O Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), por meio do Comitê de Diversidade, participou de mais uma ação de combate ao racismo na 16ª edição do evento Disseminando Boas Práticas no Poder Judiciário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Representantes do TJMA apresentaram as iniciativas Narrativas e Escutatórias do Caminhar das Mulheres Negras e Para Além do Dia 20 de Novembro, no encontro que ocorreu nessa quarta-feira (25/9).
A abertura foi realizada pelo conselheiro do CNJ, João Paulo Schoucair e mediada pelo juiz auxiliar do CNJ, Fábio César Oliveira. Já a apresentação das práticas do Judiciário maranhense foi realizada pela juíza Elaile Silva Carvalho, coordenadora do Comitê de Diversidade, junto com as servidoras integrantes do Comitê de Diversidade, Bianca Bezerra e Joseane Cantanhede.
Na abertura das apresentações, a juíza Elaile Carvalho enfatizou que as iniciativas antidiscriminatórias conduzidas pelo Comitê de Diversidade buscam “tirar as pessoas negras da invisibilidade com ênfase ao protagonismo de servidores(as), magistrados(as), colaboradores(as) e sociedade de uma forma geral com as atividades externas”, ressaltou.
PROJETO NARRATIVAS E ESCUTATÓRIAS DO CAMINHAR DAS MULHERES NEGRAS
O projeto “Narrativas e Escutatórias do Caminhar das Mulheres Negras” iniciou em 2020 e destaca o encontro de circularidade entre mulheres negras magistradas, servidoras, profissionais e colaboradoras do Poder Judiciário do Maranhão; meninas que cumprem medidas socioeducativas; mulheres do sistema prisional; abrigos institucionais e outros espaços.
O projeto é implementado por meio de roda de conversa como um momento de escuta e falas de mulheres negras em um espaço de socialização, troca de experiências, relatos e leituras acerca do pertencimento e protagonismo na sociedade.
PARA ALÉM DO DIA 20 DE NOVEMBRO
Já o projeto “Para além do dia 20 de novembro”, surgiu em 2021, com processos de escuta, interação e colaboração, na perspectiva de valorização das pessoas negras a partir de uma abordagem de promoção da equidade racial no Judiciário e na sensibilização da sociedade civil.
A servidora do TJMA, Bianca Bezerra, definiu o trabalho como uma iniciativa “que busca incentivar a inclusão de servidores(as) e magistrados(as) negros(as) nos cargos de liderança e espaços de representação institucional”, disse.
Também foram apresentadas as práticas do projeto “Projeto Sawabona”, do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), que atende crianças quilombolas e do Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) intitulado “Sou Quilombola, anota aí”, que passou a inserir dados dos eleitores referentes a raça, cor e pertencimento à comunidade quilombola.
O juiz auxiliar Fábio César Oliveira encerrou o evento ressaltando que o momento representa a importância da presença de servidores(as) e magistrados(as) negros(as) no cenário do Judiciário Nacional. “Precisamos esperançar na busca por uma sociedade mais igualitária”, destacou.
Agência TJMA de Notícias
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