à preservação, difusão e valorização da memória do Poder Judiciário.

A premiação – criada para preservar, valorizar e difundir os bens culturais e imateriais do Poder Judiciário e promover os direitos humanos – integra a programação do Encontro Nacional da Memória e realça o 10 de maio como Dia da Memória do Poder Judiciário. Ela também contribui para a consolidação da identidade do Poder Judiciário e dissemina boas práticas voltadas à difusão dos bens culturais, valorização da história e promoção dos direitos humanos.

O Prêmio CNJ Memória do Poder Judiciário foi instituído pela Resolução CNJ nº 429/2021 e a edição atual foi regulamentada pela Portaria CNJ n. 408/2022.

Agência TJMA de Notícias
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