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CNJ promove pesquisa nacional para mapear violência doméstica contra mulheres no Judiciário

Iniciativa busca fortalecer ações de proteção e acolhimento a mulheres no próprio sistema de justiça

Publicado em 14 de Abr de 2025, 8h20. Atualizado em 14 de Abr de 2025, 8h29
Por Ascom/TJMA e CNJ

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançou uma pesquisa inédita para mapear a vivência de violência doméstica e familiar entre mulheres que atuam no Poder Judiciário em todo o país. A iniciativa tem como objetivo identificar a chamada "rota crítica" enfrentada por magistradas, servidoras, terceirizadas, estagiárias e demais colaboradoras vítimas desse tipo de violência.

A ação é coordenada pela Comissão Permanente de Políticas de Prevenção às Vítimas de Violências, Testemunhas e de Vulneráveis e presidida pela conselheira Renata Gil. o questionário reúne perguntas divididas em três partes: identificação, conhecimento sobre a regulamentação, sobre protocolo estruturante e sobre rota crítica. 

O formulário da pesquisa pode ser acessado pelo endereço eletrônico: https://formularios.cnj.jus.br/pesquisa-sobre-a-rota-critica-das-servidoras-e-magistradas-vitimas-de-violencia-domestica/ e estará disponível até o dia 29 de abril de 2025. O preenchimento leva cerca de cinco minutos, é completamente anônimo, e os dados serão tratados de forma sigilosa e agregada, garantindo a segurança das participantes.

A pesquisa integra os esforços da Recomendação CNJ n.º 102/2021, que orienta os tribunais a adotarem um protocolo integrado de prevenção e medidas de segurança voltadas ao enfrentamento da violência doméstica e familiar. Ao ouvir as mulheres que atuam na Justiça, o CNJ busca aprimorar a atuação institucional no enfrentamento à violência, fortalecendo medidas de proteção e acolhimento dentro do próprio Poder Judiciário.

DADOS

Os temas inseridos na pesquisa foram abordados, parcialmente, tanto no Censo do Poder Judiciário 2023, com perguntas sobre magistradas e servidoras, quanto no estudo Violência doméstica e familiar contra magistradas e servidoras do Sistema de Justiça, das pesquisadoras Fabiana Severi e Luciana Oliveira. Este último foi um dos materiais utilizados para construção do questionário e para o desenho da pesquisa do CNJ. 

Dados do Censo de 2023 mostram que 87,5% dos servidores e servidoras sofreram violência psicológica no âmbito familiar e, no mesmo contexto, 48% já sofreram violência física, 41,4% vivenciaram violência moral e 25,5% foram vítimas de violência patrimonial. As informações do Censo revelam que 90% das respondentes femininas e 98,1% dos homens ouvidos viveram violência familiar ou doméstica (independentemente da formalização da denúncia).

A imagem é um cartaz informativo promovendo uma pesquisa conduzida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pesquisa é direcionada às servidoras, magistradas e colaboradoras do Poder Judiciário e tem como objetivo aprimorar a atuação institucional no enfrentamento à violência doméstica e familiar, seguindo as diretrizes da Recomendação CNJ n. 102/2021.O cartaz menciona que o preenchimento do formulário leva aproximadamente 5 minutos, garantindo sigilo e anonimato dos dados fornecidos. A participação é fundamental para fortalecer ações de proteção e garantir direitos, com prazo para envio até 29 de abril de 2025. Ele também exibe o botão "ACESSE E PARTICIPE", destacando a importância de engajamento. Logotipos de apoio e realização estão presentes na parte inferior do cartaz.

 

 

 

Com informações da Agência CNJ de Notícias

Agência TJMA de Notícias
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